quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Histórias minhas de Natal IV: "3 Rituais de Natal"

Normalmente, quando era pequena, as noites de Natal eram sempre passadas em casa dos meus avós paternos, na altura também a nossa casa. Depois da euforia de abertura dos presentes ainda ficávamos a brincar mais um pouco até, talvez às 2/3h da manhã, até que o toque de ordem para irmos dormir acontecia. E consolava adormecer abraçada à boneca nova. O cheirinho de brinquedos novos é único. No dia seguinte, acordávamos mais tarde e, depois de tomarmos o pequeno-almoço, rumávamos até à Lomba da Maia, para a casa dos meus avós maternos. Deixar os brinquedos em casa, podendo só levar um ou outro mais pequeno era um tormento... Depois de chegarmos à casa dos meus avós, juntávamo-nos com os meus primos e padrinhos e era uma festa. Aqueles almoços de família gigantes que demoravam a tarde inteira... Deliciosos! Na altura a minha avó ainda fazia uma árvore e lembro-me perfeitamente dos enfeites que usava: umas bolas feitas em veludo vermelho e também uns passarinhos muito lindos... Nesse dia comíamos perú que a minha avó fazia muito bem feito. O recheio então era uma coisa do outro mundo!...

Depois mudámo-nos para Ponta Delgada, na altura já eu tinha 15 anos... A noite de Natal era passada na nossa casa com a minha avó paterna (o meu avô já tinha falecido) e, às vezes, alguns amigos próximos que estavam na ilha sozinhos. Íamos à missa do galo e depois o ritual de "ir ver as luzes" repetia-se, mas desta vez pelas ruas da cidade e, às vezes, das freguesias vizinhas. Depois de abrirmos os presentes, seguia-se a ceia que era sempre (e ainda é hoje) bacalhau com grão.
Depois íamos para a Lomba da Maia, para a casa dos meus avós maternos. Tudo se repetia como na infância, exceto os adereços de natal que a minha avó, aos pouquinhos, foi deixando de fazer, até passarem a ser inexistentes. A família reunia-se, a comida era a mesma, mas a lembrança a Natal estava a desaparecer...

Já eu estudava em Lisboa, quando o meu tio regressou da Bermuda de vez para S. Miguel. E com o regresso dele, o ritual de Natal também mudou e permaneceu assim durante algum tempo (até 2009). A noite de Natal era passada na casa dele, na Lagoa, com eles, os meus primos, os meus pais e a minha avó paterna (toda a família paterna). Quem queria, ia à missa do Galo. Eu ia sempre, fruto dos anteriores rituais que seguia... Depois da missa, na casa dos meus tios era servida a ceia, que novamente era bacalhau com grão. Depois trocávamos as prendinhas com eles e regressávamos a casa. Nessa altura abríamos nós os 4 as nossas prendinhas que o "Pai Natal" (a minha mãe nunca deixou o ritual de colocar as prendas sem nós vermos e ainda bem!) tinha deixado debaixo da árvore. Bebíamos juntos uma bebida e era hora de dormir.
No dia seguinte, íamos para a Lomba da Maia, desta vez para a casa dos meus padrinhos (família materna) e reuníamo-nos com eles, com os meus primos e os meus avós maternos. O meu padrinho sempre fazia um presépio (ainda hoje faz!) com luzes e casinhas de barro que pareciam trazidas lá de Jerusalém/Egito pela sua arquitetura e a minha madrinha enfeitava a restante casa de forma irrepreensível que sempre me deu gosto de ver. Nesse dia o almoço era demorado. Era toda a tarde à volta da mesa. Normalmente, além do perú, ela fazia um bacalhau divinal no forno (que eu também já sei fazer e adoro!) que era servido com puré e com couves de Bruxelas (depois de ter a minha M. enjoei a essas "bolinhas"!)... Era uma tarde familiar muito bem passada...


terça-feira, 29 de novembro de 2016

A sua boneca preferida é...

