sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A ver se apanho este vírus!

Há uma coisa que ainda não vos contei mas que me está a encher de orgulho de mim própria. 

Se há coisa que eu sempre detestei foi correr! Aquelas aulas em que o professor de Educação Física dizia para corrermos e levávamos a hora toda naquilo, para mim, eram as piores aulas de todo o sempre... Um verdadeiro tédio! Se calhar por isso sempre me vi a fugir à corrida como o diabo foge da cruz... Mas, ultimamente, tenho me deparado no facebook por um "vírus da corrida" que anda a contagiar muita gente... E contagia pessoas que sempre gostaram de desporto e pessoas cujo desporto era daquelas coisas que existiam para os outros fazerem... Eu sempre gostei de praticar desporto e até certa altura da minha vida praticava, mas depois desisti... O ser humano acomodasse rapidamente... E eu acomodei-me! Mas, como eu quero retomar a minha forma física e quero ser uma pessoa cada vez mais saudável, não apenas por mim, mas também para ser um exemplo para a minha filha, decidi aventurar-me no mundo da corrida! Atenção que só comecei há coisa de 3 semanas! O vírus ainda não se apoderou de mim como gostaria que se apoderasse, mas espero sinceramente que o faça! Rápidoooooo!

Encontrei um plano de 12 semanas de corrida crescente, em que ao fim desse tempo, diz o plano, devo estar a correr 40 minutos seguidos!!! Ainda não consigo acreditar, mas ok, estou confiante!

Antes de iniciar o plano dizia lá para fazermos um teste de resistência para saber em que semana devíamos começar. Eu começo sempre por baixo. A minha resistência foram 4 minutos a correr rápido. Fiquei super desanimada, mas depois falei com uma das minhas melhores amigas (que fazia parte daquele grupo de pessoas que pensava que o desporto era daquelas coisas que existiam para os outros fazerem e hoje ela está infetada pelo vírus e corre km que se farta!), que tem sido a minha personal trainer, e ela deu-me força, como sempre o fez e faz... Obrigada Paulinha... Há uma frase que ela me disse que faz todo o sentido "Se eu sou capaz, tu também és!". Paula, quero que saibas que é esta frase que me disseste que martela na minha cabeça quando já corro de língua de fora à beira de um ataque de ritmias e a desejar que os segundos voem...

Se custa levantar às 6h da manhã todos os dias (é o único momento em que não prejudico o tempo que tenho para a minha M. pois ela está a dormir!), quer chova quer esteja frio ou até um tempozito agradável, custa! Muitoooooooooo! Mas depois de sair à porta da rua sinto-me bem (vá, dali a uns 5 metros sinto-me melhor!)... E faz-me bem... E é nisso (e na minha M.!) que tenho que pensar!

Não posso é desistir nem inventar desculpas!... NÃO POSSO!

Fui praxada...na tuna!

Contei aqui que entrei na tuna feminina da minha Universidade - a Autúnama - e por lá permaneci durante 2 anos. Tocava viola. Não percebia muito do assunto, mas todos os dias treinava para poder ter maior agilidade nos dedos e poder dedilhar e tocar cada vez melhor o reportório que me deram. Eram umas 4 ou 5 músicas que tinha de saber tocar perfeitamente bem e foi a elas que me agarrei.
Nos primeiros meses de tuna sofri muito com aquelas que já lá estavam. Quem entrava para a tuna não entrava na verdade. Ficava 1 ano à experiência e depois é que passava a caloira da tuna. Portanto eu era apenas uma pretendente à tuna. Fui praxada até mais não poder por causa da minha pronúncia e, possivelmente porque era das pretendentes que estava sempre lá. Na mesma situação se encontrava a minha amiga-irmã Paula que, como eu, também estava sempre enfiada na tuna, numa sala qualquer a ensaiar, a inventar músicas,... Como éramos as 2 mais presentes e éramos ambas pretendentes, andávamos sempre juntas, como forma de nos apoiarmos uma à outra. Isto implicava que quando se lembravam de praxar alguém, praxávam-nos às 2 ao mesmo tempo! Quando chamavam uma chamavam a outra também. Éramos tipo o Tico e o Teco.
As duas demos tudo pela tuna: não faltávamos a um único ensaio, íamos sempre às atuações, treinávamos tanto para fazermos boa figura (e não nos praxarem!) sempre, sempre, sempre,... e mesmo assim éramos praxadas mais que as restantes pretendentes. Até que houve um dia, em Maio, julgo que de 1998, tiraram uma semana inteira para nos "cegar"! Fazíamos de tudo um pouco. Eu refilava sempre, mas fazia... Não era à toa que me chamavam "açoriana refilona"! Íamos buscar o tabuleiro de comida para as efetivas na tuna, íamos buscar as bebidas que elas quisessem, nas atuações levávamos os nossos instrumentos e os das nossas madrinhas (e às vezes de mais alguma!). Eu tocava viola, a minha madrinha também, portanto eram logo 2 violas que levava comigo sempre. A minha madrinha da tuna pedia-me para andar sempre com linha e agulha e engraxador, caso alguma coisa acontecesse no seu traje. Era a Paula que fazia serenatas a camarões pela cantina inteira, era eu que fazia serenatas a um namorado de uma delas sem poder olhar para ele,... lembro-me que houve um almoço em que a comida era rissóis de camarão com arroz e batata frita. Nesse almoço, comemos as 2 sentadas no chão e a comida estava em cima da cadeira. Tiraram-nos os talheres. Eu comi sandes de batata frita e a Paula sandes de arroz. Foi nesse mesmo almoço que cantámos as serenatas que falei em cima. Nessa mesma tarde, elas levaram-nos para uma sala. Sentámo-nos na secretária do professor e elas ficaram sentadas à nossa frente, como que se tratasse de um julgamento... e era, nós é que não sabíamos! 
A Paula chorava com muita facilidade, eu não (naquela altura!). Bastou acusarem a Paula de que ela tocava cavaquinho muito alto porque queria sobressair-se das efetivas para ela chorar. A mim disseram-me que, antes de uma atuação, tinha desafinado a viola de uma colega que dava entrada para uma das músicas para poder ser eu a dar a entrada.  Antes de uma das nossas atuações ela tropeçou nas escadas e a viola desafinou e quando ela deu a entrada na música a viola dela estava completamente desafinada. Então tinha sido eu a desafinar a viola dela e a empurrar-lhe pelas escadas abaixo!!! Eu estava a achar aquele cenário muito estranho e não estava a acreditar no que estava a acontecer, só me dava para rir e só pedia à Paula para não chorar... Piorou quando elas disseram que por causa desses 2 motivos não podíamos entrar na tuna! A Paula aí parecia uma Maria Madalena e implorava por ficar, que faria tudo o que quisessem... E eu continuava a rir-me (os nervos dão-me para rir!)... Mas elas tanto insistiram com esse cenário que eu, de raiva já (porque aquilo era uma injustiça e eu não lido bem com injustiças!), comecei a chorar ao mesmo tempo que dizia "não desafinei viola nenhuma e não empurrei ninguém!"... Só nesse momento elas "baixaram armas" e deram-nos os parabéns porque tínhamos passado a caloiras da tuna...antes do tempo previsto por tudo o que tínhamos feito até à data (e muito mais que merecido, diga-se de passagem!)...
Se as praxes acabaram?! Não!!! Mas ficaram bem mais leves e menos frequentes!... Valha-nos isso! :)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Malas de maternidade: úteis ou não?!

Antes da minha M. nascer, não sabia bem como iria ser. Todos falavam da importância da mala de maternidade - aquelas malinhas onde se coloca tudo do bebé sempre que quisermos ir a algum lado com ele. Tive 2! Uma que ganhei por uma formação que fiz e a outra que me foi emprestada por uma amiga. Diga-se de passagem que a mala da minha amiga foi bem melhor do que aquela que eu tinha, pois tinha imensas divisões onde podia levar mais coisas. É que quando saímos com um bebé, principalmente se for o 1º filho, nunca sabemos bem o que levar, então quando vamos ver, já temos de tudo um pouco metido na mala (mais espaço houvesse!).
Eu como era (e sou!) uma mãe que gosta de levar a filha para todo o lado, quando a levava ao hiper (porque tem mesmo de ser!), via-me grega para trazer as compras para casa. Era a bebé ao colo dentro do canguru (também emprestado por outra amiga e que muitooooooo jeito me deu!!!), mais a mala dela, mais a minha mala e ainda as compras do hiper! Não era viável! Quer a minha mala, quer a mala dela fartavam-se de cair do meu ombro (logo a mim que sou uma rapariga que gosta de coisas práticas!)... Então comecei a pensar que havia de haver uma solução para o meu problema! Uma mochila!!! Mas não podia ser uma mochila básica, daquelas com apenas 2 fechos (que tenho às carradas em casa!). Teria de ser uma Senhora Mochila! Teria de ter imensas divisões para poder levar tudo organizadinho: fraldas, roupa, toalhitas, envoltas, brinquedos, água, máquina fotográfica (com bebés temos de andar sempre com elas atrás!) e também um espaço para as minhas coisas (carteira, telemóvel e chaves - essencial!), pois não queria levar uma mochila com as coisas dela e uma mala com as minhas. Com a mochila resolvia 2 problemas! E assim foi... Fui à Decathlon e fui namorar as várias mochilas que eles tinham lá... Namorei, namorei, namorei, até que encontrei a TAL! Era mesmo uma igual que eu imaginava e, até hoje me serve e não a troco por outra por nada no mundo. Ora vejam só as vantagens:
- Tem muito espaço, é confortável no transporte e nas costas, posso levar de várias maneiras, consigo colocar compras do hiper lá dentro mais as coisas dela, posso levar as coisas dela e as minhas, é preta o que me permite levá-la para todo o lado,...
Além de todas estas vantagens o preço foi bastante convidativo - 20€! 
Resumindo, não tenho desvantagens nem pontos negativos a aplicar e, apesar do namorido não simpatizar com a ideia de eu andar sempre com a mochila atrás para todo o lado que vá (inclusive para cerimónias mais chiques, tipo casamentos e isso!), eu não a abandono por nada, porque com ela eu sei que tenho tudo aquilo que preciso e as minhas costas agradecem! :)

