domingo, 31 de julho de 2016

As sobremesas da Isabel são sempre boas!

Este foi um dos doces que estiveram presentes na mesa daquele almoço que vos contei aqui. E digo-vos, é simplesmente delicioso! Aliás, sempre que nos juntamos com estes amigos que a Isabel é sempre incumbida de fazer uma das sobremesas, porque ela faz sempre uma que nos enche as medidas... E como nos enche (até a balança se queixa!)...

Deixo aqui os ingredientes e como devem fazer. A foto não tirei, mas garanto-vos que não se vão arrepender de o fazer, pois é mesmo delicioso!...

- 3 pacotes de natas
- 1 lata de leite condensado
- 2 pacotes e meio de bolachas Mulata
- 200gr de chocolate
- 1 colher de sopa de manteiga
- um pouco de leite


Como fazer?
- Trituram-se as bolachas Mulata e reserva-se;
- Batem-se muito bem as natas;
- Mistura-se as natas com o leite condensado e com as bolachas trituradas;
- À parte, derrete-se o chocolate com a manteiga e um pouco de leite, de forma a ficar com a consistência de calda.
- Numa taça colocar a mistura das natas alternando com o chocolate derretido. O doce termina com o chocolate.
- Coloca-se no frigorífico de um dia para o outro (ou durante umas horas) e está pronto a comer.

sábado, 30 de julho de 2016

À procura de Pokémons

De tanto ouvir falar de Pokémons (também pode saber mais sobre o assunto aqui, aqui e aqui), lá instalei no meu telemóvel a aplicação dos Pokémons. Bom, aquilo não é nada de especial e não me parece que vá jogar muitas vezes ou fazer loucuras como já ouvi falar que pessoas são atropeladas ou caem ao mar só porque estão distraídas de telemóvel na mão à procura de Pokémons!!! E pior não é isso! Como o jogo tem acesso à sua localização e horário está mais que visto que passamos a ser um alvo fácil para um assalto à nossa casa, por exemplo. Bom, na verdade, estamos a viver uma epidemia de Pokémons. 
Não tenho nada contra quem joga ou deixa de jogar este jogo, mas, depois de conhecer minimamente a aplicação, digo-vos que mais vale jogar um joguinho de Bubbles, ou de qualquer outra coisa menos "real" para nos entretermos do que andar a gastar dados à toa, ou a gastar dinheiro num telemóvel melhor, e pior ainda, a perder tempo precioso atrás de Pokémons quando podemos andar atrás dos nossos filhos. Eles só agradecem... :) (e, no fundo, nós também!)





sexta-feira, 29 de julho de 2016

Como ser parte da Universidade?! #1

Quem entra na Universidade passa por praxes académicas. Eu concordo com as praxes, desde que sejam praxes giras e que ajudem o bom ambiente que se vive na universidade. Graças a Deus a minha Universidade tem umas praxes muitos giras e que deviam servir de exemplo a muitas outras Universidades que apenas gostam de mostrar "abuso do poder". As praxes ajudam os novos alunos a se sentirem parte da Universidade que ficaram colocados. É nas praxes que se conhecem pessoas e que se começa a formar os novos grupos de amigos. Como já disse (pode ler aqui), entrei na Universidade mais tarde que os restantes colegas, já depois da época de praxes, e por este motivo no meu primeiro ano nunca me prendi a nenhum grupo de amigos. Falava mais com a delegada de turma e mais uns quantos que andavam mais pela zona onde me sentava na sala, mas nada de especial. No entanto, falei sempre com a maioria (éramos muitos!), embora não tivesse grande ligação com nenhum deles, até porque já tinham os seus próprios grupos formados. Eu, como sou tímida à primeira instância, não tinha aquele "à vontade" de me introduzir em nenhum grupo, então mantive a boa convivência durante as aulas e nos intervalos delas.
Então, com o objetivo de me inturmar mais na universidade, e como gostava de desporto, reparei que havia lá uma equipa feminina de volei. Inscrevi-me. Os treinos e jogos decorriam no Ginásio da Cidade Universitária. Éramos poucas, mas durante o campeonato todo não havia amizade pós treino/jogo, até porque nunca encontrei nenhuma delas pela universidade (julgo que andavam noutros pólos!)... Tínhamos 2 treinadores. Um deles ainda mantenho contacto, vou sabendo dele no facebook. Digamos que nos treinos e nos jogos até tínhamos uma boa equipa. Refiro-me a bom ambiente, porque jogar, jogar, não jogávamos nada de jeito. Lembro-me que só ganhávamos quando a equipa adversária não comparecia, exceto num jogo que me recordo de termos dado tudo por tudo e ganhámos por mérito mesmo!!! 
No 2º ano de universidade inscrevi-me novamente. Mas... desisti logo depois do primeiro jogo. Porquê?! Porque as jogadoras da equipa eram já federadas e levavam aquilo muito a sério. Ficavam zangadas quando algo corria mal e eu que estava ali na desportiva, pelo bom ambiente, achei melhor escolher outro caminho. E, sabem que mais?! Foi a melhor coisa que fiz, pois o caminho que escolhi fez-me muito mais feliz!...

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Um amor como deve ser!

Eles conhecem-se desde pequeninos...
Ela era sobrinha da, na altura, namorada do meu primo mais velho. Portanto, muita vez víamo-nos em convívios de família. Ela é mais nova que ele 4 anos, mas brincavam na mesma... Cresceram... Ela foi estudar em Lisboa. Ele também. Voltaram a cruzar-se... Começaram a namorar em 2007. Em 2008, o destino pregou-lhes um susto daqueles que não é para qualquer um. Superaram com distinção! Pelo que vi de fora, aquilo que os unia tornou-se ainda mais forte. Ela terminou o seu curso. Ele também. Ela apoiou-o quando ele mais precisava. Ele apoiou-a quando ela mais precisava. Ela é muito doce e querida. Ele é doce e querido. Ela gosta de mar e sol. Ele também. Ela pode amuar. Ele também. Mas o amuo dura o espaço de um sorriso. Decidiram viver juntos. E assim permanecem até hoje.
Se há relação que eu mais admiro no mundo é a deles. Porque por mais difícil que seja a vida a dois, o respeito, o amor, os sorrisos, a paciência e a tolerância devem ser uma constante... 

Quem pelo pior passa, consegue sempre ter o melhor do mundo ao lado! :) Sejam sempre felizes, meus amores! Mais do que ninguém, vocês merecem... 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Uma visita celestial que deixa saudades...

O amor entre as duas é mágico e especial! Desde cedo... desde sempre... Obrigada Deus por tanto amor que a minha M. tem à sua volta.
A festinha foi do mais castiço que podia haver. Reunião familiar, com muitas crianças à mistura, só podia ser mais que muito bom! Alegria, paz, amor e boa disposição. Foi na casa dos avós maternos da B., os quais pudemos recordar com saudade. A sua avó materna era uma senhora muito bonita e adorava crianças. Sempre que me via perguntava-me para quando um bebé. Dizia-me sempre que era o melhor que podíamos ter na vida. Que uma casa cheia era sinal de vida e alegria. Hoje sei que ela tinha razão. Ela adorava bebés e crianças. A sua maior felicidade foi poder ver crescer as suas filhas e os seus netos. Vê-los brincar na sua casa. É uma senhora de quem eu própria sinto muita saudade: da sua maneira de estar na vida, da sua meiguice, da sua boa disposição, da sua forma de se arranjar, do seu sorriso. As filhas têm todas um pouco da mãe e, se calhar, por isso gosto tanto de todas elas (e das descendências também!). Eu acredito que ela lá esteve ao lado do seu marido, a sorrir, mesmo que de forma celestial, a admirar os netos quase todos juntos  (e a minha filha também!) a brincar cheios de sorrisos e alegria. 