A Minnie é aquela boneca que faz parte da vida da minha filha desde sempre... Quer dizer, para falar a verdade, já faz parte da vida dela quando ela ainda nem tinha nascido. Estava eu grávida quando decidi comprar-lhe uma Minnie que vi numa das lojas de Ponta Delgada, numa das vezes que estava a "namorar" brinquedos para ela e a imaginar como ela ia ser e do que ia gostar... É uma Minnie muito fofinha cor-de-rosa. Foi o seu primeiro brinquedo e é impressionante a ligação que ela, ainda hoje, tem com essa Minnie.
Quando a minha M. nasceu, a Minnie era mais ou menos do mesmo tamanho e, então, decidi que lhe ia tirar uma foto por cada mês de vida até fazer 1 ano, para ver a evolução do seu crescimento. E é muito giro ver a sua evolução (e ela cresceu bastante em 1 ano!)...
Ela nunca foi agarrada a nada para dormir (graças a Deus!), mas lá de vez em quando pede a "Minnie grande" (como ela a chama!) para levar consigo, para brincar, para ver televisão ao seu lado... Mas se ela não estiver não há problema... 
Quando ela fez 1 ano o tema da sua festinha foi a Minnie Baby. No 2º aniversário perguntei-lhe o que queria e ela escolheu a Minnie e eu personalizei com a Minnie cor-de-rosa. Hoje, se lhe pergunto qual a boneca que ela quer na sua festa de anos, ela, apesar de gostar de várias neste momento, continua a responder que será a Minnie... Fazer o quê?! Que seja a Minnie... :)




segunda-feira, 28 de novembro de 2016

De onde vêm os bebés?!

Há pais que ficam cheios de nervos quando pensam no dia em que terão de responder à tão complicada pergunta como "Mãe/Pai, de onde vêm bebés ou como se fazem bebés?!". Há quem lhes diga que vêm das cegonhas, outros dizem que foi Jesus que mandou, outros até contam a história mas de uma forma muito superficial...

Quando chegar ao dia em que a minha M. me perguntar de onde vêm os bebés acho que já tenho uma solução: dizer a verdade! Se já lhe expliquei como acontece com a comida (o sistema do aparelho digestivo) de uma forma super simples, também lhe poderei explicar como acontece com os bebés. É apenas mais um aparelho, neste caso o reprodutor, que terei de lhe explicar. Claro que não poderei esquecer de colocar os prelimpimpins e efeitos de magia para que ela sinta que também ela é fruto de algo muito especial - e é!

domingo, 27 de novembro de 2016

Queques de maçã e canela

Outro dia deu-nos um desejo de comer um bolinho, mas tinha de ser algo simples, que tivesse em casa e mais ou menos saudável... Fui pesquisar e encontrei uma receita de Queques de maçã. Foi isso mesmo.
É feito assim:

1- Descascar 3 maçãs e parti-las em pedaços. Colocar no copo e ralar à vel 4 durante uns segundos (conforme a miudeza que pretende dar à coisa!);
2- Juntar no copo os 4 ovos inteiros, 80gr de óleo e 100gr de açúcar por 4min/vel37º/vel 3;
3- Juntar 225gr de farinha com fermento para bolos e envolver 15 segundos/vel 3.

Depois é só colocar nas formas, forno e passados 25 minutos estão prontas e deliciosas!
Usei formas de silicone Tupperware e também uma toalha de silicone para evitar usar mais gordura...


Toalha de silicone com rebordo à venda por 28,50€
Formas para Tupcakes (6) - 24,90€

sábado, 26 de novembro de 2016

Quando finalmente o conheci, em carne e osso...

A primeira vez que o vi ao vivo, em carne e osso, foi quando ainda estudava em Lisboa. Estava eu no último anel do Estádio da Luz e ele estava lá em baixo no relvado a jogar contra a Alemanha, vestido com o equipamento da seleção portuguesa. E pronto, depois dessa noite maravilhosa nunca mais o vi!

