quinta-feira, 30 de junho de 2016

O futebol na minha vida...

Sempre estive ligada ao futebol. Passei a minha infância inteira a ver jogos de futebol. Tudo porque o meu pai, apaixonado como é pelo "desporto rei", sempre se envolveu com projetos que tivessem a ver com o futebol: ele foi jogador, tirou um curso para ser treinador e foi por várias vezes e em variadas faixas etárias, foi presidente de um clube, foi diretor/dirigente de outros e, chegou a ser presidente da Associação de Futebol de Ponta Delgada e de Santa Maria. Todo o percurso que o meu pai fez no mundo do futebol cá na ilha/região tirou-lhe muito tempo familiar, mas deu-lhe projeção social e também me fez orgulhar  da pessoa que é, principalmente pela coragem e persistência que ele tem. Estas, se calhar, são as duas características que ele tem e que, quanto a mim, quem está ligado a algum desporto deve ter.
Na vida não podemos agradar a todos e ele, com certeza também não conseguiu esse feito, mas desde que me lembro, sempre teve coragem e persistência para atingir os objetivos que delineava, colocando sempre as suas próprias mãos à obra com honestidade: construiu o clube do Nordestinho (lembro-me de ir com ele lá quando estava em obras, subir aquelas escadas ainda em cimento); lembro-me dele ter preparado o campo de futebol (eu conduzi o trator (em modo automático, claro!) enquanto ele e outro amigo retiravam as pedras que se encontravam no campo e colocavam no trator!), lembro-me dele construir um pub por cima do clube, como forma de angariação de dinheiro para o clube; com ele como presidente, o Nordestinho foi campeão pela primeira vez do campeonato onde se encontrava; levou os juniores do Marítimo mais longe; ajudou o Santa Clara numa outra altura; e, como presidente da AFPDL construiu uma nova sede, com mais condições para as equipas de futebol da ilha (o dia de inauguração foi um dia de grande orgulho para mim e estive presente mais uma vez com muita emoção por o meu pai ter conseguido concretizar mais uma obra, mesmo numa fase tão difícil das nossas vidas!), assim como criou alguns Troféus que só vieram trazer movimento à ilha.
Hoje, a única ligação que ele tem ao futebol é através da televisão, quando dão jogos que lhe interessam. Nunca pensei que ele conseguisse viver sem o futebol, mas acho que a minha M. chegou na hora certa para lhe ajudar a ocupar o seu tempo. Hoje ele é avô a tempo inteiro e desempenha o seu papel na perfeição! :)

Hoje é dia de futebol, de sermos novamente corajosos e persistentes. É preciso que o sentimento de "nós conseguimos" exista em cada um dos 11 do campo, mas também dos 11 milhões fora dele. Depois de um jogo muito aceso e suado do último sábado, eis que surge novamente Portugal frente à Polónia, agora nos quartos de final do Euro 2016. Lá estarei e, com certeza, estaremos todos lá em casa a apoiar mais uma vez a nossa seleção, os nossos 11 jogadores que têm dado o melhor de si neste campeonato pelo nosso país, que nem sempre merece sequer uma gotinha do suor derramado... Esforcemo-nos por aqueles portugueses que acreditam e que estão ao lado da nossa seleção hoje e sempre, para o bem e para o mal. A isto chama-se lealdade.

Força PORTUGAL!







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