As fotos falam por si...







terça-feira, 26 de julho de 2016

Uma festa muito especial, a dela... há 1 ano atrás...

Hoje faz um ano que pude proporcionar um dia espetacular à minha filha. Faz 1 ano que ela se batizou. Foi um dia lindo, cheio de sol, mágico e com boas energias...

O batismo de uma pessoa é um marco importante na vida, pois é a entrada da mesma na comunidade cristã. Católicos como sou/somos, este sacramento não podia faltar. Desejo que Jesus esteja sempre no coração e na vida da minha M. para ajudá-la sempre quando ela precisar e que a fé nunca lhe falte. Sendo a minha única filha até ao momento, quis fazer do seu dia um dia inesquecível, que ela, um dia mais tarde, pudesse ver através das fotografias que foram tiradas, que foi um dia verdadeiramente feliz para ela, em que ela sorriu, correu, brincou e que recebeu o amor da família que lhe é mais próxima e que sempre fez questão de acompanhar o seu crescimento até então.

Preparei o batismo dela com todo o meu amor e dedicação, desde a contratação dos serviços que foram utilizados (bolo, fotógrafo,...) à decoração de tudo (convites, sala, indumentária da princesa, mãe e pai, lembranças,...). Os preparativos começaram muito cedo, porque isto de ser mãe não nos permite mexer em tesouras e colas com uma bebé curiosa ao lado querendo mexer em tudo. Então fazia-o só quando ela dormia... Foi cansativo?! Foi, muito... mas o resultado foi muito bom, muito gratificante, de uma emoção imensa e, na verdade, tudo o que é feito com amor é bonito.
O tema foi "borboletas e flores", tal como ela gosta, e quis tudo da forma mais simples e linda possível (desde que soubesse fazer!). Nós somos pessoas simples e por isso só o simples combina connosco.

Se hoje faria alguma coisa diferente?! Não! E quando assim acontece, só podemos ter ainda mais a certeza de que foram as escolhas acertadas. É um sentimento muito bom!... Por ti, filha, faço e farei sempre tudo o que estiver ao meu alcance só para te ver a sorrir...

Obrigada a todas as pessoas que me ajudaram a fazer deste dia um dia lindo.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

A minha entrada na UAL

Quando entrei na UAL, não conhecia ninguém, ainda pra mais entrei tardiamente (no final de Outubro, quando já tinham terminado as praxes e o aniversário do meu irmão - evento que nunca perdia - nem perco!)... Acho que sentia medo por esta nova fase da minha vida: ir para uma escola que não era "escola", era "Universidade", onde toda a gente falava bonito e eu tinha sotaque e para uma cidade que era SÓ a capital de Portugal, com muito trânsito, com muitas histórias de assaltos e roubos, enfim, um mundo completamente diferente do que eu conhecia na minha santa ilhinha. Isto para quem viveu até aos 15 anos no Nordeste (onde se brincava na rua, onde a casa do vizinho era familiar, onde a chave de casa estava sempre na porta), e mais 3 anos em Ponta Delgada, que era (e ainda é!) uma cidade pacata e familiar, para uma pessoa que sempre viveu com os pais, na proteção familiar, é uma mudança assim um tanto radical. Mas pronto, fiz-me forte (e fui empurrada pelos meus pais!) e lá fui eu...

O meu primeiro dia na UAL foi péssimo... Sim, foi a Universidade que eu escolhi (podem ler a minha escolha clicando aqui!), mas não estava preparada para tal (acho que nunca ia achar estar...). Nesse dia de finais de Outubro, acordei às 6h30 da manhã (as minhas aulas começavam às 8h) cheia de medinho pelo dia que tinha pela frente... Sai de casa e fiz exatamente como o meu pai me tinha ensinado - fui para a paragem de autocarro esperar pelo 20 ou 22 (a dada altura mudou o nº!) que ia de Alcântara até ao Aeroporto e passava muito próximo da UAL. Foi esse o autocarro que utilizei durante 3 anos. Durante o caminho fui muito atenta à estrada, pois não queria correr o risco de sair na paragem errada e pedir por socorro! Eu estava sozinha e sentia-me tão, mas tão perdida que nem fazem ideia. A viagem correu bem e eu sai na paragem correta! Era na Av. Duque de Loulé... Sai e fui direta à UAL, seguindo as coordenadas para a sala de aula. Fui a primeira a chegar. Quando cheguei à sala, encostei-me o mais próximo da porta da sala de aula, que estava aberta, e ali fiquei tipo uma "triste"! Passou um bocadinho e os meus colegas começaram a chegar, uns sozinhos, outros em grupo (a maioria já tinha os seus grupos de amigos!) e eu ali permaneci caladinha. Sim, porque também tinha o "problema do sotaque", e se não me percebessem quando falasse?!
Entretanto chegou uma rapariga sozinha para perto da porta como eu (se calhar com os mesmos medos que eu!) e começou a falar comigo sobre banalidades. Não me lembro do nome dela, só me recordo que era um nome muito esquisito, por isso ainda dificulta mais lembrar-me dele. Ela parecia-me ser espanhola pelas roupas que usava, cheias de folhos e com uma certa exuberância. Apesar de não ter nada a ver comigo, foi a primeira pessoa simpática comigo. Sentei-me ao lado dela e cheguei a ir até à baixa com ela num outro dia, mas depois ela desapareceu do mapa sem deixar rasto (como 60% dos colegas da turma que nunca chegaram a terminar o curso) e nunca mais a vi...
A primeira aula que assisti foi de Cultura Inglesa. A professora debitava literalmente a matéria toda. Usava uns cartões tipo apresentadora de TV e lia um atrás do outro, nós apenas tentávamos acompanhar... para mim foi bastante difícil consegui-lo... Valeu-me um gravador que posteriormente comprei e que gravava toda a aula para depois em casa poder passar a aula a limpo e também ter-me sentado a partir de certa altura ao lado da delegada de turma, a D., que por já ter vindo aos Açores, sentiu uma empatia pelo meu sotaque. Aos pouquinhos (muito devagarinho mesmo!), fui-me ambientando à Universidade, aos meus colegas e às aulas. Mas participar nas aulas era uma coisa que raramente fazia, com receio que não me percebessem...

domingo, 24 de julho de 2016

Ninguém disse que ia ser fácil...

Há 6 anos atrás dei um passo muito importante na minha vida. Decidi partilhar o bem mais precioso que tinha até àquela data, que era a minha vida, com outra pessoa. Falando assim até parece ser uma coisa fácil. Mas não é!...