Em novembro de 2009 (sim eu sei que já era bem grandinha!) ele veio cá, acompanhar a seleção ou o Benfica, já nem sei. A informação que retive foi só esta "O Rui Costa vem."... Pedi ao meu pai (na altura era presidente da AFPDL!) encarecidamente para me levar a ver o jogo. Podia ser que o conseguisse ver novamente em carne e osso, pertinho... O meu pai sabia que isso era importante para mim... Todos lá em casa acompanharam a minha idolatração pelo Rui Costa durante anos... 
Chegou o dia (13 de novembro)... Lá fui eu... cheia de nervos... entusiasmada com a ideia de que ia ver o "meu" Rui Costa assim tão pertinho... E... lá estava ele a ver o jogo na tribuna... O meu irmão insistiu para no intervalo tentarmos tirar uma foto com ele. Eu, claro, que queria, mas fui invadida pelo furação "Timidez" que não conseguia reagir a nada. Nada.
Eu queria dizer-lhe tanta coisa... queria dizer-lhe o quanto o admirei com 15/16/20/25/"até hoje" anos, queria dizer-lhe que ele foi o meu único ídolo, daqueles que transportamos desde o primeiro dia até hoje, quando já somos crescidos, queria dizer-lhe que o facto dele ter personalizado o postal que me enviou fez com que eu ficasse feliz durante muitos dias a seguir, queria dizer-lhe que o acho uma pessoa fantástica e que muitas pessoas (famosas) deveriam ser como ele é,... bahhh tanta coisa que sei lá... mas quando ele olhou para mim e me disse "Então tu é que és a minha fã desde sempre?!", a única coisa que disse foi "Pois é!" e sorri... É que nem o verbo conjuguei direito!!!
Pronto, eu sei... fui uma parva, fiz figura de ursa, eu sei... mas eu não conseguia reagir... as minhas pernas tremiam que metiam medo... o meu coração pufff esse já andava a 1000km/h... Vá lá que registamos este meu momento "parvónio", mas mesmo assim único na minha vida!... 
Enfim... não deu para mais...

(Digam lá a verdade... Estou com um ar parvónico, não estou?!)

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Os 14 anos de hoje VS os de antigamente...

Há dias vi um vídeo que alguém publicou no Facebook sobre a evolução das meninas de 14 anos de hoje, comparativamente aos "nossos" 14 anos...
Lembro-me que aos 14 anos eu andava no 9º ano de escolaridade. Ora, lembro-me perfeitamente do meu 9º ano, pois foi o último ano do 3º ciclo, portanto era finalista da escola... 
Lembro-me de ir vestida de ténis e fato de treino para a escola... Lembro-me que também usava uma gabardina amarelo mostarda (que hoje acho que era horrível, mas na altura adorava!), lembro-me que não ligava a moda, apenas não queria muito usar saias para poder estar mais à vontade (mas isso sempre foi assim, não foi só no 9º ano!)...
Lembro-me que tinha um menino na minha turma que era um terrorista (hoje havia de ser considerado hiperativo e haveria de ser medicado e reintegrado em algum programa xpto qualquer!), e lembro-me de ser "cão e gato" com um colega de turma também que passava a vida a provocar-me (e provavelmente eu a ele... gostávamos muito um do outro, mas não nos suportávamos... acontece!)... 
Lembro-me que detestava Contabilidade... Tinha um trato com um amigo da turma: ele ajudava-me em Contabilidade (ele era barra!) e eu ajudava-o em Português e Matemática... Tínhamos um professor de Matemática que toda a gente na escola tinha medo (e ele metia mesmo medo!)... Ele foi dos professores mais exigentes que eu tive durante toda a minha vida escolar... Quem o acompanhava safava-se, mas quem não atingia os objetivos, ele passava-se! Então, a esse meu amigo, fazia-lhe os TPC, não fosse ele chamado ao quadro...
Lembro-me que foi só no 9º ano que a minha mãe me deu mais liberdade para "estudar" sozinha, pois até então ela era muito exigente comigo...
Lembro-me de ir com as minhas amigas andar debaixo de chuva lá na escola e depois sermos apanhadas pelo contínuo (o pai do Ivo) que nos arranjou umas toalhas e nos obrigou a secar na casa de banho, sempre a brigar connosco... Lembro-me que nessa altura ia no autocarro com o meu avô levar os meninos a casa... 
Lembro-me de brincar ao elástico nessa altura e de ter o "Clubinho" com as minhas amigas de infância na minha freguesia... Lembro-me que, foi num dia qualquer que eu, com 14 anos, brinquei pela última vez com bonecas. Sim, é verdade!
Nessa altura, as minhas únicas preocupações eram ter positivas nos testes (caso contrário a minha mãe passava-se!) e tratar da minha cadelinha Pantufa que, infelizmente morreu também nessa altura...