Eis a minha salvação, a minha "mala" de maternidade e a que ainda hoje uso (e tenciono usar sempre que precisar!)! É linda, não é?!



As nossas visitas ao Lar...

Já disse aqui que tenho consciência que poderia ter ido visitar a minha avó mais vezes ao Lar do que as vezes que fui...
A minha M., depois de alguns meses de vida, começou a acompanhar-me ao lar para visitar a avó Maria dos Anjos. Ela nunca gostou de lá ir. Acho que ficava com medo dos velhinhos que estavam acamados e a gemer. Ela dizia que a "avó tinha doi dóis na peninha e nas mãozinhas" e, como por milagre, aceitava ir ver a avó velhinha sempre. Ela foi a única bisneta que a minha avó conheceu. 
Que me lembre, a minha avó nunca gostou de ser "avó"! E muito menos gostou de ser "bisavó"! Ela sempre adorou os netos todos e a bisneta então, ela vibrava a olhar para ela. Eram os termos "avó" e "bisavó" que a assustava. Significava que ela era já velhinha e ela nunca quis ser velhinha (nem nunca o admitiu!). Ela, inclusive, dizia que não gostava de estar no Lar, porque estava cheio de velhinhos, como se ela fosse a pessoa mais jovem na face da terra.

À parte disso, sei que a minha avó gostava de mim... que adorava a minha filha... que nos últimos 2 anos e meio a minha M. era "a sua menina", a alegria dela, era quem a fazia sorrir. Dizia repenicado "querida, querida, querida" (sempre por 3 vezes seguidas!). A M. chegava, dáva-lhe um beijinho e depois era um tal tagarelar com ela. Mexia nas 2 únicas fotografias que estavam na mesinha de cabeceira da avó (a dela e a da tia Dídia!). Dizia quem eram. Sorria. A avó chorava de rir quando a ouvia cantar e quando ela fingia que lhe pintava as unhas com a chave do carro. A minha avó exibia toda orgulhosa a bisneta para toda a gente que passasse lá perto de nós. Ela não queria ser "avó" ou "bisavó", mas ela queria-nos muito bem... Disso tenho a plena certeza!





quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Um iPhone é como um canivete suíço!

Como já disse neste texto aqui, só tenho iPhone porque encontrei um negócio muito em conta, pois não iria perder a cabeça em comprar um novo em folha gastando quase o meu ordenado inteirinho! Então vai daí, através das newsletters que recebo, descobri mais umas quantas coisas sobre o iPhone que não fazia ideia que ele fazia... :) Podem ler o texto integral, acedendo à página respetiva, clicando aqui.
E, acreditem, há um sem número de funcionalidades tchanannn que eu realmente não fazia ideia!!!! Mas aquelas que mais me surpreenderam pela positiva (e pelo nível de UAU que fiz!) foram estas:

- Se colocarmos o iphone em modo avião ele carrega a bateria mais rápido. --- Isto vai ajudar-me para aquelas manhãs que eu acordo e ele já está no vermelho porque à noite adormeci antes de o carregar!

- Podemos ver a hora e o dia de uma sms se deslizarmos para a esquerda os balões das mensagens. ---- Dahhh!

- Conseguimos tirar muitas fotografias de uma só vez pressionando o botão da câmara sem parar. Essas fotos ficarão agrupadas numa só galeria de fotografias. ---- Agora é que vai ser um tal tirar fotos em movimento!

- Ao agitar o iPhone podemos anular o último texto que escrevemos. Para recuperar o que acabamos de apagar, basta agitar de novo. --- Isto vai dar-me um jeitaço que nem fazem ideia!

- Podemos definir uma palavra-passe mais complexa ou mais simples para desbloquear o iPhone. --- esta vai servir para uma amiga minha que me disse que tinha que colocar um PIN de 6 dígitos! Aprende E. que eu não duro sempre! :P

- Temos acesso a um calendário mais detalhado se virarmos o iPhone na horizontal! --- Uau!

- Para escrever sempre em letra maiúscula, clicamos 2 vezes na tecla shift! --- Desta não sabia e vou utilizar de certeza!

- Se precisarem pendurar quadros certinhos, a bússula faz milagres! --- A bússula vira nível! Milagre da multiplicação! :)

- Conseguimos tirar fotos com maior estabilidade se clicarmos no botão de volume! --- Agora é que vou virar fotógrafa profissional!

Há coisas fantásticas, não há?!
Um iPhone é quase como um canivete suíço, tem ferramentas para quase tudo!


Não podia acabar o verão sem vir aqui!

Depois deste sítio aqui, é a Boca da Ribeira que mais histórias tem comigo e onde também me sinto em verdadeira paz, onde fui sempre feliz (pelo menos que me lembre!)...
A Boca da Ribeira de hoje não tem nada a ver com a Boca da Ribeira de antigamente. Quando era pequenina (mesmo pequenina!), existiam lá umas casas onde as pessoas podiam pernoitar e a piscina não era de cimento, era mais natural, na zona onde temos acesso ao mar pela esquerda.
Tenho uma foto em que estou lá bem pequenina, se calhar com a idade da minha M., juntamente com uma amiga minha, a quem chamo de prima, porque é prima do meu primo, a Paulinha, ainda mais pequenina que eu. Provavelmente foi numa das vezes que fiquei lá a dormir. Foi também com ela que treinei os primeiros mergulhos, já na nova piscina (a que existe hoje!). Primeiro da escada mais baixinha (mais junto ao mar), até conseguirmos dar mergulhos bem dados da base da piscina (que foi uma grande vitória nossa na altura!).
Lembro-me que a ribeira corria mais do que corre hoje em dia e havia lá uma zona (à esquerda das escadas de madeira) mais funda onde nós às vezes decidíamos ir nadar. Era água doce, claro, e bem mais fresquinha que a água do mar, mas crianças têm sangue quente e lá íamos nós.
Passei toda a minha infância e adolescência nesta piscina. O único ponto negativo dela é que o sol vai embora pelas 17h30/18h, aliás como em todo o Nordeste dada as rochas enormes que tem. No Nordeste não podemos cumprir aquela máxima de ir à praia só a partir das 16h porque assim não ficamos lá tempo nenhum... Assim, mais fácil é ir e levar um guarda-sol para ao menos darmos umas braçadas valentes! :)
Quer as casinhas que existiam, quer o lago da ribeira que vos falei foram destruidos aquando as cheias que aconteceram lá nos anos 80 (história que conto aqui, quando falei do meu avô!) e nessa altura construiram o que há hoje. Esta zona balnear está tão bem conseguida, pois é limpinha, bem arranjadinha, com excelentes condições, mas os invernos são bastante rigorosos e com o mar ali não se brinca e acaba sempre por destruir alguma coisa. Penso que vão proceder a obras daqui a dias de requalificação da zona (mais uma vez!) e espero que desta vez aguente...