A verdade é que temos de lidar diariamente (sem escapatória) com outra pessoa, com outro feitio, outra maneira de pensar e outra vivência diferente da nossa. São hábitos, atitudes e comportamentos diferentes dos nossos e que, à medida que o tempo passa, podem chocar com os nossos. E há coisas que, por mais anos que se namore, nunca chegamos a conhecer, só mesmo vivendo junto na mesma casa é que vemos como na realidade as coisas são. Não é fácil, mas ainda hoje acredito que não é impossível! Eu acredito no casamento (ou ajuntamento, ou viver junto, o que quiserem chamar!) e ainda mais acredito no AMOR. Enquanto houver AMOR tudo é possível. Ele existe e deve ser alimentado diariamente. Mesmoooo! Não acredito em divórcios/separações por motivos pouco satisfatórios (óbvio que não estou a falar em casos de violência doméstica ou traições, porque aí não há mesmo volta a dar, na maior parte dos casos!) pelo simples facto que isso para mim não faz sentido. Quem me conhece bem sabe que esta é a minha convicção. A verdade é que, segundo aquilo que acredito, o divórcio acontece apenas se aparece alguma pessoa à qual demos demasiada liberdade (e não devíamos!) e vemos nela algum tipo de "escapatória"; ou, se não aparece essa 3ª pessoa, o divórcio acontece porque existiu desleixe, falta de capacidade de colocar o orgulho atrás das costas, falta de vontade que as coisas dêem certo, falta de entrega ao próximo. A isto tudo chama-se egoísmo, pensar só em si. Num casamento é proibido pensarmos só em nós enquanto indivíduo. Temos de pensar como um todo, como se fossemos uma equipa de futebol. Se eu quero ganhar, não posso nunca jogar sozinha, portanto o companheiro da minha equipa tem o direito e o dever de jogar comigo e juntos rumo ao golo. Vejamos, o Cristiano Ronaldo sozinho não ganha nada, mas se tiver uma equipa que o apoie e o ajude, a equipa pode ganhar. Repararam bem no que disse?! A equipa ganha! Não é o Cristiano que ganha, é a equipa! Quem ganhou o Euro 2016 não foi o Cristiano Ronaldo. Foi Portugal! Toda uma nação! Assim é um casamento: ou todos ganham ou todos perdem. E é preciso serem os 2 a lutar. Costumo dizer "Se um não quer, dois não podem!" e é verdade!

Eu não gosto de perder, nunca gostei. Gosto de ganhar! Quando ganhamos há festa, há sorrisos, há sentimentos bons e energias positivas. É disso que eu gosto. O truque está em termos a capacidade de nos moldar e de nos adaptar à outra pessoa e ela a nós. É de termos como um dos principais objetivos de vida fazermos o outro feliz. É como se tivéssemos que casar vezes sem conta com a mesma pessoa. Temos de agir como um todo, uma equipa ganhadora. E do lado de fora do nosso lar devemos colocar o egoísmo, o orgulho e todos os outros sentimentos ruins (e, às vezes até pessoas) que podem destruir o que pretendemos e estamos a construir. Não é fácil, mas não é impossível. Não é por nós, enquanto indivíduos, que devemos fazê-lo, mas sim por nós 2 (3, 4,... 10), pelo casal, pela família que nos propusemos construir juntos. Há um texto lindo sobre esta assunto. Pode lê-lo aqui. É exatamente assim que eu penso.

Há 6 anos atrás o dia estava lindo, o casamento foi lindo, o sol brilhou no céu e nos nossos rostos e também nos rostos de quem connosco dividiu essa felicidade. Até a lua estava cheia e cheia de luz. Foi um dia inesquecível que eu guardo no meu coração até hoje. Nas dificuldades de uma vida a 2 (que acontecem mais vezes do que queremos!) é nesse dia que eu penso, é nas carinhas felizes que vi, é no sentimento que me fez unir lá atrás a esta pessoa que hoje continua a ser o meu marido e que espero que permaneça até sempre, porque para mim o "para sempre" existe, basta querermos, basta simplesmente AMAR! :)


Duas músicas que marcaram este dia há 6 anos atrás e ainda hoje valem...









sábado, 23 de julho de 2016

Ele chega amanhã! :)

Amanhã é um dia muito feliz para mim. Chega o meu primo ("irmão" de pais diferentes!) dos Estados Unidos da América. Chamo-lhe primo-irmão, porque na verdade ele é meu primo, mas para mim é como um irmão. No início das nossas vidas chegamos a viver juntos. Era eu, ele e o meu irmão. Fomos criados juntos. Dia e noite. Por isso, para mim é como se ele fosse realmente meu irmão. Quis o destino (e a separação dos seus pais) que ele se afastasse de nós, com ainda 7 anos de idade. Foi viver para a América e pouco mais soubemos dele durante alguns anos. Apesar disso, sempre viveu no meu coração. O "sangue familiar" tem coisas que não conseguimos explicar...
Passados alguns anos, estava eu em Lisboa a estudar, e ele alistou-se na tropa americana e esteve em serviço na Alemanha durante 2 anos. Ligou-me e disse que ia passar um fim-de-semana comigo e com a prima dele, que também estava a estudar em Lisboa, na minha casa. Foi o telefonema mais feliz da minha vida e o fim-de-semana mais hilariante e emotivo daquela época. Desde aí nunca mais nos afastamos.... quer dizer, não deixamos de saber um do outro, porque ele entretanto regressou à América e eu regressei para S. Miguel. Mas de 2 em 2 anos ele vem visitar-nos e, enquanto cá está, sempre tentamos aproveitar ao máximo para estarmos juntos. Damo-nos muito bem, apesar de me lembrar que em pequenino partia os meus brinquedos! Contas a acertar depois! :P
Não me esqueço que ele esteve presente nos 2 momentos mais marcantes da minha vida: no meu casamento e no batismo da minha filha. Isto por si só traduz o carinho que ele tem por nós, o qual agradeço profundamente e tento retribuir de igual forma. Ele é meu primo-irmão. É uma pessoa pura, no verdadeiro sentido da palavra. É, apesar da vida difícil que deve ter tido desde a separação dos pais, se calhar das pessoas mais corretas e honestas que eu conheço, o que me faz orgulhar muito na pessoa que ele se tornou. 
Amanhã é dia de nos abraçarmos de novo "Buba" (como a minha M. lhe chamava o ano passado quando ele veio!)...



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Iniciando a contagem: 0%

Hoje foi o meu último dia de trabalho. Vão começar as minhas férias (2 semanitas!), iupiiiii! :) Isto também serve para este blog. Bommmmm, na verdade, não vou abandonar por completo este espaço. Prometo ir dando algum movimentozinho aqui (só para não esquecerem que eu existo vão levar com 1 post por dia, pelo menos!) ou através da página do blog que criei no facebook (para aceder podem clicar aqui!). Podem aproveitar que vou de férias para colocar gosto na página e podem (e devem!) partilhá-la pelos vossos amigos. :) 


Podia aproveitar para sair daqui da ilha, já que o sol não vem até cá, mas não! Decidi que vou ficar por cá, se até lá não me der nenhuma neura! Se der faço malas e parto em busca do sol (eu sei onde ele está!)... De qualquer forma, a ideia inicial é a de cá ficar, fazer férias cá dentro, com os meus. Ser feliz 24h por dia! Aproveitar para sorrir muito com a minha filhota! Quebrar rotinas e regras e monotonias e tudo e tudo e tudo! Comer coisas que me dão prazer, fugir das dietas e afins... Sair muito, sair de casa de manhã e regressar à noite... Férias cá dentro é isto! Para mim é estar fora cá dentro e há anos que não faço isto! E adoro tanto...
Aproveitar tudo o que de bom existe na minha vida... Este é o meu plano... resta saber se vai dar certo! :)

123 dias deste mundo

E hoje faz precisamente 4 meses que iniciei esta aventura que é o meu mundo para vós. Nunca pensei que "O Mundo de Vera" fosse chegar à proporção que está a tomar. São, ao todo, quase 31 mil visualizações até agora. Um autêntico feito histórico (na minha história, pois está claro!)!... 
A minha necessidade de escrever não vem de hoje. Lembro-me que desde novinha, ainda antes de haver computador ou internet, escrevi em cadernos e folhas soltas (tão soltas que nem sei onde param...). Escrevia textos, poemas, pensamentos... Outras vezes simplesmente traduzia músicas da Laura Pausini, do Enrique Iglesias, do Brian Adams, e mais tarde dos Guano Apes... como forma de aprender mais qualquer coisa...
Hoje escrevo aqui e, pelo que vejo, há quem goste de me ler, além dos meus 10 amigos (onde se incluem a família!). A todos os que passam por aqui, que ficam, que vêm uma vez e regressam, os que só vêm uma vez, a todos... obrigada!... Sem vocês por aqui isto não tinha a mesma piada! :P


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Bexsero: feito!

