quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Gostava de saber karate...

Ontem, enquanto fazíamos um zapping pela TV,  porque não estava a dar nada de jeito nos restantes, parámos no canal Hollywood, pois ia começar um filme de ação sobre ninjas... Eu sempre gostei de filmes de karate (e pelos vistos ele também) ao ponto que no final dos filmes ficava aquela pica de saber uns truques de karate para poder fazer igual ao ator principal dos filmes que via... Gostava particularmente dos filmes do Jean Claude Van Damme, do Bruce Lee (embora não tenha visto muitos), gostei muito do Karate Kid, e ainda gosto muito dos filmes do Jackie Shan, entre outros...

Ora, o filme de ontem, apesar de ser com ninjas e karate, não tinha muito a ver com os filmes que estava habituada a ver... Havia um ninja (o chefe lá do sítio) que pegava em meninos e meninas órfãs que viviam na rua, trabalhava a mente deles e treinava-os para serem ninjas assassinos. Todo o filme é uma anacronia, com analepses e prolepses da criança e jovem ninja a ser treinado física e mentalmente e depois do ninja que renunciou a "família Ozunu Clan", por esta ter eliminado a sua amiga de infância que sempre o ajudou.
Existem frases ditas lá pelo "chefe mor" a meras crianças indefesas, mas ultra disciplinadas, que só mesmo de alguém muito doente (ele magoava-os e obrigava-os a lutar uns com os outros, mesmo magoados). Ele queria mesmo formar assassinos e formou. Formatou o disco rígido de cada uma daquelas crianças. E até faz sentido... A criança que é criada em amor oferecerá amor. A criança que é criada em violência só poderá oferecer violência. Depois, como em tudo, há sempre as exceções e Raizo (o nome do ator principal) mostrou que tinha sentimentos, mesmo tendo sido treinado para não ter. Por isso, perante um negligente devemos analisar a sua infância, o que viveu, para perceber o porquê dele ter reagido daquela forma específica...
Quando existe o confronto de Raizo com os restantes ninjas aquilo eram sombras e sangue por todo o lado... Os movimentos à velocidade da luz faziam-me confusão... O sangue a jorrar também... As feridas (cortes profundos das espadas), os saltos, a frieza com que lutavam uns com os outros, tudo me causavam espécie... A dada altura sentia o meu coração a mil... queria ver o Raizo a vencer, mas estava a ver que ele não ia conseguir... ele já jorrava sangue por todo o lado, mas mesmo assim lutava (foi ensinado a não sentir dor, a não dar importância à dor!) contra os milhares de ninjas que lhe apareciam, até ao último, o seu Mestre... Bahhh que homem de mau!
Gosto de filmes de ninjas e de karate, mas este foi qualquer coisa acima de cruel...

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