Neste dia em que fomos à Boca da Ribeira, talvez por fazer parte da minha infância, adorei ver a minha M. a fazer exatamente o que eu fazia em criança: atirar-se para a piscina degrau a degrau, apanhar peixinhos, chapinhar na água e dar pulos para a piscina! É o meu orgulho, esta filhota!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A decisão foi tomada antes da 2ª aula

E pronto... Já se passaram 3 aulas de natação e eu sinto-me cheia de certezas de que tomei a decisão acertada para a minha M., pois ela é uma menina surpreendente e tem mostrado ser capaz de entender tantas coisas que, às vezes, os adultos não acham possível.
Fomos à aula de 4ª feira e, nesse dia, decidi que era mesmo na turma dos Tartarugas que ela devia ficar: nas 3 aulas que fez foi feliz. Portanto, vai ficar sozinha dentro de água com os outros meninos e com o professor, que é um querido para eles, com um esparguete debaixo dos braços e assim vai aprender a ter alguma autonomia e destreza dentro de água. 
É mais caro (mas o mais barato do mercado existente aqui das redondezas!), porque implica 2 aulas por semana de 30 minutos cada uma, mas é o melhor para ela. Se ela ia aprender a nadar sozinha, sim ia, mas ela gosta tanto da natação e, como não frequenta ainda a escola, nem creches, é este o único momento que ela tem para estar com outros meninos e aprender a cumprir regras do professor, coisa que ela não está habituada a ter. Atenção, ela cumpre regras, mas aquelas regras de ficar sentadinha com os outros meninos e esperar pela sua vez é preciso trabalhar... Esta é uma boa forma para aprender. Acho que é o melhor para ela neste momento...
A minha filha está a crescer tão depressa...


Estas sim são praxes giras!

Já que estamos numa altura de início de aulas, vou escrever sobre as praxes que se fazem na Universidade Autónoma de Lisboa, que frequentei 6 anos da minha vida. Já vos contei algumas situações da minha entrada na UAL aqui, aqui e aqui. E, se leram com atenção, sabem que entrei mais tarde na Universidade, já depois da época das praxes. Ora bem... Óbvio que estava cheia de medo de ser praxada (ÓBVIO!), ouvia sempre histórias macabras, mas sempre tinha na cabeça a teoria de que, mesmo que fosse praxada, ao menos ninguém me conhecia naquela enorme cidade (pensava eu!), embora soubesse que ia ficar rotulada por causa da minha pronúncia e, caso fizesse figurinhas tristes, todos se iriam recordar que tinha sido a "açoriana"!... Infelizmente (ou felizmente pensava eu na altura!) não apanhei as praxes! Se calhar hoje teria boas recordações dessa altura...

Além de não ter sido praxada na Universidade (só o fui pela tuna!), também nunca assisti à época de praxes, pois ia para Lisboa sempre o mais tarde possível, exceto no meu último ano de universidade propriamente dita, o meu 4º ano. Fiz questão de ir mais cedo e, com uma amiga minha, a minha amiga-irmã Paula, acompanhei a época das praxes da UAL, só para ver como é que funcionava a coisa!... Foi exatamente nesse ano que me arrependi de nunca ter participado nas praxes da UAL! As praxes lá são (ou pelo menos eram na altura!) tão criativas, tão giras e tão originais que aconselho vivamente a todos os que queiram ir lá assistir (não sei se continua a mesma coisa, mas pronto, tentem!). Óbvio que existem aquelas cenas de pintar os caloiros e pedidos de danças estranhas e tal, mas não há cortes de cabelos ou abusos de trabalhos domésticos ou pedidos menos simpáticos como rebolar num pasto cheio de cóco de vaca, etc (como já ouvi que fazem cá na Universidade dos Açores). 

A semana de recepção aos caloiros na UAL é uma semana super preenchida. Todos os dias há um evento especial, com direito a concurso e tudo, que os caloiros, depois de alguns ensaios, apresentam. - há o dia da "Chuva de Caloiros", onde eles, por cursos, fazem playback e dançam em cima de um palco; 
- noutro dia é a "Gala dos Pequenos Caloiros", onde eles, também por cursos, mudam a letra de uma música conhecida para uma letra que eles inventam que normalmente fala do curso que escolheram;
- depois há outro dia que é a Mega Festa do Caloiro, que normalmente, ou é numa discoteca alugada para o efeito, ou mesmo lá na Universidade, onde as tunas tocam e todos dançam a noite inteira; 
- há também o dia do Tribunal de Praxes, que é uma réplica a um tribunal de verdade e onde se aplicam castigos aos caloiros que se portaram mal ou que desobedeceram a alguma ordem recebida durante aquela semana (os castigos não são nada de especial!); 
- além de todos os dias haver convívios no bar da universidade, onde os caloiros são os acompanhantes dos veteranos e quem lhes vai buscar a comida/bebida;
- e há o dia do Cortejo e Batismo dos Caloiros e esse é um dia que exige muito do fígado de cada um. Todos os caloiros divididos pelos vários cursos que existem, e os veteranos que os queiram acompanhar, saem da UAL em direção ao Rossio, onde acontece o Batismo, lá naquele chafariz que existe lá no centro, mesmo em frente ao Teatro D. Maria, mesmo ao lado da Ginginha. O caminho é feito com algumas paragens para os caloiros repetirem algumas frases e fazerem cânticos pelos cursos de cada um. Ao chegar ao Rossio, cada caloiro, junto com sua madrinha/padrinho aproxima-se do chafariz e é batizado por eles. Há madrinhas/padrinhos mais simpáticos que só molham a cabeça do caloiro e há aqueles que querem que o seu caloiro entre para o poço, por isso além da cabeça também molha as pernas. Depois disso, como todo o batismo que se preze, há a festa, que é feita ali  mesmo ao lado, junto à ginginha, até que o fígado e estômago aguentem. Nesse dia, muitos acham mais prudente (e é mesmo melhor!), ir de táxi para casa.



Deixo aqui alguns vídeos para que possam ter uma ideia de como se fazem as praxes na UAL:
Exemplo de praxe de caloiros do curso de Gestão

Exemplo de um Tribunal de Praxe - este em 1994

Exemplo do concurso "Chuva de Caloiros" - este, do curso de Direito, ganhou o 1º lugar, em 2007

Mega Festa do Caloiro 2009

Exemplo do Cortejo dos Caloiros de 1993

A UAL tal como ela é!

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Não faz sentido...

Este era um dos casaias que mais admirava. Digo-o sem pudor aqui. Pelo simples facto que, por muito dinheiro que tivessem, conseguiram formar uma família de 3 filhos de sangue e outros 3 de coração, de variadas etnias. Isto é de louvar! À volta deles existia tantas boas energias que, no mundo dos famosos nem sempre se vê. O apoio que transmitiam um ao outro nos vários desafios que a vida lhes deu era digno de ser visto. Até que chega a notícia que se vão divorciar, que tudo aquilo que via neles era pura ficção... Muito triste! Muito triste mesmo...

Tal como já disse aqui, eu acredito no amor, no casamento e na família. Para mim não faz sentido desistirmos de uma vida a dois, de uma família, por puro egoísmo, por não nos conseguirmos colocar no lugar do outro, por nos termos acomodado à monotonia... Não faz sentido! Enquanto houver amor tudo vencemos, até mesmo a morte, pois quem parte estará sempre bem aconchegadinho no nosso coração e tudo se transforma em saudade e boas recordações. Para o lar não se desfazer é importante prestar atenção aos sinais: se de um lado vemos que a coisa não está a funcionar como devia, é preciso alertar, chamar a atenção, dar sinais... do outro lado, é preciso dar importância a esses sinais e tentar 1500 mil vezes mais mudar de atitudes para que as coisas funcionem...a bem da saúde da relação e da saúde familiar...
Só mesmo se o amor acabar ou se se transformar em sentimentos ruins é que não faz sentido continuarem juntos... Se o amor acabar, mesmo assim, eu acredito que ele pode renascer. Se eu me apaixonei loucamente por esta pessoa, porque não poderei apaixonar-me loucamente e novamente pela mesma pessoa?! 

Não faz sentido desistir de uma relação sem nunca ter tentado vezes sem conta rejuvenescê-la...


Ainda não é este ano... mas já penso nisso!

Ela ainda não vai para a escola este ano... mas já penso nisso! Sou mãe galinha?! Sim sou... confesso. Dizem que assumir algo é meio caminho para a cura, embora ache que nunca irei curar esta minha patologia, mas sabem que mais?! Não me importo! Sempre vivi com uma mãe galinha que, apesar de às vezes me fazer saltar a tampa, me fez (e faz!) muito feliz...

Já sei onde quero matricular a minha filha. Acho que sempre soube, mesmo antes dela nascer. Não quero escolas privadas para ela. Quero que ela frequente a escola pública, que conheça meninos de todos os níveis sociais e os aceite de igual modo, brinque com todos eles da mesma maneira. Quero que ela continue a ser dócil e querida como é, mas que se saiba defender quando for preciso. Hoje se alguém se mete com ela, ela choraminga e vem pedir-me auxílio. Às vezes ajudo, outras vezes não. Tenciono ajudá-la cada vez menos para ela poder aprender a desenrascar-se e a defender-se sozinha. Dar-lhe as técnicas de desenrasque para que se "safe", será o meu lema a partir de agora, porque sei que para o ano, quando entrar na escola, não vou estar lá para a socorrer... Vou fazer-lhe falta (e ela a mim!), eu sei! Sei que vai ser uma fase mais exigente para ela (e para mim também!), mas vamos superá-la juntas! Tem de ser!...