E pronto, graças a uma amiga, consegui adquirir a tal vacina que estava esgotada. Ela deixou o meu nome lá na lista de espera e, depois de uma semana, já cá estava ela. Acontece que a minha M. andou com uma tosse chata e alguma febre pelo que deixei a vacina lá na farmácia durante sensivelmente umas duas semanas. Os frigoríficos de lá devem ser mais apropriados para guardar vacinas do que os nossos das nossas casas (não sei, mas achei melhor!)...
Quando a M. ficou melhorzita, lá fui eu buscar a vacina e rumei pela primeira vez ao Centro de Saúde de Ponta Delgada, aquele novo gigantesco que fizeram, que se vê da via rápida. Aquilo é mesmo grande e depois de estacionar o carro, anda-se km que nunca mais acabam... à parte disso, as condições internas são bem melhores que as anteriores e não tem parquímetro, o que é de louvar! Depois de anunciarmos a nossa chegada, demorou pouco mais de 1 minuto a chamarem pelo nome da M., e ela, que já estava a dizer que não queria levar uma pica, mais se agarrou a mim e eu fui ficando com o coração cada vez mais apertadinho... Lá fomos nós pelo corredor até chegar a um gabinete onde nos esperava uma enfermeira com sotaque brasileiro muito simpática. Lá tinha imensos brinquedos e a minha M. andou entretida até à hora de levar a sua vacina. Esta vacina é chata e causa alguma dor à minha menina (pelo menos nas outras 2 doses assim foi!). Ela chorou tanto, mas tanto... minha rica menina... eu só não chorei para lhe dar força, porque vontade não me faltava! A minha menina! E depois lembro-me de todas as crianças que passam pelo tormento das agulhas tantas vezes por dia por conta dos seus tratamentos e doenças, na dor que sentem e na dor que sentem as suas mães por verem os seus filhos passarem por isso... Deus as ajude! Por isso todas as noites rezamos as duas "por todos os meninos que estão doentes!"... Minhas queridas crianças indefesas... 

(depois de levar a vacina ainda ficamos lá a brincar os obrigatórios 30 minutos!)

Furou a onda pela primeira vez na Ribeira Quente

Os domingos são sempre dias que nos obrigamos (por gosto!) a fazer sempre algo em família. E vai daí, como estamos no verão, embora o tempo não o diga, o calendário (e o nosso espírito!) assim nos diz, andamos sempre à procura de molhar o corpito nalgum lugar agradável qualquer... Como fiel ao Spotazores que sou, lá fui eu pesquisar onde o tempo estava melhor cá na ilha... Ribeira Quente! Boa! A melhor praia do universo tem sol e ainda por cima fica logo ao lado das Furnas, ou seja, dá para ser um dia inteiro de programinha... Preparei um lanchinho e lá fomos nós rumo à Ribeira Quente. Lembrei-me que havia uma hamburguer que eu gostava de voltar a provar, a Summer Breeze (esteve fechado durante uns anos para agora abrir nas mãos de um jovem empreendedor que por acaso conheço!). Lembro-me das hamburguers que comia lá em pequenina. As melhores de todas! Se fechar os olhos ainda sinto o gostinho bom daquela cebolada que eles punha lá... E depois de provar a atual, digo que estão bem parecidas! :) Parabéns Pedro!
Depois do almocinho lá fomos nós rumo à Ribeira Quente. À medida que avançávamos, o céu fechava! Irra que o tempo não sabe o que quer!... Fomos na mesma, claro!...
Passámos pelo túnel e fizemos a festa! Como é o único túnel da ilha, o pessoal apita e faz barulho sempre que passa por lá. Não me perguntem porquê! Lembro-me que, em pequenina, quando ia com os meus pais ou quando ia na carrinha do meu padrinho com os meus primos e aquilo era um tal apitar. Fazia as delícias das crianças. A minha M. achou imensa piada também, tanto que queria voltar a passar por ele só para repetir a dose. 
Já na praia (com o céu encoberto pois está claro!), fomos todos à água. Haviam algumas ondas maiorzitas, mas nada de especial. No entanto, perante uma onda maior, forcei a minha M. a furar a sua primeira onda! As aulas de natação vieram ajudar em muito nisto, pois caso ela não tivesse frequentado a natação possivelmente iria entrar em pânico. E isso não aconteceu! Ela reagiu bem, foi apenas mais um mergulho. :) Aquele mar da Ribeira Quente, digo-vos uma coisa... é simplesmente fantástico! A água é bastante limpinha e amena... e normalmente o mar parece um rio (óbvio que não foi o caso deste dia!)...
Depois ainda estivemos a dar comidinha aos patinhos da Lagoa das Furnas e, como estávamos por perto, ainda fomos fazer uma visita surpresa à casa dos avós paternos.
Um domingo em cheio, portanto...!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

"Bora socializar?!" Que é isto?!

Há uns tempos para cá sou "presenteada" com alguns vídeos no facebook de pessoas que eu não conheço. Ainda não percebi bem como aquilo funciona... O que é certo é que a maioria dos vídeos são feitos por miúdas com os seus 12 - 14 anos e meninos com os 16-19 anos. De que falam?! De nada! Espremendo não sai sumo. Será que os pais sabem que os filhos  estão em direto no facebook?! Será que sabem que as miúdas estão a responder a perguntas estranhas e indelicadas (às vezes) de outras pessoas (muitas que não conhecem) naquele momento?! Um dos vídeos que vi fez-me mais impressão do que os restantes. Foi no dia das marchas de Santo António de Lisboa, ou seja 12 de junho. Eram 2 miúdas que residiam em Lisboa (os pais deviam estar na noite de Santo António enquanto elas estavam em casa sozinhas - pelo menos era o que parecia) na faixa etária que já referi em cima, uma mais magrinha que a outra. Ambas estavam de pijamas (uma devia estar a dormir na casa da outra e os pais de ambas deviam ter ido ver as marchas!). A que era mais magrinha estava literalmente a insinuar-se para a câmara com os seus longos cabelos. A outra, mais gordinha, andava mais escondida da câmara, se calhar por ser mesmo mais gordinha. Mesmo assim houve alguém que lhe tivesse deixado um comentário menos simpático, tipo "desvia essa gorda daí", algo do género. Portanto, digamos que assisti a bullying online!
E, nessa noite, pensei eu "e se fosse a minha filha?!"... Acho que é importante explicar os perigos que podem ocorrer online e evitar a todo o custo que situações como esta aconteçam nas nossas casas... Com a minha filha, tenho fomentado uma comunicação aberta desde que nasceu (explico-lhe sempre tudo de forma que ela perceba o que estou a dizer-lhe!) e tenciono mantê-la sempre, pois só com abertura é que se gera a cumplicidade nas relações. Com a minha filha pretendo fomentar, além de uma relação de mãe e filha, uma relação de amizade onde a cumplicidade seja uma constante. Espero conseguir...