Hoje uma menina de 14 anos já é uma mulherzinha. Já tem segredos. Estilos de vestir. A pulseira a condizer com o colar, com os brincos. O cabelo tem de estar perfeito. A roupa tem de ser xpto especial de corrida, o último grito da moda. As unhas estão pintadas. Provavelmente já têm namorados, mesmo namorados de verdade (nós também tínhamos, mas eram só de brincadeirinha!). Têm telemóvel, Facebook, Instagram, Snapchat e o raio que parta,... Hoje já não se vê tanta inocência, tanta ingenuidade, aquela que me lembro de sentir até bem tarde... Hoje algumas até já têm malícia, já saem à noite (nunca consegui engolir muito essa!) com os seus amigos,... ainda outro dia, enquanto esperava pelo meu pai aqui junto ao meu trabalho, ouvia um grupo de meninas nos seus 14, 15, 16 anos máximo. Uma delas falava ao telefone com, percebi ser, um rapaz mais velho com namorada, enquanto as outras ouviam a conversa. Ela pedia-lhe para ele ir ter com ela mais logo nesse dia sem a namorada dele saber e provocou-lhe durante todo o telefonema.... (Bom, não é demais lembrar que eu devo ter estado ali em pé com cara de suricata a ouvir escandalizada a tal conversa...)


Claro que nem todas as meninas são assim, nem todas evoluíram desta forma, mas há muitas que sim. Tudo depende da educação que têm em casa (digo eu que ainda não cheguei lá!)... No meu caso, vou fazer de tudo para que a minha M. seja o mais tempo possível uma criança feliz, cuja única preocupação seja pouco mais do que a escola e o brincar... É óbvio que a escola  e as amiguinhas também vão ter um grande contributo nessa questão do seu crescimento... mas cabe a mim, enquanto mãe, tentar protegê-la desta evolução que, em alguns casos, é bastante perigosa...

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Hoje é a mais novinha que sopra velas...

Nasceu um mês e qualquer coisa depois do meu irmão. Ficamos com um menino e uma menina na família que cresceram mais ou menos como irmãos, assim como eu e a irmã dela. Sempre foi muito decidida, sempre soube bem o que queria, como queria e quando queria. Em pequenina era muito próxima de mim. Quando eu aparecia já mais ninguém lhe podia dar banho, dar de comer, era sempre eu... e eu adorava... :)
Para ir na procissão era "só se a Vera for comigo" e lá ia eu a pedido da minha madrinha...
Ela, em pequenina, tinha uns cabelos lindos, quase loirinhos. A minha madrinha fazia-lhe um rabo-de-cavalo mesmo em cima da sua pequena cabeça (tal como eu faço à minha M.) e o seu cabelo ficava a saltitar de um lado para o outro, enquanto andava e corria. Era muito fofa! :)
Sempre que íamos para a Lomba da Maia andávamos sempre juntos, os 4... Tanto que passámos a ser a "Quadrilha"... (e que quadrilha!). Os nossos verões eram passados quase sempre juntos e fazíamos questão disso... Houve um dos verões, daqueles que foram passados na Ribeira Quente, que ela esteve praticamente sempre connosco. Era como se fosse a minha irmã mais nova, gémea do meu irmão. 
"Se é para carreira, é para carreira!" - dizia ela depois de fazer carreiras nas ondas, com o cabelo todo fora do lugar e depois de dar valentes trambulhões na praia dos Moinhos... É das imagens que mais saudade me dá de voltar a vê-la criança... Era a mais destemida do grupo. Enfrentava um dragão se fosse preciso. Tinha resposta pronta para tudo. Ainda hoje é assim!
Com ela passei algumas das minhas maiores aventuras... Hoje ela já é mãe (de um menino lindo!), já eu sou mãe (de uma menina linda!), já temos as nossas próprias famílias e espero que os nossos filhos possam ser tão amigos e tão cúmplices quanto nós fomos...
Hoje a minha prima-irmã mais nova da minha família do lado da minha mãe faz anos e só lhe desejo tudo de bom do que a vida tem para oferecer... Sê feliz, pequenota!...