Por enquanto, ela continua com os meus pais, usufruindo dos cuidados e dos mimos dos avós que fazem por ela o que dificilmente faziam por mim e, por tudo o que lhe dão, por toda a ajuda que sempre me deram na educação, no crescimento, na alimentação (e nas fraldas!) da minha M., agradeço-lhes profundamente. Nunca conseguirei retribuir o suficiente por tudo aquilo que fizeram (e fazem!) por mim e, principalmente, pela minha filha... Tenho os melhores pais do mundo! Obrigada!

domingo, 25 de setembro de 2016

Nunca gostei muito de chocolate até ao dia...

Em pequenina não gostava muito de chocolate. Quer dizer, até gostava, mas não era assim aquela coisa que as outras crianças deliravam e tal. A bem da verdade, eu nem era lá muito gulosa. Entre doces e salgados, preferia os segundos. Acho que ainda hoje prefiro, mas também gosto muito dos doces e se antes só comia salgados, hoje como os salgados e os doces! Digamos que fiquei mais comilona!... 
Voltando a falar de chocolate... Se calhar nunca adorei o chocolate porque normalmente as pessoas quando vão fazer alguma coisa de chocolate põem outras coisas, por exemplo, se faziam brigadeiros, punham côco e viravam africanas; se faziam bolo de chocolate, punham nozes ou amêndoas; se faziam mouse de chocolate, se calhar inventavam de colocar amêndoa ralada por cima,... entre outras sugestões!... Ora, como eu não gosto nada (NADA!) dos ingredientes acessórios que falei atrás (côco, frutos secos,...) desde que experimentei as coisas simplificadas descobri um mundo novo feito em chocolate!... Adoro um bom brigadeiro (sempre que os faço, nunca chegam a bolas, como-os à colher e guardo para comer nos dias seguintes também!), um bom bolo de chocolate com cobertura de chocolate sem mais nada (pode ser um brigadeirão ou não!) e mousse de chocolate caseira super simples! Com a bimby conheci os quadradinhos de chocolate que são super simples e fáceis de fazer (e que eu faço muitas vezes para ter lá em casa ou para dar ao meu primo quando cá vem, que também adora!). Eis a receita, caso alguém queira fazer:

Ingredientes:
- 250gr açúcar (só ponho 180gr e é mais que suficiente!);
- 250gr manteiga (só ponho 200gr);
- 4 ovos inteiros;
- 1 tablet de chocolate preto;
- 250gr farinha com fermento.

Como se faz?
- colocar no copo o açúcar, a manteiga e os ovos e programar 5min, temp. 70 e vel 4 (para misturar bem!);
- adicionar o chocolate partido aos quadradinhos e deixar amaciar um bocadinho. Bater 20 segundos na vel. 6 (às vezes mexo mais!);
- adicionar a farinha 10 segundos, vel. 6 (às vezes ponho mais para misturar ainda mais!)
- colocar num tabuleiro quadrado (a Tupperware ainda não tem, é pena!) untado com manteiga e farinha e levar ao forno por 15min. Ficam húmidos no meio o que é realmente delicioso!
- Quando prontos, desenformar e cortar aos quadradinhos e quem quiser poderá polvilhar com açúcar em pó.

Uma delícia!



sábado, 24 de setembro de 2016

Sweet Caroline...


Ela é doce e carinhosa. Paciente. Fofinha. Linda. Conheço-a desde que a Regina fez parte da minha vida e já foi há muitos anos... Tinha ela, se calhar, uns 6/7 anos (?!). Andei com ela ao colo e brinquei com ela também. Quis o destino que ela e o meu irmão se cruzassem e, hoje, permanece até hoje no meu coração (e no dele também!). Adora M&M e fez-me conhecer esse mundo mágico também (que não veio nada a calhar!)! Gosto de conversar com ela. É calma, diz as coisas acertadas, é ponderada,... É minha cunhada. Não é minha amiga de confidenciarmos segredos e de sairmos sempre juntas e tal, mas sei que posso contar com ela sempre, pois é essa a confiança que ela me transmite. Espero que ela saiba que também poderá contar comigo sempre... Adora o verão, o mar, o sol, tal como eu (igualzinha, igualzinha!). Faz exercício com regularidade e gosta (mas ao contrário do que pensa, ela não precisa!). 
Quando a minha M. nasceu, foi das primeiras pessoas que a viu, ainda com algumas horas e depois quase que diariamente. Desde esses primeiros dias que aconteceu o milagre da empatia, calma, da paz, que ela sempre conseguiu transmitir à minha M. e com ela a M. sempre esteve serena... Pelo ser de luz que ela é na minha vida e na vida da minha filha, pela história que nos une, pelos valores que transmite à M., pela ajuda que sempre me deu (nunca me disse que não!), pelo amor que sente pela minha filha desde o primeiro momento e pela paixão que a minha M. sente por ela e pelo brilho no seu olhar sempre que a vê, escolhi-a para ser a madrinha da Matilde. Porque, para mim, ser padrinho/madrinha não deve ser escolhido por conveniência, nem por laços mais próximos ou menos, mas sim pela presença física na vida dos nossos filhos, pela empatia que existe desde cedo, pela resposta 101% afirmativa à pergunta "e se eu não estiver, será que a minha filha será feliz com ela, será que será bem tratada, será que será amada com amor de "madrinha mãe" (como até a própria M. a chama, às vezes!)?". 
Hoje ela faz anos, 29 aninhos bem feitinhos, com muito amor, saúde, alegrias e alguns obstáculos para dar mais valor à vida, pois a vida é mesmo assim! Só lhe desejo o melhor que a vida tem para oferecer e que ela sorria sempre por fora e por dentro...

Parabéns Carolina... Espero que tenhas um dia lindo como tu! :)


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Um dia no Porto Formoso e outro dia na Maia

Aquando a nossa estadia na Lomba da Maia durante as festas, tivemos a sorte do sol nos brindar todos os dias. Ali próximo (como em toda a ilha, claro!) existem uma série de zonas balneares que valem a pena. A decisão recaia sempre se tínhamos muito tempo para lá estar ou não (é que festas religiosas também tem afazeres que não nos podemos descurar!).
Num dos dias fomos à praia dos Moinhos, a qual já falei dela aqui noutros textos. Aquela praia tem uma particularidade que desconheço em qualquer outra praia cá da ilha. Quando entramos no mar, tem um fundão logo a poucos centímetros que se torna um obstáculo para quem ainda não sabe nadar, pois para lá do fundão, dependendo da maré, deixamos de tomar pé. Com a minha M. lá todo o cuidado é pouco. Tivemos a sorte de, nesse dia, estar um dia especialmente bom, com o mar bastante mansinho (além de que sempre tinha mais gente para me ajudar com ela!). Ela simplesmente adorou!
No domingo da festa, também estava bastante calor e decidimos ir a algum lado de manhã, já que à tarde não podíamos pois o caminho era preciso enfeitar... Decidimos ir a uma zona nova, a piscina natural do Frade, na Maia. Já há algum tempo queria experimentar, mas ainda não tinha tido oportunidade. Tenho algum receio de entrar em mar que desconheço, principalmente se for de rocha (nunca se sabe que seres andam ali por baixo!) e como não tinha levado a minha máscara de mergulho, foi ainda mais difícil. Para piorar a situação, não poderia demonstrar medo, para não transmiti-lo à minha M., porque ela também queria entrar na água, então, o meu irmão deu-me um "empurrãozinho" atirando a crock da M. lá para a frente para eu ter de ir buscá-la (ideias idiotas!) e depois acabou por entrar na água também, pois a água estava mesmo convidativa. Tirando esta situação, foi de facto uma boa ideia irmos experimentar mergulhar naquele mar, pois as águas estavam bastante convidativas (com uma temperatura agradável e bastante transparentes!)

Quem quer pimenta piri piri?!

O meu pai adora pimentas e no pouco quintal que tem a maioria das coisas que planta é mesmo pimentas! Ele tem uma série de pézinhos de uma pimenta piri-piri que pica como um raio, mas o molhinho que ele faz (e às vezes uma pimenta ou outra!) dá para ajudar no tempero das comidas e, acreditem, sabem mesmo bem! :)
Um bifinho de vaca com um pouco de molhinho daquele é divinal... ou qualquer comida se ponho uma ou 2 pimentas (depende da comida) dá um saborzinho picante bem gostoso.
Vai daí, tinha-lhe dito que queria ajudá-lo a apanhar aquelas pimentas. A única vez que o fiz lembro-me que foi em 2008, quando o meu irmão e mãe estavam em Coimbra. Estava apenas eu, o meu pai e a minha avó (aquela que partiu há pouco tempo!). Apanhamos e depois enquanto eu e a minha avó íamos fazendo o corte nas pimentas, o meu pai ia preparando os frascos e o seu conteúdo!... Muito bom!
Este ano a ajudante foi outra, a minha M. quis participar naquilo que eu lhe deixei. Óbvio que não deixei que mexesse nas pimentas, pois podia arder-lhe as mãos. Lembro-me que uma vez isso me aconteceu e não o desejo a ninguém... Lembro-me que o meu avô do Nordeste também moía pimentas e depois costumava lavar as mãos em leite... 