Uma festa que dura há 4 anos a dobrar

Este fim-de-semana houve uma festinha de aniversário a dobrar. Dobrar porque os aniversariantes são mesmo a dobrar, são dois lindos seres que nasceram no mesmo dia com a diferença de 5 minutos um do outro. São gémeos muito bem dispostos e cheios de ternura. Ter um filho é muito bom, por isso ter 2 ao mesmo tempo, apesar da trabalheira que dá (imagino eu!), enche a dobrar a nossa casa de vida e de amor. 
Estava tudo tão lindo e fofinho, tal como eles são. Parabéns! As crianças divertiram-se à brava e nós, os pais, também (se calhar mais que eles ahahah!). Porque quando temos filhos a nossa vida fica mais "atribulada", os bocadinhos que conseguimos juntar-nos é sempre delicioso. O importante é sentirmos que, apesar da frequência dos nossos encontros ter diminuido, o sentimento que nos une mantém-se forte e louco como sempre foi. E é isto que faz uma amizade ser grande!



terça-feira, 19 de julho de 2016

Pão quente e chá da Gorreana: uma perdição na Maia!

Há muitos anos atrás fui com o meu namorido (na altura era "ado") à Maia à noite de Pão Quente e Chá da Gorreana. Foi uma noite tão agradável que quisemos, este ano, repetir a dose. Essa "noite" já se realiza há 15 anos (não fazia a mínima ideia!) e à semelhança do dia do Espírito Santo, em que preparam uma deliciosa carne guisada (pode ler aqui!), a noite do Pão Quente e do Chá já se está a tornar numa verdadeira tradição que vem chamando cada vez mais multidões. É uma noite em que a freguesia da Maia coze mais pão por metro quadrado do que todas as padarias da ilha juntas. E aquilo é só sair pão quente! Para acompanhar existe pé de torresmo, manteiga e queijo e o belo do cházinho da Gorreana que é tão nosso. 
Lembro-me que no ano que fomos (há coisa de 10 anos atrás!) não tinha tanta gente como vi este ano. Conseguíamos mexer-nos à vontade! Este ano havia gente por toda a zona do Calhau d'Areia (uma pequena praia que têm lá!) e chegar ao pão quente e aos acompanhamentos é um verdadeiro cenário de "espírito de sacrifício"... hehehe... Mas lá fomos nós, que não somos de desistir fácil! :P
Os tambores fizeram as delícias da minha M., além de um cortejo etnográfico e uma banda de música que, numa praia, é sempre agradável e dá aquele espírito de verão. A minha M. adorou tudo, mas os tambores e a banda de música é sempre o expoente máximo da diversão para ela.
Como ponto negativo (novamente o mesmo!) a Maia tem de apostar em zonas para as pessoas fazerem as suas necessidades fisiológicas. As que haviam não eram suficientes!...

Eis alguns recortes do que foi a nossa noite deliciosa.















Hoje há festa no Reino das Princesas!

Hoje é um dia especial!
Nasceu, há 11 anos, uma menina doce e que veio alegrar ainda mais a minha vida. É a minha prima mais pequenina.
Esta prima, em bebé, teve alguns problemas de saúde (idêntico ao que eu tive também!). Tinha muitas bronquites e alguma dificuldade em respirar. Mas, graças a Deus, ela recuperou e nunca mais nos pregou nenhum susto daqueles. O mais giro de tudo foi ela entrar na igreja, quando tinha uns 3/4 anos, ajoelhar-se, colocar as "mãozinhas ao Jesus" e dizer "Obrigada Jesus por eu não ter ficado doente este verão."! A fé é algo que construímos dia-a-dia e esta menina tem muita. Tenho a certeza que Jesus acompanha-a sempre pois ela é mesmo um ser iluminado.
Na passagem de ano de 2012 para 2013, um dos seus desejos, enquanto comia as passas, foi que eu engravidasse de uma menina. Em 2013 engravidei...de uma menina... O amor que ela sentia pela minha filha, mesmo antes dela existir, foi tão grande que fez com que a minha M. a idolatrasse desde sempre. Quando ela está presente, a minha M. não quer estar com mais ninguém. Elas dão-se tão bem desde o primeiro dia... e é adorável ver os olhinhos uma da outra brilharem quando se encontram... Entre elas existe amor de verdade e eu só tenho a agradecer muito por esta princesa doce existir nas nossas vidas. 

Que Jesus te ilumine sempre, Beatriz... 


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Miradouro do Navio - check!

Uma das coisas que lá em casa gostamos de fazer, além de sol e mar, é "descobrir a ilha". Irmos para algum lado e, a meio da viagem, ao vermos um caminho diferente, que nos chama a atenção, e ir ver "onde vai dar". Bom, na verdade, o mais aventureiro é mesmo o namorido, que fazendo jus ao nome de família, gosta muito de desbravar terreno e "canadinhas". Assim, vamos conhecendo mais coisas da ilha...
Numa das nossas idas à praia, no caso foi aos Poços de S. Vicente, parámos num miradouro que por ter um barco lá na ponta, achamos interessante ir conhecer. Vai daí, parámos o carro e lá fomos nós ao Miradouro do Navio.
Sobe-se umas escadas e lá em cima está um barco (cá este tipo de barcos chamam-se "barcos de boca aberta", se calhar pelo seu design...). Quando saltamos para dentro dele, temos mesmo a sensação de estarmos em alto mar, tal é a dimensão do mar que vemos à nossa frente.
Além do barco, tem ainda uns palheiros engraçados para algum piquenique. Infelizmente não tem grelhador, pois se tivesse, com certeza um dia, depois de irmos aos poços, faríamos ali um evento qualquer engraçado com alguns amigos... Um piquenique também não é mau de todo, mas um churrasco depois do mar calha sempre melhor!...





Unidos venceremos, divididos... cairemos!


Qual o prezado português, mesmo aqueles que nem gostam de futebol, que não se arrepia ao ver este vídeo?!

Foi de facto um Euro memorável, não só por termos ganho o Euro! Mesmo depois de tanta gente desacreditar, de tanta gente falar mal, de tantos comentários que em nada ajudaram a nossa seleção (bom português quer é falar mal do que é seu!)... fomos o mais longe possível e o mais longe que conseguimos (o máximo que havia para conseguir e ainda bem!) e isso é o que importa. Para mim, pelo menos! Eu valorizo o sacrifício, o esforço, a dedicação, a luta diária de quem realmente faz disso seu lema de vida. Aqueles que vestiram a camisola portuguesa neste Euro 2016 recebem a minha admiração total. Foram os escolhidos e desempenharam bem o seu papel. Obrigada por carregarem nas costas o peso de um país que muitas vezes não foi merecedor do vosso esforço. 

Eu sou portuguesa e orgulho-me muito do meu país, apesar de tantas vezes me desiludir com determinadas coisas. Mas sou firme naquilo em que acredito. Sou firme e fiel até ao fim. Cá estarei (espero!) para outros Euros e para outros Mundiais a apoiar incondicionalmente o meu país. Eu sou 1 de 11 milhões que vos apoiará sempre.

Eu adoro o vídeo e sempre que me sinto mais "sem força", este é um dos vídeos que mais me faz acreditar que é possível. Não falo de futebol (até porque o Euro2016 já terminou e Portugal foi o feliz vencedor!), falo da vida. Da vida de cada um de nós. Do nosso dia a dia. Os ensinamentos/conselhos que estão neste vídeo podem ser aplicados à nossa vida. Vejam com atenção e apliquem-nos. 
Palavra de ordem "Acreditar no nosso destino"! Sejam vocês a razão do vosso destino! No fim, dizemos alto e bom som: "CONSEGUIMOS!" :)




domingo, 17 de julho de 2016

Geladinho "melhor do mundo"

O Cais 20 é um restaurante em S. Miguel que eu simplesmente adoro ir e adoro tudo o que lá têm. Se eu pudesse e se aquilo não fosse tão carote, era bem capaz de ir lá...todos os dias!