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Histórias minhas de Natal III: "Acreditar no Pai Natal"

Ainda não vos disse, mas eu acreditei no Pai Natal até já bem grandinha...

Em criança, acreditava piamente de que ele existia e que ia distribuir os presentes por todas as crianças do mundo... Chegou a uma altura, provavelmente quando descobri que o mundo tinha muitos países e por sua vez muitas crianças em muitas moradas, em que ficava intrigada por não conseguir perceber como ele conseguia chegar a todos numa única noite... E pior que tudo, como é que ele conseguia dar conta do recado levando os presentes que cada criança pedia. Pelo menos a mim (e ao meu irmão) ele trazia-me sempre coisas que tinha pedido, além de outras que também recebia...
Depois na escola haviam crianças que diziam que ele não existia... e eu comecei a criar dúvidas na minha cabeça, até que um dia perguntei à minha mãe se realmente ele existia. Ela não me iria mentir. Ela foi tão sábia, tão sábia, que se algum dia a minha M. me fizer a mesma pergunta, vou responder exatamente igual. Então foi assim:

- Mãe, existe Pai Natal?
- O que achas?!
- Os meninos da escola dizem que não existe!
- Então se não existe, não há prendas...
- Mãe, eu acho que existe!

E pronto, a história ficou por aí... Nunca mais lhe fiz a mesma pergunta, com medo que ela me dissesse que não existia... É que corria o sério risco de não ter mais presentes debaixo da árvore... Até que chegou o dia que realmente cai em mim e percebi que ele não podia existir, mas fingi que acreditava por bastante tempo, até porque a magia do Natal e a magia de "ser criança" desaparece quando deixamos de acreditar nele... Vou fazer tudo por tudo para que a magia do Natal da minha M. permaneça durante muitooooooooooooooo tempo...


terça-feira, 22 de novembro de 2016

"Afazeres" para este Natal...

Para este Natal ando aqui com umas ideias que não sei se vou ter tempo para fazer tudo aquilo que quero... Quero que o Natal cá em casa tenha magia e boas memórias de infância para a minha filha. Tendo em conta este objetivo (que é nosso!) existem certas coisas que quero ver concretizadas lá em casa, por isso após pesquisa esta é a minha lista de afazeres para os próximos dias com a ajuda da minha filha e alguns também com o namorido:
- fazer biscoitos com motivos de Natal (já habituais lá por casa!);
- fazer o bolo de Natal (quanto mais cedo o fizer, melhor fica! E garanto-vos que o meu é mesmo delicioso, mesmo para quem, como eu, não gosta de bolo de Natal!);
- fazer uma árvore de parede para a M. poder colocar as bolinhas e poder mudá-las de sítio (novidade para este ano e que espero ter ajuda do namorido para pelo menos uma ideia brilhante para a colar à parede sem ter de "colar" definitivamente!);
- fazer uma pintura de mãos da família (pode não ser este Natal, mas é um projeto que tenho em mente há algum tempo...);
- ir buscar a árvore de Natal, de preferência natural e decorá-la (com a ajuda do namorido que ele é que tem a força para essa coisa!);
- fazer o presépio (com a ajuda do namorido porque ele é que é o perfecionista lá de casa!);
- fazer uma casinha de gengibre (novidade para este ano!).

E é este último "a fazer" que está a deixar-me com aquele espírito de verdadeira criança à beira do Natal... Não sei se vai dar certo, se vai ficar giro, mas aposto que a minha M. vai adorar ajudar-me a decorá-lo e a ter uma casinha cheia de cor lá por casa... Os moldes já estão feitos e a casa já foi montada para ver se dava certo... e deu, pelo menos em papelão! A ver vamos se corre bem quando as paredes e o telhado for de biscoito... Vou seguir as dicas daqui, pois pareceram-me dicas maravilhosas e para principiante, como eu, dicas aceitam-se...