Aqui fica o registo da apanha das pimentas deste ano. Se alguém estiver interessado em adquirir algum frasco, esteja à vontade para pedir. É bom e barato! :)







quinta-feira, 22 de setembro de 2016

6 meses passaram desde que...

...comecei a escrever sobre mim, sobre a minha vida, a minha filha e tudo o mais que me acontece, para mim e para vós... 

Visualizações a rondar os 54mil
Nº 475 dos BPT

Saldo mais que positivo! E tudo isso devo a vocês, meus queridos, que me lêem, que me acompanham, que se interessam por mim e pela minha vida! Foram histórias que me aconteceram nos últimos 6 meses. Umas felizes, outras que preferia não ter escrito, pelo teor demasiado triste, e outras que ficaram por contar, porque não escrevo tudo, tudo aqui, guardo algo para mim. Acho que tenho esse direito e é assim que tem de ser neste mundo de total liberdade online (mais ou menos!)...

Realmente a minha vida é um livro e este blog é isto mesmo: um "livro" sobre mim para mim e para vós!...

Obrigada!

Onde está a avó Maria dos Anjos?!

No dia que a minha avó Maria dos Anjos faleceu, tínhamos viagem marcada para ir para a ilha Terceira ao casamento dos meus primos Bruna e André, no qual a M. ia ser a menina dos anéis. Desde que recebemos o convite para ela ser a menina dos anéis, que andei a "treiná-la" para que tudo corresse bem. Ela sabia que ia levar uma coroa de flores na cabeça, que ia vestir um vestido lindo da festa, que ia calçar sapatinhos com brilhantes e que para chegar ao casamento teria que ir de avião. Andou alí durante uns 2 dias sempre a dizer que ia no "avião da SATA para a Teceira"... Estava empolgadíssima... Ajudou-me a fazer a mala, escolheu os brinquedos que queria levar, viu no Spotazores a praia para onde ia,... 
Antes de irmos para o aeroporto, parámos no hospital para falar com a médica da minha avó e saber mais pormenores do estado de saúde dela. Como as notícias não eram as melhores, naquele mesmo momento, desistimos todos de viajar... Então, disse à M. que já não íamos andar de avião, porque o avião tinha avariado (nada que fosse impossível de acontecer!) e que, por isso já não conseguíamos ir levar os anéis do casamento. Ela, embora tivesse ficado triste, compreendeu de imediato. Mas, logo que combinei com uns amigos meus de Santo António (sempre ela ficava mais pertinho de mim!) que aceitaram ficar com ela, disse-lhe que ela ia brincar com a I. e com a S., que ia para a casa delas e que tinha de se portar bem. Ela delirou com a ideia.
Meia hora depois a minha avó faleceu...
A M. sabia que a avó Maria dos Anjos estava doente no hospital (faço questão de deixá-la a par de tudo o que se passa na nossa vida). Disse-lhe que a avó Maria dos Anjos ia morar com o Jesus lá no céu. Disse-lhe que ela só podia voltar a ver a avó quando olhasse para o céu, à noite. Que a estrelinha mais brilhante seria a avó a mandar-lhe beijinhos... Deu-me o sorriso mais lindo do mundo, repetiu a história e ofereceu-me um abraço apertadinho... Esta filha é o máximo!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

O iPhone também tem coisas secretas!

Antes de escrever este texto quero dizer-vos que sou uma autêntica naba em coisas técnicas, de informática, novas tecnologias e afins. Sei apenas coisa para me desenrascar... Mas, por ter encontrado um negócio todo xpto há uns tempos, e por estar farta de ficar a olhar para o meu telemóvel enquanto ele pensava cada vez que tocava numa tecla (pela pouquíssima memória que ele tinha!), decidi adquirir um iPhone 5 e, até à data, adorooooo! Deixei de ter de andar com a minha máquina fotográfica sempre atrás e guardo lá praticamente tudo da minha vida. É uma espécie de agenda portátil eletrónica e, claro, máquina fotográfica!

O que realmente queria dizer é que eu recebo newsletters de muitos sites (alguns até que só visitei uma vez, mas achei giro/interessante assinar a newsletter!). Não leio todas, mas há sempre uma ou outra que me chamam a atenção... Ainda acho que devia criar um email só para receber newsletters... mas até lá, olha, fica mesmo no meu pessoal...
Vai daí, uma das muitas newsletters que recebi chamou-me a atenção (tudo o que mete a palavra "secreto" cativa-me!) e abri... Era, nem mais nem menos, os vários códigos secretos que um iPhone tem (cliquem na frase anterior para verem os códigos que existem...) e que eu nem sonhava que existissem... Não que os vá utilizar, mas achei engraçado saber e, claro, partilho com vocês que podem ter iPhone.

Dos códigos todos que vi, o que mais me cativou foi mesmo o *33*pin do cartão SIM# e pronto bloqueia toda a chamada, caso algum dia esteja a fazer alguma coisa e não queira ser incomodada. Inventam cada uma....


Renasço sempre que vou a este sítio!

Chama-se Porto de pescas do Farol do Arnel, é no Nordeste e é dos sítios mais fixes para nadar, fazer mergulho, pescar e apanhar sol, não pelas condições que tem (que são muito poucas!), mas pelo ambiente que nos rodeia...
Para se chegar lá é preciso coragem ao volante. Eu tenho para descer e subir, desde que me digam que não vou encontrar nenhum carro pelo caminho. Se algum dia encontrasse acho que seria o meu fim. Era bem provável que tivesse uma paralisia qualquer que não iria conseguir mexer o carro nem mais um milímetro... Acho que cá na ilha não existe outro caminho tão íngreme e tão complexo de conduzir como aquele... No entanto, ao chegar lá baixo e ver aquele mar imenso, de águas limpas, sem muita gente, onde posso respirar sem pedir licença, é de uma boa energia que nem vos conto... Cheirar aquele mar que cheira sempre a mar, a maresia, é do melhor que há... Ver a minha M. a aventurar-se naquela água, que ela conhece desde os seus 5 meses, é das melhores alegrias que lhe posso proporcionar... Este ano só lá fui uma vez, infelizmente, mas a vez que fui deu para renascer...
O meu companheiro do porto de pescas do Nordeste é o meu pai (que tem coragem de descer e subir sem nunca ter medo!), que foi quem me ensinou a gostar daquele espaço mais do que todos os outros... 


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Regresso às aulas de natação

A minha filha esteve no passado ano letivo na turma dos Girinos I. Esta turma é indicada para bebés, daqueles bem pequeninos (julgo que o ideal é a partir dos 4/6 meses) e para quem, como ela, inicia as aulas de natação (ela tinha 1 ano e 8 meses). Nesta fase, eles aprendem, desde o primeiro dia, a mergulhar a cabeça debaixo de água (à primeira vista parece um ataque à boa respiração deles, mas não é!), a mexer as perninhas, os bracinhos, a gostar de estar na água, a sentirem-se confortáveis quando virados de barriga para cima (a minha M. nunca achou lá grande piada!). Depois de algum tempo de aulas, aprendem a dar mergulhos com a nossa ajuda, a segurarem-se na beira da piscina e conseguirem movimentar-se sozinhos, sempre com o nosso apoio por trás. Com isto quero dizer que os bebés estão na água sempre com um dos pais a segurarem-lhes debaixo dos braços e a dar o exemplo (no caso de colocar a cabeça debaixo de água!).
O professor da minha filha é um espetáculo! Ele respeita o ritmo de cada bebé e assegura de que eles não ganhem medo em nenhum momento. Se a criança não está confortável para fazer algum exercício, ele não força. Por exemplo, haviam aulas em que se faziam imensos mergulhos debaixo de água e a certa altura a minha M. dizia que não queria mais e ele sempre respeitou a sua vontade. 
No fim do ano passado ele tinha-me dito que ela estava apta para subir um nível, pois ela era minimamente desenrascada para conseguir evoluir. Ficamos de falar novamente este ano. Durante o verão inteiro fomentei o contacto com a água e, às vezes, treinávamos o que ela tinha feito durante as aulas de natação.
O percurso normal para ela seria ir para a turma do Girinos II (com um dos pais com ela na água e provavelmente a aperfeiçoar os exercícios do ano passado), mas ela está a experimentar a turma das Tartarugas (para meninos com mais de 3 anos), em que ela vai sozinha para a água com um esparguete debaixo dos braços (que treinei com ela este verão!), juntamente com outros meninos e o professor. 
Sábado foi o primeiro dia de aula e, como estava com algum receio sobre se ela iria conseguir ficar sozinha na piscina, pois às vezes ela retrai-se, pedi ao ginásio para fazermos uma experiência. Eles deram-me 2 aulas. A do último sábado e a da próxima quarta-feira. Conforme a prestação dela nestas duas aulas, tomarei a melhor decisão para ela. 
Durante toda a semana fui falando com ela sobre o assunto, como faço sempre. Expliquei-lhe que ela iria para a piscina sozinha com outros meninos e com o professor, mas que a mãe estaria fora da piscina sempre a vê-la e a ficar feliz por ela saber nadar sozinha. Que ia ser muito divertido e que ela tinha de fazer sempre o que o professor mandasse. Devagarinho, ela foi-se mentalizando para este cenário. No sábado lá fomos nós... No início da aula ela estava com um bocadinho de vergonha, então permaneci pertinho dela quando ela e os meninos estavam sentadinhos no tapete, com os pés na água. O professor, sempre muito meiguinho e atencioso para os 4 meninos da aula, foi iniciando a sua aula e, devagarinho, eles foram entrando na água. Das 2 primeiras vezes ela entrou na água com a ajuda (do dedinho) do professor, mas depois já se atirava para a água sozinha e foi a menina mais desenrascada juntamente com um outro menino. Chegou, inclusive a dizer que não queria sair da água (pudera, cá fora estava um efeito estufa que não se podia!)!!! Não tirei nenhuma foto do seu primeiro dia, pois a prioridade era apoiá-la ao máximo!