Há um gelado que vendem que é uma espécie de "melhor do mundo". É gelado de canela com bolacha Mulata, que é feita cá nos Açores. Vai daí aventurei-me e consegui fazer algo muito, muito similar ao que existe no Cais 20. Aqui têm a receita e a foto do gelado:

Ingredientes:
1 pacote de bolacha Mulata
2 pacotes de natas (35% gordura)
1 lata leite condensado
Canela a gosto

- Coloquei as bolachas na bimby e triturei (10seg/vel 6). Retirei.
- Coloquei a borboleta e as natas e batia-as 3min/vel 4, até ficarem armadas.
- Coloquei o leite condensado e a canela em pó a gosto (como gosto muito, pus bastante!)
- Pus no congelador e no dia seguinte já estava! :) 

Uma delícia, como diz a minha filha!



sábado, 16 de julho de 2016

Ajudar em casa?!

Este post nasce de uma publicação que li (esta!) e que me fez escrever sobre este assunto.
Ajudar em casa?! Ora aí está uma pergunta que não concordo nada! 
Um dos maiores problemas que afetam os casamentos e "casamentos" por aí fora é a distribuição das tarefas domésticas.
Com a emancipação da mulher na sociedade, há a necessidade de, em casa, haver a emancipação do homem. Considero que, se ambos trabalham fora de casa, se ambos vivem na casa e usam-na e usam tudo o que nela contém, é mais do que natural que também os dois a limpem, cozinhem, tratem da sua manutenção. Não é uma questão de "ajudar em casa", mas sim de trabalho de equipa, de uma equipa que se quer ganhadora e feliz, já agora.

Deixo aqui 3 dicas base do que um casal deve fazer para evitar que as tarefas domésticas interfiram na vida do casal:

1- Se tiver tempo, faça! 
Não deixe para o outro fazer... Chegar a casa e encontrar coisas fora do seu lugar, loiça por lavar ou roupa do outro para arrumar faz com que o humor caia vertiginosamente.

2- Desarrumou?! Arrume!
Tentar a todo o custo colocar os objetos que utilizamos no lugar certo para evitar que se percam coisas por casa. Treino a minha M. desde cedo a arrumar os seus brinquedos mal termine de brincar para saber sempre onde estão as coisas quando quiser brincar de novo. Assim evitamos as perguntas "onde está o comando da televisão?!" (isto, claro, não vale para os maridos que procuram manteiga no frigorífico e que nunca a encontram, mesmo ela estando em frente dos olhos!)

3- Sujou?! Limpe!
Quanto mais cedo limparmos as coisas que se sujaram naquele momento, melhor as limpamos. Basta pensarmos que a loiça suja de algum tempo custa mais a lavar do que aquela que estava suja e lavamos logo a seguir a ter sujado. O pinguinho de leite que caiu no balcão é mais difícil de limpar se deixarmos secar, mas muito fácil se o limparmos logo que cai.

Se conseguirem ser uma equipa em relação às tarefas domésticos existem apenas benefícios: terão mais tempo um com o outro ou para fazer outras coisas juntos ou não; terão mais tempo para brincarem com os vossos filhos (eles só agradecem!); poderão ensinar os vossos filhos a serem como vocês, através do exemplo; e até podem fazer exercício físico, porque esfregar coisas faz queimar calorias!
E, sejam sinceras, digam lá, é ou não é sexy ver um homem na cozinha connosco (ou sozinho!) de avental, ou de paninho na mão a limpar o pó?! Eu digo-vos, para mim é o expoente máximo do significado de "ser sexy"! ;)

Eis aqui alguns links sobre este assunto para lerem (aqui, aqui, aqui, aqui) e este vídeo que chega a comover, pois só quando passamos pela situação é que vemos o quanto é injusto:

Deixo-vos também esta música elucidativa. 


Existem anjos na terra

Confirmo e eu conheço alguns.
Já por várias vezes me cruzei com eles e vi neles alguém que me podia estender a mão. Mas há um anjo da guarda que quero destacar aqui, pelo momento que foi, pelo que fez por mim (quer dizer, fê-lo ao meu irmão, mas se o faz a ele também o faz a mim!), pelo carinho que sempre demonstrou ter desde o princípio ao fim. No hospital onde o meu irmão andou, foram muitos anjos da guarda que conhecemos, os quais recordo com carinho, mas entre todos houve uma que, se calhar por ter sido a primeira que nos apareceu ou que sempre apareceu na maioria dos momentos mais críticos, a considerei desde sempre o anjo da guarda do meu irmão. Refiro-me à enfermeira Nancy. Ela era branquinha, bonita, com ar celestial, falava baixinho, não era muito alta, mas era um doce de menina. Houve ali uma empatia muito grande desde o primeiro momento. Não sei se alguma vez a chamei de "anjo da guarda", mas sempre a considerei como tal. Lembro-me da carinha dela em sintonia com a nossa nas variadas situações, sei que sofreu connosco, sei que se envolveu connosco desde o primeiro momento. Lembro-me que um dia eu estava sozinha com o meu irmão e, de um momento para o outro, ele começou a ficar muito pálido e a desfalecer. Depois de deitá-lo na cama, corri para o corredor e adivinhem?! Lá estava ela. Puxei-lhe pelo braço e ela levantou as pernas do meu irmão para evitar o desmaio. Como esta, muitas outras situações aconteceram e ela esteve praticamente sempre lá. Se isto não é ser "anjo da guarda", eu não sei qual é a sua definição...
Muito obrigada por tudo Enf. Nancy... 
Obrigada também aos restantes enfermeiros que também guardo com carinho no meu coração, mas não podia deixar de falar da Enf. Nancy, em particular.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cannabis pode mesmo ajudar

A primeira vez que ouvi falar de que o cannabis tinha efeitos terapêuticos foi antes do meu irmão iniciar os seus tratamentos de quimioterapia. Informaram-nos que poderia amenizar os enjoos que são efeitos secundários dos químicos que são utilizados para matar o bicho. Verdade vos digo, vomitar por causa da quimioterapia é arrepiante e difere dos vómitos normais do ser humano causados pela má disposição ou pelo excesso de álcool ingerido. Acreditem! É como que se o indivíduo fosse vomitar os próprios órgãos, é um vómito que vem de dentro e parece não ter fim... Ver o meu irmão passar por isso não foi fácil e, por mais que quisesse ajudá-lo, não conseguia...
Era normal os doentes virem cá fora fumar a sua e havia outros (os que não fumavam!) que comiam! Misturavam na manteiga e comiam com torradas. E, acreditem, notava-se realmente a diferença.  
Deixo aqui alguns links (aqui, aqui, aqui) que podem consultar, caso queiram adquirir mais informação sobre o assunto, porque o que eu posso escrever é o que vi com os meus olhos. E, pelo que vi, pelos benefícios que faz ao doente oncológico é que sou a favor da legalização das drogas leves para fins terapêuticos.


Peripécias sem fralda!

