segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conheçam o meu melhor amigo de infância...

Sempre fui uma menina que tinha amigAs e amigOs meninOs. Aliás, acho que a maioria das vezes dava-me melhor com os meninos do que com as meninas. Era uma "Maria Rapaz" a maior parte das vezes! Era das poucas meninas que gostava de ir jogar à bola no campo de futebol da escola primária. Ficava super feliz quando via que eles queriam que eu fosse da equipa deles. Achava eu que sabia jogar futebol... Afinal, descobri mais tarde que era para evitarem as caneladas que eu dava... Bom... Passemos à frente...
Um deles era o meu melhor amigo, depois do meu irmão. Ele compreendia-me perfeitamente. Tinha um dom de me fazer rir como ninguém. Lembro-me que, no autocarro, depois da escola, houve uma viagem Vila de Nordeste - Santo António Nordestinho que foi feita sempre a rir (e quando digo sempre, é sempre mesmo!). Ele só dizia asneiras e eu que tenho um sorriso difícil de tirar cá para fora (NOT!) já não sabia onde me enfiar de tanto rir... doía-me tudo já! Já nem me lembro qual era o motivo de tanta risota, mas sempre que me lembro disso, rio-me com saudade...
Ele fez parte de algumas das minhas aventuras de infância. Foi uma das crianças que me lembro que caiu na "piscina" que os meus avós tinham à frente de casa, e foi para casa com um fato de treino meu vestido. Era habitual as crianças caírem naquela piscina (que era mais um aquário maior que o habitual!), porque começávamos a brincar à volta dela e eles acabavam por cair lá dentro...
Nos primeiros anos em que estava em Lisboa, havia uma altura que ele ia jogar com outras equipas lá e sempre que ia ligava-me e nós estávamos juntos. Íamos aos pastéis de Belém comer alguns, tirar umas fotografias e por a conversa em dia. Quando vinha de férias havia sempre um dia que nos encontrávamos para pormos a conversa em dia. Falávamos muito um com o outro. Ele ensinava-me a mentalidade e a forma de agir masculina que eu não conhecia e eu ensinava-lhe o a parte feminina. Ele tinha sempre piada! E ainda hoje há sítios que me fazem lembrar dele. Uma das vezes fomos dar um passeio de carro lá pelo Nordeste e passamos numa das ruas entre as ribeiras. Havia lá um muro branco que estava escrito com spray "Parabéns Liliana" e ele diz "Essa Liliana está sempre a fazer anos, pois todas as vezes que passo aqui diz "Parabéns Liliana"..."... Sempre que passo lá lembro-me desse dia, do que ele disse, lembro-me dele e lembro-me de mim...
Era uma amizade de irmãos quase. Vá, de primos que se dão mesmo bem. Por ele sempre senti um carinho equivalente a isso. Quis a vida que nos afastássemos (ou uma namorada esquisita que ele teve que não compreendia a nossa relação!), mas o carinho ficou.
Hoje não nos vemos quase nunca, apesar de morarmos relativamente perto. Aliás as últimas 2 vezes que nos vimos foram em fatalidades (velórios) que preferia que não tivessem acontecido... Mas sei que ele está bem, que tem uma família linda com uma mulher que o faz feliz e que compreende que não sou uma ameaça (pelo contrário... para mim, também ela entrou no "Barco" da nossa amizade!), que estamos em contacto mental e que a nossa amizade não mudou, que se mantém intacta e que ó nos desejamos tudo de bom que a vida tem para dar...

Sempre me lembro de uma conversa que ele dizia: "O meu pai abre a porta de Outubro e eu fecho!". Hoje ele faz anos a fechar o mês de Outubro. Hoje ele é o "bebé bruxinho" do dia, visto que é noite de Halloween. Hoje queria poder dar-lhe um abraço de "Parabéns por mais um ano de vida! Aproveita cada segundo dela!" (já que os últimos dois foram de "Podes chorar no meu ombro, estou aqui!"). Um beijinho meu querido amigo de infância!... Sê feliz hoje e sempre! Estou aqui para festejar as tuas vitórias e abraçar-te nas derrotas (que espero que sejam nulas!)... :)


2 comentários:

  1. Também sofria desse "mal" tinha muitos mais amigos que amigas, era tão maria rapaz que era a melhor amiga deles!
    Boas memórias
    Beijo

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