É um orgulho esta minha princesa! Penso que a decisão está tomada, mas 4ª feira terei a certeza!...

A minha filha dormiu fora de casa... sozinha!

Desde que a minha M. nasceu que eu decidi colocá-la sempre em primeiro lugar em tudo. O seu bem estar é o meu maior objetivo todos os dias quando acordo. Se eu não trabalhasse fora de casa era com ela que ficaria todo o dia, mas como trabalho tenho de deixá-la com alguém da minha confiança, no caso, os meus pais, claro! Quando saio do trabalho vou de imediato ter com ela e fico com ela sempre, a não ser que tenha alguma consulta ou outra coisa qualquer que não posso mesmo levá-la. Até o dia em que a minha avó morreu, ela nunca tinha dormido fora de casa sem mim. Sou muito esquisita no que diz respeito ao assunto "deixar a M. com alguém, principalmente durante a noite". Tem de ser uma pessoa que eu sinta que gosta muito dela para poder ter a paciência toda do mundo e que conheça minimamente a sua rotina ou que, pelo menos, eu esteja por perto. 
Por acaso já tinha pensado com quem iria eventualmente deixar a M. caso alguma situação similar acontecesse, mas nunca me tinha passado pela cabeça nenhuma alternativa que fosse suficientemente boa para mim até chegar ao dia em que foi mesmo necessário tomar uma decisão. Onde deixar a M.? A resposta foi imediata: com a minha amiga de infância, a Carina, e com a sua família. A Carina tem 2 meninas. Uma delas é ainda bebé, mas a Inês já é grande o suficiente para brincar e tomar conta da M., se for preciso. Sempre houve grande empatia entre a Inês e a Matilde (parece que os genes da amizade passaram das mães para as filhas!), daí ter-se feito luz quando me deparei com a situação de ter de passar a noite fora. Precisava de um sítio minimamente perto para caso algo acontecesse eu estivesse à mão de semear... Estive em permanente contacto com a Carina por sms e à noite fui ter com ela para que a M. pudesse dormir (não queria dormir por nada, enquanto não cheguei!). O cenário com que me deparei quando cheguei à casa deles foi de pura paz: a Carina estava no banho e o Pedro estava a contar uma história no quarto da Inês sob o olhar atento das 2!... Enquanto estive ausente nunca tive medo ou receio, pois sabia e senti que a M. estava bem e a divertir-se. E assim foi... No dia seguinte fui buscá-la e ela estava com saudades, mas feliz da vida por ter ficado em casa da Inês. Eu fiquei feliz da vida por ter tomado a decisão certa e ter uns amigos tão especiais como eles são para mim na minha vida.

Mais uma vez, MUITO OBRIGADA!



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Jardim Sagres Fest: um evento a repetir sempre!

Como vos disse aqui, ganhei o passatempo que me dava 2 bilhetes para ir ao Jardim Sagres Fest deste ano. Como gostei muito do evento o ano passado, decidi arriscar e fui novamente este ano.
Novamente tudo muito bem organizado, o espírito e as boas energias foram uma constante. O Jardim António Borges é de facto um local bastante idílico e bastante bonito para a realização de eventos como este e aliado à música só pode ficar perfeito, na minha opinião.
A minha M. adorou. Só queria dançar e brincar com a sua amiga A. no pula-pula, que foi pela primeira vez. Não gosto lá muito da ideia dela ir para o pula-pula porque como ela é pequenina e não há restrições de idades, pode magoar-se em algum encontrão com outros meninos, mas como à tarde só estavam meninos mais pequeninos, lá foi ela pular também. E... adorou!
Para ajudar à festa, estivemos com uns amigos e decidimos ir jantar ao Cais da Sardinha. Tudo foi perfeito, exceto a fatia de queijo com bolor que veio para entrada e o sal em excesso que tinha na massa que comemos. Depois do jantar voltamos à festa para a 2ª parte da diversão.



É uma menina!

Faz hoje 3 anos que vi a minha filha pela 3ª vez e que soube que ela ia ser mesmo uma menina. A menina com totós que eu tinha sonhado até aí. Uma menina doce e fofinha que hoje é e que eu amo com todo o meu ser... A partir desse dia, com a certeza do meu médico (Dr. Lúcio Borges), pude sonhar com a certeza de que era mesmo uma menina. Pude deliciar-me nas lojas de bebé com as roupinhas mega fofas e lindas, com os ganchinhos de cabelo... Não comprei nada (consegui segurar-me!), mas que me enchia os olhos ver um mundo todo cor-de-rosa à minha volta, lá isso enchia! :)
A primeira coisa que fiz poucos dias depois foi: comprar um peluche, o meu preferido: uma Minnie de vestido cor-de-rosa. A mesma Minnie que hoje é a preferida da minha M., a mesma Minnie que tem o tamanho que a minha filha tinha quando nasceu: 47cm, e com a qual tirei uma fotografia por mês desde a primeira semana de vida, só para vermos a evolução do seu crescimento. Hoje ela leva-a debaixo do braço quando quer levá-la para onde vai e também dorme com ela. Passa bem sem ela (pois, graças a Deus, ela nunca se agarrou a nenhum boneco, ou fralda, ou chucha), mas lá de vez em quando só sai de casa se levar a Minnie com ela... 
A partir desse dia o meu mundo tornou-se muito cor-de-rosa! E, ainda hoje, adoro que assim seja e que assim continue!!! :)

domingo, 18 de setembro de 2016

Como fazer Waffles (sem gordura!)?!

Waffles é um docinho que eu adoro. Waffles sem nada ou com mel, com compota, com açúcar em pó ou até com gelado, acompanhado com um cházinho é do melhor que há nas tardes de outono que aí vêm...
Com a Bimby e com a Tupperware tornou-se mais fácil (para mim!) fazer esta iguaria... Aposto que vou começar a fazê-la muitas vezes. Hoje como é dia de receita vou deixá-la aqui para também vocês se deliciarem a fazê-la:



Ingredientes:
- 3 ovos
- 100gr de açúcar
- 1 saqueta de açúcar baunilhado
- 220gr de farinha de trigo
- 1 colher (de sobremesa) de fermento em pó
- 210gr de leite

Como se faz?!
- No copo da Bimby encaixa-se a borboleta nas lâminas e coloca-se os ovos e os açúcares - 3min, vel 4, temp 37º. Depois mais 3min à vel 4. Retira-se a borboleta.
-  Adiciona-se a farinha, o fermento e o leite e programa-se 1 min na vel. 4. Obtem-se uma massa super cremosa.
- Passam-se as formas de silicone de Waffles Tupperware por água fria e colocam-se sobre a grelha do forno.
- Com uma concha encher os orifícios da forma de silicone Tupperware da massa (as quantidades nesta receita servem 2 formas de silicone da Tupperware!)
- Leva-se a grelha com as formas ao forno pré-aquecido a 200º até dourarem a gosto (dependendo do forno demora entre 10 a 15 minutos!)

Até esgotamento do meu stock, estou a apresentar uma promoção dos seguintes artigos por apenas 10€. Alguém interessado?!
Uma forma de silicone Waffles + 1 couvette de gelo = 10€ apenas!!!







sábado, 17 de setembro de 2016

Como se aprende a nadar?!