Disse-me que queria fazer cocó. Como estávamos nos primeiros dias de desfralde fui com ela rapidamente à casa de banho e sentei-lhe no bacio. Ela fê-lo. Disse "mãe cocó é feio!" (ah pois é rica filha, não sabias?!). Coloquei-o na sanita e ela ficou muito admirada com o procedimento e quis participar puxando o autoclismo, ao mesmo tempo que dizia "Foi imbóia!", numa espécie de felicidade por aquela coisa feia ter ido embora.
A vida continua e pensei eu que o assunto tivesse ficado resolvido, quando, de repente, aparece-me ela na cozinha com aquela carinha aflita a dizer "mãe, Matida tem cocó na peninha!". Primeiro pensamento "Como?! Se fez no bacio e limpei tudo?!", olhei e vi que realmente ela tinha cocó na perna... Perguntei-lhe onde ela tinha feito o cocó e ela foi mostrar-me. Estava lá no chão do quarto. Imponente. Enquanto limpava, explicava-lhe com a maior das paciências (mesmo!) que o cocó fazia-se no bacio ou na sanita, não no chão. Ela diz "Matida deu fofó e o cocó caiu!... Impossível não rir com estas respostas de menina inocente. Quem dera que o mundo fosse assim como as crianças - inocente! Levou logo um beijo repenicado e um passe direto para o duche mais cedo que o habitual.
Giro foi que, depois de estar vestida com os seus pijamas, sentada na cama, antes de dormir, deu um fofó e levantou-se rapidamente com a preocupação de não deixar cair mais nenhum cocó! Pelos vistos aprendeu a lição! :)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Outro spot de "praia" a não perder

O sábado do passado fim-de-semana foi mais um dia insólito em S. Miguel. Daqueles dias que num lado da ilha está encoberto, com nuvens de hoje até amanhã (e depois de amanhã também!) e no outro lado, a míseros km de distância está um sol de rachar. Fiz questão de registar a evolução do filme "Em busca do sol" que contracenamos em família. Vai daí, quando saímos da última aula de natação deste ano letivo, em que a minha M. portou-se espetacularmente bem com a professora, fazendo tudo (mesmo tudo e com alguns mergulhos de bónus!) o que a professora dizia para fazer (that's my girl!), decidimos ir procurar o sol e, depois de clicarmos no Spotazores.com encontramo-lo nos Poços de S. Vicente (outro local de eleição para um bom mergulhinho!), rumamos até lá munidos com as nossas toalhas. O percurso foi este (vejam quão impressionante é esta ilha!):

Saída de Ponta Delgada, rumo ao Norte da ilha:

A meio da ilha, com o céu azulinho do norte: 

Já depois da banhoca: 

Fomos apenas dar mesmo um mergulhinho, até porque o sol estava bastante quente e não tínhamos levado o nosso mega guarda-sol. Além disso, o almoço esperava por nós e o soninho da princesa também. 



Uhhhh, uhhhh, uhhhh

Agora que já acabou o Euro 2016 queria manifestar aqui o meu respeito e homenagem à seleção da Islândia, pelos jogos que fizeram, pelo fairplay que demonstraram ter e, principalmente, pela união de equipa e adeptos (os melhores do Euro2016: sempre no apoio e com uma forma saudável e festeira de viver o futebol).

Deixo aqui alguns vídeos desta seleção que marcaram este torneio europeu.




Um bocadinho da Islândia para quem, como eu, não conhece esta ilha, mas que com o Euro, aguçou a curiosidade...



quarta-feira, 13 de julho de 2016

Festa cigana!

Estou incrédula ainda! Além de Portugal ter ganho o Euro 2016, existe outra razão porque me sinto assim "incrédula"! :)
Mal ou bem, boa ou má, este aniversário consegui ter 4 bolos de aniversário! Isto foi mais que uma festa cigana... Comecei por fazer anos numa quarta-feira, que não é assim um dia muito favorável para quem faz anos, porque além de no dia seguinte ser dia de trabalho, o que impede que se faça uma festança daquelas, também a minha M. não esteve muito bem disposta nesse dia (esteve doente!). 
Bolo 1: Nesse dia, como já sabem, fiz um bolinho para levar para o meu trabalho, o qual seria de facto o meu bolo de aniversário. 

Bolo 2: Depois, durante a tarde, tive uma surpresa muito especial que me trouxe um bolinho com direito a música de parabéns e tudo. 

Bolo 3: No sábado, a minha mãe esmerou-se e fez-me um bolinho que eu adoro, mas que pedi porque sabia que a minha M. ia adorar (bolo de morangos!).

Bolo 4: No domingo, como tive o almoço com os meus amigos, fiquei encarregue de fazer um bolinho (repeti a receita do bolo que levei para o trabalho) e, fizeram questão de me cantar novamente os parabéns!

Não sei se os meus amigos gostam mesmo de mim ou se querem mesmo é que eu engorde! :)

Fortaleça o seu coração por apenas 3€

Quem me conhece sabe que gosto de ajudar o próximo naquilo que posso, principalmente se esse próximo for uma criança com alguma patologia ligada à oncologia. E porquê?! Porque já vi com os meus olhos o quão difícil é lutar contra o bicho. E imaginar essa luta em crianças é ainda mais cruel e injusto. Ver seres tão pequeninos a lutarem pela própria vida, a passarem tantas dificuldades, a terem que sofrer aqueles efeitos secundários que só quem passa sabe do que falo, é simplesmente desumano. Há tempos acompanhei uma menina de apenas 15 meses, dei a cara por ela e fui à luta por ela. Não a conheci pessoalmente. Não resistiu à doença. Sofri muito por conta dessa menina. Essa foi a primeira de muitos que depois se seguiram. Curiosamente, desde essa altura, acompanho a menina que era a "vizinha" de cama, dessa minha primeira menina, que tem 3 anos e uma Leucemia. E ajudo naquilo que posso. É por ela que estou aqui hoje.
Há uns dias recebi o pirilampo dela, feita pela Bubitas Artes (de louvar a iniciativa de ajudar meninos fazendo pirilampos a favor deles). É lindo e é por uma boa causa. Encomende o seu também. São apenas 3€ e a seu tempo estará na sua casa. Ajuda a Verinha e fortalece o seu coração.
Pode encontrar a história da menina aqui e o link para encomenda dos pirilampos aqui. Alguma dúvida estou ao dispor.

O meu pirilampo é este:

terça-feira, 12 de julho de 2016

Um almoço para "matar" as saudades...

Em 2009 tirei um curso de Formação Pedagógica de Formadores que serviria para renovar as minhas habilitações que recebi aquando o meu curso universitário e assim poder continuar a dar formações. Eu estudei para dar aulas, mas como não consegui colocação em nenhuma escola (um dia explico porquê!), a única forma de poder dar aulas é através de formações que, lá de vez em quando, aparecem. É uma forma de dar utilidade ao curso que tirei.
Acontece que nessa formação, que durou 1 mês e meio e me tirou bastante tempo, pois tínhamos aulas todos os dias, em regime pós-laboral. Foi cansativo, mas fez com que conhecesse pessoas que ainda hoje fazem parte da minha vida. Não nos vemos com muita frequência, mas procuramos saber uns dos outros e, lá de longe em longe, combinamos um convívio, que normalmente é sempre um almoço/jantar, ou um dia diferente ou uma visita à casa de alguém por alturas das festas daqui e dali. Os nossos eventos envolvem sempre o "núcleo duro" que se juntou desde sempre. Como há coisa de uns 2 anos não o fazíamos condignamente, com a maioria presente, decidimos juntar-nos mais uma vez e esse dia foi domingo passado. Estivemos todos (os do núcleo duro!), assim como os "apêndices e descendentes" como lhes chamamos, no gozo. Começamos por ser 7 (8 a contar com o meu "apêndice"), depois  por inúmeras razões, ficamos a ser 5 (6 a contar com o meu "apêndice"). Hoje voltamos a ser 7 + 3 apêndices e + 2 descendências, portanto somos 12 no total. Somos já uma "família"! E, pelo andar da carruagem, mais virão... :)
Uma coisa vos digo: a essência daquilo que éramos quando iniciamos a nossa amizade persiste até hoje. E é assim que deve continuar.