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O pior de dormir na Lomba da Maia é...

... quando acordo em cima da hora e obriga-me a despachar em velocidade luz, até porque Ponta Delgada não fica exatamente ali ao lado...
Para piorar o cenário, saindo mais tarde de casa, implica mais trânsito, mais dorminhocos (ou para contrariar também existem os mais stressados, tipo eu!) na estrada, mais carros de grande porte que andam a 20km/h, mais azelhas,... Ala que se faz tarde!...
Mas a pior parte mesmo é ter de deixar o carro pertinho do trabalho (para não chegar ainda mais atrasada!) e ter de pagar o "couro e o cabelo" por isso... Bahhhh... Porque não nasci rica?!

Passeios que valem a pena...

Já vos disse que moro numa ilha (S. Miguel) que tem belezas naturais incríveis. O que eu não vos disse é que as belezas têm o seu encanto em qualquer estação do ano. Um dia de outono ou de inverno torna-se fantástico para mim sempre que posso desbravar terrenos junto com a minha família. Podes pegar no carro de manhã e sair de casa sem destino é dos melhores programas que posso ter e que mais me faz feliz. O melhor dia para isso acontecer é aos domingos, pois assim também o namorido pode participar... Assim, quando o dia convida lá vamos nós rumo ao "nowhere"...
Eis aqui alguns momentos de outro dia, em que saímos de casa sem destino por esta ilha fora...



domingo, 20 de novembro de 2016

Pizza caseira de chouriço

Sem ser no verão, os jantares de sábado são normalmente uma coisa à escolha da princesa. Algo rápido e bom (tipo fast food!) para depois podermos aproveitar o serãozinho da princesa em casa. Vai daí, um destes sábados perguntei à princesa o que ela queria comer e, além de me dizer "salsichas" (que é o que normalmente diz!), disse-me que queria pizza. Não pensei duas vezes e pus a bimby a trabalhar. A massa de pizza da bimby é qualquer coisa do outro mundo e super simples e rápida de se fazer. 

Faz-se assim:
1 - No copo colocar 200gr de água com 30gr de azeite e um pouco de sal durante 1min/37º/vel2
2- Colocar 400gr de farinha e 5gr de fermento e mais 2 min na velocidade "espiga" (amassar).
3 - Colocar num local morno para levedar (eu ponho no forno fechado).

Depois de levedar, foi só "formar" a pizza em cima de uma toalha de silicone com rebordo Tupperware (para não pegar e não ter de usar gorduras adicionais!). 
Desta vez foi pizza de chouriço, a nossa preferida.


Toalha de silicone com rebordo Tupperware à venda por: 28,50€
Para encomendar, favor enviar email/mensagem.

sábado, 19 de novembro de 2016

Uma surpresa verdadeiramente agradável

Tinha lido nessa semana o meu horóscopo. Dizia que ia ter uma surpresa agradável no decorrer daquela semana. Às vezes leio o horóscopo, mas sinceramente não faço daquilo nenhum lema de vida. Leio e pronto. Passou. 
Nessa semana, cheguei da escola, como tantos outros dias iguais. Estava no 10/11º ano. À chegada em casa, a minha mãe entrega-me uma carta sem remetente. Só tinha o meu nome, morada e, à esquerda, tinha uma espécie de carimbo de um emblema, a vermelho. Era o emblema do Benfica. Comecei a tremer das minhas mãos e senti o meu coração a 1000km/h!... Fazia alguns dias (talvez meses!) que tinha escrito ao Rui Costa (para o Estádio da Luz) a pedir-lhe um autógrafo. Já falei sobre isso aqui. Ainda antes de abrir o envelope comecei a dar pulos de alegria e abracei a minha mãe tanto tanto... estava verdadeiramente feliz!
Quando abri o envelope, vi um mini-poster dele personalizado para mim. Dizia "Com um beijinho para a Vera do Rui Costa". Guardei aquele postal religiosamente durante muito tempo e ainda o tenho lá no caderninho dos recortes de jornal lá em casa... 
Depois do dele, foi um tal escrever para os meus jogadores preferidos. Uns responderam com um simples autógrafo e outros nem responderam. Mas nenhum outro foi tão personalizado com o do Rui Costa. Se calhar nenhum outro é/era tão humilde quanto ele...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Outro dia para ti, amiga de infância especial...