Quem me conhece saber que eu adoro o mar, o verão e o sol! Desde pequenina que fui habituada a ir à água, estivesse ela onde estivesse (mar, piscinas, poços,...). Ia sempre com os meus pais. A minha mãe não sabe nadar, mas o meu pai sabe e foi ele que sempre fez questão que eu soubesse. A minha mãe também fazia muita questão, mas nunca me ensinou porque ela própria não sabe. Quer dizer, eu acho que ela sabe nadar (pelo menos na piscina e no ilhéu!), mas penso é que ela não acredita que sabe nadar então só vai à água de esparguete...

Eu sempre usei braçadeiras. Primeiro 2, depois 1 e depois já sabia nadar. Lembro-me que enfiava as braçadeiras no momento em que chegava à praia e só as tirava quando íamos embora. À conta disso ganhei muitas vezes esfolões que as braçadeiras faziam debaixo do braço. Aquilo ardia como tudo quando entrava na água salgada e quando levava com areia... Mas só para poder ir à água, eu aguentava aquilo. Depois uma das braçadeiras furou e fiquei a usar apenas uma. Lembro-me que, com 6 anos, estava no ilhéu de Vila Franca quando a minha única braçadeira ganhou um furinho que não a mantinha muito tempo cheia e foi nesse mesmo dia que eu tive de aprender a nadar. Os meus pais explicaram-me que não havia ali nenhum sítio para comprarem braçadeiras e que se quisesse ir à água teria de ser sem braçadeiras. Eu, embora com algum medo, não queria deixar passar aquele marzinho gostoso todo para mim e lá fui, sem braçadeiras, sob o olhar orgulhoso da minha mãe, e com o meu pai que sempre me incentivou e me disse que eu conseguia nadar sem braçadeiras. E consegui! Com o tempo e com a prática fui melhorando a minha performance e, embora não seja uma expert, safo-me bem!

A minha M. está na natação durante o inverno, mas durante o verão faço (e sempre fiz!) questão que ela esteja em contacto com água com o único objetivo de, mais tarde, aprender a nadar. E ela adora água como eu, portanto saber nadar é já uma necessidade. Quando chego a casa dos meus pais do trabalho "Mãe vamos para a piscina?" é das primeiras perguntas que me faz e lá vou eu com ela. Na piscina dos meus pais, normalmente, ela não quer usar as braçadeiras. Fica nas escadas e atira-se para mim, eu devolvo-lhe às escadas, da beira da piscina dá pulos para a água sem braçadeiras também e eu seguro-lhe logo que ela cai na piscina. Normalmente segue as minhas instruções enquanto está na água "mãozinhas abertas, mexe as perninhas, mexe os bracinhos, mãozinhas de remo,...". Noto que ela está, inconscientemente, a querer aprender a nadar com uma sede imensa e sem medos. Sinto que ela confia que não vou deixá-la ir ao fundo (e óbvio que não deixo!). Há poucos dias, ela quis colocar só uma braçadeira e tentou nadar sozinha e depois olhava para mim como que a dizer "se eu for ao fundo segura-me". É tão giro ver a evolução dela, o querer aprender, o querer saber fazer e por iniciativa ir até aos seus limites. Estou verdadeiramente encantada com a filha que tenho! Com certeza ela irá aprender a nadar muito mais cedo que eu!... Será um orgulho para mim...

Tudo isto para dizer a quem não sabe nadar que nadar é como andar de bicicleta. Para aprendermos a andar de bicicleta, temos de 1º encontrar o nosso equilíbrio e a partir daí já sabemos andar de bicicleta. Para nadar é igual. Temos de encontrar o nosso equilíbrio, mas na água. Deixar o nosso corpo fluir na água e ser parte dela. Jogar com a respiração. Quando se inspira o nosso corpo fica com ar dentro e nunca afunda (é como um balão cheio de ar: não vai ao fundo!). Portanto enquanto inspirarem estão sempre em cima de água! Claro que não podemos inspirar continuamente. Quando expiramos o ar sai e é aí que o nosso corpo fica mais pesado. É nesse momento que usamos os movimentos de braços e das mãos para nos mantermos na superfície. Não interessa nadarmos como os profissionais. Temos de nadar da forma que nos permite estar à tona e nos permite avançar. Se for como os cãozinhos, que seja! Desde que estejamos com a cabecinha fora de água, tudo bem! Experimentem primeiro em águas calminhas, como piscinas ou ilhéu e só depois quando tiverem confiança em vós é que experimentem o bom que é estar no mar e ir e vir com as ondas! 
Acima de tudo, tenham confiança em vocês e acreditem que todos os seres humanos conseguem aprender a nadar... Deixem-se levar...

A natação de inverno começa hoje, mais logo às 10h15... :)

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Os dias mais especiais da festa da Lomba da Maia

Há 2 dias na festa da Lomba da Maia que eu gosto particularmente, além do domingo. É a segunda e a terça-feira da festa. E Porquê?!
São nestes 2 dias que a família se encontra mais junta, mesmo até daqueles que já partiram. 

Na 2ª feira há uma procissão até ao cemitério e uma missa campal lá, com a presença da Nossa Senhora do Rosário. Cada família fica junto da campa dos seus entes queridos e lá assistem à missa. É uma missa sentida, onde o silêncio e a paz pairam no ar. Quase que se chega a ouvir o bater de cada coração de saudade daqueles que já partiram. Este ano foi um dia de muito sol, por isso optei por não participar da procissão. Fui lá ter ao cemitério com a M. depois e ficamos pertinho da campa do meu avô Sousa, seu bisavô, numa sombrinha.

Na 3ª feira da festa, há o tal dia da família que vos falei aqui, que este ano foi mais reduzida. No entanto, juntámo-nos na mesma e demos uso à churrasqueira que a minha avó tem para lá e que nunca é usada, se não formos nós a usá-la... Adoro estar com a minha família!

Este ano foi o primeiro ano que a minha avó Olídia não foi à missa do cemitério e nem se importou muito com a festa e com as nossas refeições. Até há um ano atrás, 2 semanas antes já andava preocupada com o que íamos almoçar e jantar durante os dias da festa, mas este ano não. É compreensível, pois pouco antes da festa esteve internada no hospital uns dias e iniciou a aplicação de insulina, o que a deixou muito triste. Deus queira que ela arrebite!... 

Aqui ficam algumas fotos desses dias especiais:
 


Não sou feliz!

Há pessoas que às vezes me dizem "ah e tal estás sempre a rir... estás sempre tão feliz... és sempre tão positiva... estás sempre bem disposta... não sei como aguentas isso...".

Eu não estou sempre feliz! Não estou! Aliás, acho que ninguém é sempre feliz! Nós temos momentos em que somos verdadeiramente felizes, outros assim-assim, e outros nem por isso... Tudo isso faz parte da vida!...

Em determinadas alturas da minha vida fiquei verdadeiramente triste e foram nessas alturas que decidi que não me ia deixar levar pela tristeza e que ninguém tinha culpa do que me acontecia. Ninguém é responsável pelas minhas escolhas, pela minha vida, pelos momentos tristes que acontecem na minha vida. A vida é mais do que nos entregarmos à tristeza dela. Todos os dias acordo com a ideia "Hoje será um dia melhor, mesmo que o de ontem tenha sido muito bom.". Nem sempre é! Mas às vezes calha!...

A minha família atravessa uma má fase, é verdade. Todos nós não estamos felizes, mas mesmo assim temos momentos em que sorrimos e somos felizes, porque mantemo-nos juntos, unidos. Existe amor.

É esta coisa chamada de fé que nos move todos os dias... É a fé que eu sinto cá dentro que me faz sorrir, ser essa pessoa positiva, bem disposta e aguentar tudo o que me acontece na vida. É esta fé que me dá coragem de enfrentar aquilo que, às vezes, penso que não consigo mais... É a força de Jesus que me ajuda a acreditar num amanhã melhor do que o hoje.

Eu não sou uma pessoa feliz, sou uma pessoa de fé e é esta fé que me faz olhar para aqueles pequenos pormenores que recebo todos os dias que me fazem ter momentos de felicidade! É a fé que me faz ser assim como algumas pessoas me vêem todos os dias...


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Como foi a festa da Lomba da Maia?!

Com o, infelizmente, mais recente triste acontecimento na minha família, ficou por falar como correu a festa da Lomba da Maia... Aqui vai então...

Foram dias de pura diversão para mim e para a minha M. que muito foi feliz por poder estar na festa e ainda mais logo ali, à porta de casa. O amor andou entre nós e a boa disposição! Ela (e eu!) passeou, foi à igreja as vezes que quis admirar os seus Santos, foi comer pipocas, algodão doce, viu o folclore que ela adora, foi ao campo de futebol dançar, comeu malassadas, esteve com a família reunida, uma autêntica diversão!...

Deixo aqui umas imagens de um pouco do que foi a festa para nós:

A procissão:
 

O cortejo com o tema "Deuses no Olímpo" (estava excelente! Mesmooooo!):



Esta era a minha avó Maria dos Anjos... Parte II

Passados 15 dias da morte da minha avó, decidi falar-vos novamente sobre ela...