Foi um dia muito bem passado e ficou a promessa de mais dias como este, em breve... :)

No princípio éramos mais ou menos assim (falta o rapazinho na foto, tirada em 2009!)...

Na época de turbulência, em que éramos poucos...

Ontem foi assim (faltando as descendências!)...

Lento no Nordeste... yo quiero!

Eis que está a aproximar-se um fim-de-semana em grande lá para os lados da minha terra de infância... Um fim-de-semana que eu só muito raramente falhava... São as festas do Nordeste, da Vila do Nordeste, mas que foram adotadas como sendo as grandes festas do concelho.
Há muito tempo atrás estas festas não eram o que são hoje... Era uma festinha religiosa qualquer que atraia mais alguma gente do concelho, mas não como hoje. Hoje atrai multidões de toda a ilha. Há quem alugue casas, outros vão acampar... Tudo começou quando pela primeira vez vieram tocar às festas do Nordeste os Xutos e Pontapés. Foi o primeiro ano que as festas deixaram de ser apenas as festas da vila para serem as festas do concelho. E há anos que vale mesmo a pena ir até lá... No meu caso, vale sempre a pena ir até lá, mas por razões sentimentais, pois ir lá faz-me recuperar energias para retomar a minha vida.
Durante o fim-de-semana, ir à piscina da Boca da Ribeira é um verdadeiro pesadelo, tal é a enchente de gente que lá vai. Afinal de contas, não há outra zona balnear com as mesmas condições que a piscina. No concelho, zona balnear só mesmo a piscina, os calhaus e a praia do Lombo Gordo (que só tem sol até às 15h... se bem que este mês de julho o sol não tem aparecido em nenhum sítio!). Como o Nordeste tem uma encosta muito alta e o sol se põe para o lado oposto, as zonas balneares encerram pelas 17h30/18h. A partir dessa hora já acabou!...
Este ano as festas parecem rijas (embora a minha cultura musical neste momento esteja mais virada para a versão infantil da coisa!), por isso aproveite e vá dar um passeiozito até ao Nordeste que, agora com as scuts, ficou muito mais rápido e fácil.
Há um dos dias que gostava mesmo (mesmo!), de estar presente (mas como tenho o apartamento dos meus pais alugado, complica a situação!): o dia 15, o dia do Daniel Santacruz! Adoro o ritmo de Lento (um videoclip verdadeiramente sensual - pode ver em baixo)...


segunda-feira, 11 de julho de 2016

O 10 de julho que ficará para a história de Portugal


E foi com estas imagens que encerramos a noite de ontem! Um dia de glória para Portugal. O 10 de julho devia ser considerado feriado nacional daqui por diante! :)

Comecei o dia a receber mensagens da vodafone a informar-me dos acontecimentos portugueses:
"Sara Moreira vence meia maratona de Amesterdão."
"Jessica Augusto conquista medalha de bronze."
"Patrícia Mamona conquista o outro no triplo salto no Campeonato Europeu de Atletismo."
...para terminar com 
"Foi desta! Portugal é finalmente campeão Europeu!"

Bom... desde o primeiro momento deste Campeonato Europeu que me deparei, essencialmente no facebook, com comentários muito tristes em relação à nossa seleção. Que eram uns fraquinhos, que não sabiam jogar futebol, que foram mal escolhidos, que éramos nojentos, que o capitão não fazia nada, que tinha era a mania, entre outros comentários menos bons... Eis o que eu vi:
- que tínhamos o "melhor do mundo" em campo e, por este fator, nele depositamos todas as esperanças, porque os restantes jogadores quase que não se conheciam;
- que os 11 em campo podiam não saber jogar futebol técnico e bom, mas jogavam e davam o seu melhor, corriam atrás, lutavam até ao fim, sempre com a cabeça erguida;
- que tínhamos uma equipa unida, coesa, construída e firmada com base na amizade, companheirismo, presença e isso é extremamente importante em torneios como este;
- que tínhamos um Rui Patrício, muitas vezes quase esquecido, mas esteve sempre lá a defender o que podia e o que não podia, mostrou estar à altura de um campeonato deste calibre;
- que tivemos a estrelinha da sorte do nosso lado desde o primeiro momento, mas também quem sofre tanto em cada jogo até ao último, bem que já merecia ter alguma sorte na final;
- que o nosso "melhor do mundo" desempenhou o seu papel de capitão de equipa na perfeição e até ao último suspiro (ainda mais orgulhosa do melhor do mundo ser português!): sempre fomentou a união e a boa disposição entre jogadores e entre jogadores e equipa técnica; sempre agiu com ponderação em todos os passos que deu no Euro (exceto no caso "microfone"); deu tudo por tudo no jogo contra a França, foi até ao seu limite (se calhar até ultrapassou o seu limite!) e teve também a coragem e a humildade de abandonar o campo quando viu que nas 4 linhas iria desajudar mais que ajudar os seus companheiros e foi com enorme tristeza que o fez. Acho que a imagem que mais me comoveu no jogo foi quando ele colocou a braçadeira de capitão a Nani. Mas que grande responsabilidade!
Não é qualquer um que põe os interesses de um país em detrimento dos seus. Ele queria estar lá nas 4 linhas, tal como muitos outros, mas preferiu retirar-se, pois só assim podia ajudar os seus companheiros e o seu país. É de Homem! Enganaram-se aqueles que pensavam que ele ia tratar da sua lesão. Ele ficou... No banco dos suplentes! Foi capitão no banco! Foi treinador adjunto! Ele sofreu, saltou, deu indicações, e, no fim, chorou de alegria por também ele ter feito parte desta vitória que é muito sua: Portugal Campeão Europeu 2016!
- que éramos "nojentos"! Desde que me lembro de ver futebol que sempre vi um Portugal a fazer jogo limpo e a respeitar os adversários, mas também sempre me lembro dos cavalões dos franceses, que sempre jogam como touros no campo, levando consigo tudo o que aparece pela frente (olhem a lesão do nosso capitão!)... Nojentos, nós?! Quem tinha traças a dar c'um pau no estádio eram eles, não nós
- que os franceses têm mau perder (nada que não me admirasse). Uma das minhas maiores amigas nasceu em França, mas apoia Portugal desde sempre, mesmo até contra a França (eu deserdava-a se assim não fosse!). E ela (e mais alguns!) sabe que a França (país) e os franceses nunca me cativaram... Hoje percebo porquê... Então não era suposto ficarem as cores da nossa bandeira na Torre Eiffel?! 5 segundos de verde e vermelho?! Só?! É muito mau perder! Óbvio que não é fácil jogar contra uma equipa na nossa casa e essa equipa ganhar e ainda termos que colocar a bandeira do país dessa equipa no monumento mais emblemático do nosso país, mas o jogo é isso mesmo. Às vezes ganhamos, outras vezes perdemos. E perder também é ter humildade suficiente e respeito pelo próximo. Nós, cá em Portugal, temos humildade e respeito pelo nosso povo/país, mas também temos pelos outros. E é isto que nos torna GRANDES heróis valentes de uma nação...! É um orgulho ser parte deste país! 


E termino com o último parágrafo desta carta aqui, que vale a pena ler.

"(...) Somos nós o povo que arranca o prefixo de impossível. E se ele teimar em não cair, o que certamente será muito injusto, uma idiotice pegada ou um azar dos diabos, havemos de sobreviver."

...porque sempre assim foi e sempre o será (os melhores momentos aqui)!