A minha avó não tinha um feitio fácil... nunca teve... Era verdadeiramente complicado lidar com ela. Nem todas as pessoas estavam dispostas a ouvir certas coisas que ela dizia. Por mais que às vezes ficasse triste ou chateada com ela pelo que dizia e pelas atitudes que tinha, ela era a minha avó e com ela vivi aos primeiros 15 anos da minha vida. Apesar de tudo, eu sempre gostei muito, muito dela, e tenho muitas e boas recordações dela.

A estadia dela no Lar foi fruto de uma série de situações que ela própria causou. Sempre que adoecia, quem tomava conta dela era a minha tia, que infelizmente partiu subitamente em 2010. Nem sempre a minha avó foi merecedora da dedicação e dos cuidados da minha tia. Em 2008, com a minha mãe fora com o meu irmão pelo grande susto que tivemos, a minha avó vivia sozinha no seu apartamento. O meu pai arranjou quem lhe fosse deixar comida todos os dias e quem lhe fosse ajudar no banho. Não foi nem uma nem duas vezes que fomos encontrá-la caída no chão. Uma das vezes fui eu que fui ajudá-la pois o meu pai estava ausente da ilha. Tinha tentado tomar banho sozinha e caiu na casa de banho e lá ficou, provavelmente por 24h. Ela já não dizia coisa com coisa e estava completamente gelada e eu, perante aquele cenário, pensei que ela não fosse sobreviver... Ela sobreviveu e não tivemos outra alternativa que não fosse o Lar... Ela nunca gostou de estar no Lar e, teimosa como era, nunca fez nada por gostar, por se enturmar, por colaborar para a boa estadia dela lá. Contavam-se pelos dedos os amigos dela do Lar e mesmo esses iam partindo com o tempo, até que ela ficou sozinha, sem amigos, sempre olhando o vazio...

Tenho consciência que poderia ter ido visitá-la mais vezes. Não é fácil estar no Lar, principalmente, se não fazemos nada para nos sentirmos vivos (como ela nunca fez!). Nestes 8 anos que ela lá esteve o meu pai foi o filho, o herói, o pai, o amigo, o companheiro. Ele estava com ela, nem que fosse 15 minutos, praticamente todos os dias. Mesmo sem ela o merecer muitas vezes, o meu pai nunca abandonou a sua mãe. Ele ficou do lado dela até o último dia. Durante estes últimos 8 anos, o meu pai foi, para mim, uma enorme inspiração. Quem dera todos os pais/mães terem filhos como o meu pai é/foi!...

Agora sei que os últimos anos de vida da minha avó foram vividos como que ela própria a reconciliar-se com a sua própria vida. Ela já não era a pessoa que foi. Ela estava diferente, calma, serena e assim permaneceu até durante a morte. Já só queria ouvir a sua bisneta a sorrir e a andar pelos corredores a cantarolar. Há apenas uma coisa que ela nunca perdeu até ao fim: o seu sorriso. Às vezes, ela chorava de tanto rir.  Ela tinha um sorriso gigante e é este que vou guardar na minha memória para sempre. Pelo tanto que ela sofreu, acredito que os seus pecados foram perdoados e que ela está lá no céu, junto do seu marido, filhas, irmão e pais, os entes que ela tinha perdido e que mais amou durante toda a sua vida...

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Que mais nos vai acontecer?!

Penso que a minha família está a passar uma má fase... Primeiro foi a morte da minha avó paterna que, apesar da idade, nos deixou assim meio sem reação... 
Ontem foi a vez da minha avó materna, que viveu até agora sozinha na sua casa, nos pregar um valente susto! Caiu da sua cama e fraturou o fémur direito. Foi levada para o hospital onde foi submetida a uma cirurgia, na qual colocou uma prótese e, espera-se que lá fique internada por uns 5 dias, no mínimo... 
Já não bastava ter um tumor na sua perna esquerda (também no fémur!) há já alguns anos e que tem vindo a crescer a olhos vistos, ter uma anemia, ter de levar insulina e tomar uma dose de comprimidos para tudo e mais alguma coisa todos os dias, agora também tinha de passar por mais isto?! 
O meu irmão também fez uma prótese no fémur e a recuperação não foi nada fácil para ele. Esteve quase 2 anos a andar de canadianas... A minha avó com 92 anos com uma prótese de um lado e um tumor no outro, será ainda mais complicado... No entanto, tenho fé que Jesus nos vai iluminar o caminho que vamos ter de enfrentar daqui para a frente de forma a podermos garantir alguma qualidade de vida à minha avó... Vale termos uma família unida que tem dado provas de que nas horas difíceis estamos lá para nos ajudar uns aos outros... A minha avó é muito querida por todos nós, por isso acho que todos juntos, com muito amor e carinho por ela e uns pelos outros, vamos conseguir ajudá-la... É para isso que a família serve!

Levar as criancinhas à missa, sim ou não?!

Na passada quinta-feira foi a missa do 7º dia da morte da minha avó e, claro, lá fomos todos nós, incluindo a minha M., à missa rezada por alma dela que foi realizada na igreja de Santo António Nordestinho. Ela sabia que ia à missa da "avó Maria dos Anjos, que mora com o Jesus lá no céu e lhe envia beijinhos através do brilho das estrelas".

Desde que a M. era bebé (mesmo antes de ser batizada!) que fiz questão de a levar à igreja e às missas que ia. Normalmente vamos à missa de domingo de Santa Clara, rezada pelo Padre Norberto Brum (que eu adoro!) ou à missa de sábado à noite da Fajã de Baixo, rezada pelo Padre Paulo Borges (que também adoro!). Escolho estas missas, pelos seguintes motivos:
- ambos os padres são espetaculares a dar uma missa. Tornam-nas cativantes e muito emocionantes;
- ambos os padres também são o máximo quanto à presença de crianças na igreja: não brigam, nem olham de lado porque fazem barulho, não os mandam para fora (infelizmente há padres que fazem isso!),...;
- ambas as igrejas (mais a de Santa Clara) têm espaço para as crianças estarem à sua vontade, não tendo de obrigá-las a ficar sempre no mesmo local durante 1h seguida (o que, para quem não sabe, é realmente difícil para as crianças, já que o tempo de atenção das mesmas é muito curto!);
- no caso da igreja de Santa Clara, o padre faz questão que as crianças se sentem nas escadas do altar perto dele (aquelas que quiserem...) e a minha M., embora ainda não tenha permanecido lá durante uma missa inteira, sente-se à vontade para ir e vir, pois os outros meninos a ajudam a subir e a descer as escadas...

Na missa do 7º dia da minha avó, ela era a única criança. A igreja é enorme para a quantidade de pessoas que existem na freguesia (muito mais para uma missa durante a semana!), por isso qualquer som ecoa naquela igreja. Combino sempre com ela antes das missas que na missa não se pode falar alto. Então ela tenta cumprir com o combinado, mas nem sempre consegue e vou relembrando o que combinamos ao longo da missa. Cativa-lhe os Santos que existem nas igrejas. Não era à toa que nas festas religiosas deste verão (e do passado também!) ela pedia sempre para ir à igreja vê-los. Admirava cada Santo, perguntava o nome deles (tive de aprender alguns para lhe dizer!), impressionou-se com alguns e ficava a falar disso durante alguns dias, via se tinham doi dóis ou não. Se tivessem ela queria dar beijinhos para eles ficarem melhores (como eu faço quando ela faz algum doi dói! Tenho beijos milagrosos!!!), se não têm, ela diz que não têm porque a M. lhes deu beijinhos! 

Sinto que ela é/está muito ligada a Jesus e ao que é religioso, tal como eu prometi fazer no dia do meu casamento "ter filhos e educá-los segundo a lei católica, na qual me insiro". Enquanto eu puder, este será o meu ensinamento, pois eu acredito que com a ajuda de Jesus é mais fácil viver e eu quero que ela tenha uma vida longa, saudável e feliz, sempre com Jesus no coração. No entanto, se ela, quando crescer, quiser seguir outro caminho é livre para isso... 

Esta conversa toda para dizer que a forma como os padres das nossas igrejas lidam com crianças  (e com os pais das crianças!) ajudam muito na ligação que eles podem criar com a igreja. Ambos os padres que mencionei, mais um ou outro que conheço (não posso deixar de também falar do meu querido amigo padre Emanuel Valadão!) são, sem dúvida, seres cheios de luz e mensageiros de Jesus, pois agem com as crianças tal como Jesus agiu com elas durante a sua passagem pelo mundo.

Para conhecerem ainda os ensinamentos do nosso Papa Francisco quanto à participação das crianças na missa, deixo aqui o link que me fez escrever este texto. De facto, este Papa é um ser muito iluminado!

Jesus disse: "Deixai as criancinhas virem a mim e não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus."
Lucas 18, 15-17
Mateus 19, 13-15
Marcos 10, 13-16