Ela é minha amiga desde sempre... Não me lembro do dia em que a vi pela primeira vez, pois lembro-me dela o quanto me lembro de mim... Somos amigas desde sempre e tenho a certeza que o seremos para sempre... Acho que nunca nos zangamos, eu pelo menos não me lembro de nunca ter discutido com ela.
Em pequeninas estávamos a maior parte das vezes juntas. Brincámos juntas. Passeámos, rimos, fizemos asneiras (e coisas boas também!) sempre juntas. Sempre!
É mais nova que eu 1 ano, portanto nunca estivemos na mesma turma. Mas isso nunca nos afastou muito. Mesmo quando fui para Lisboa, mantivemos contacto, na altura, por cartas que escrevíamos uma à outra.
Casou com o amor da sua vida! É das poucas pessoas da minha faixa etária que eu conheço que vive com o grande amor da sua vida: o seu marido. É uma história cor-de-rosa, igual àquelas que ouvimos em pequeninas em que o príncipe aparece de cavalo branco e fica com a princesa e vivem felizes para sempre. A história dela podia ser também uma história de encantar, sem cavalo branco. Mas é a pura realidade, e ainda bem! Fui ao casamento deles de coração cheio! Foi a minha primeira amiga a casar e, embora ela não saiba, à medida que ela subia ao altar (e durante a missa toda praticamente!), caíram-me lágrimas de felicidade por ela, pois sabia que aquele era o concretizar do seu sonho! Era como se eu também estivesse a concretizar o meu sonho de a ver feliz e eu sinto-me sempre feliz quando sei que ela é feliz...
A sua primeira filha nasceu numa altura em que alegrias na minha vida eram sempre bem vindas. Era Agosto de 2008, o pior ano de sempre para mim... Peguei na Inês ao colo com tão poucas horas e olhei para ela como se ela fosse a continuidade da minha amiga, o perdurar da nossa amizade. Hoje a minha filha adora a Inês e a Inês cuida muito bem da minha M., mesmo havendo pouca convivência entre elas. Acredito que seja a amizade das mães que se transmite nos genes pelas filhas fora...
Apesar de vivermos distantes uma da outra, fazemos sempre um forcing para estarmos juntas. E assim irá continuar... A nossa amizade vence o tempo e a distância como se nada fosse!... Já passamos por provações bem piores...
Hoje ela faz anos e não podia deixar de lhe desejar um dia (e uma vida) muito feliz, cheio de amor e paz. Hoje o tchim tchim será pela saúde e felicidade dela! :)


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Uma festa improvisada, mas merecida....

Não era para fazermos nada de especial, mas nessa manhã a minha M. diz "Mãe quero cantar os parabéns ao avô!" e eu disse-lhe "Podes cantar!" (até porque o avô estava ali presente a ouvir a conversa!), mas ela diz "Mas tem de ter bolo!"... 
Dahhh Vera! Dahhh família! Aprendam com vossa mais pequenina professora! É isso filha! Se faz anos tem de haver bolo. Se faz anos tem de haver comemoração. Se faz anos temos de estar felizes e fazer a festa a favor da vida, da saúde e do amor que nos une. Isso não é o mais importante?! É sim! Sem dúvida!
Ela foi com o avô para a Lomba da Maia nessa manhã e ficou combinado eu ir depois do trabalho e o meu irmão também para pelo menos jantarmos juntos. Mas... combinei com o meu irmão fazer o tão pedido e merecido bolo. Saí do trabalho, fui a casa e pus mãos à obra. Não foi o bolo que ele mais gosta porque não tinha os ingredientes todos e a "festa" será noutro dia, mas foi um bolo maravilhoso de abóbora. Maravilhoso quando não fica enqueijado, como ficou... Mas não me importei até porque o aniversariante adora bolos enqueijados... Tinha tanta vontade de comer um bolo enqueijado que até o bolo saiu na perfeição, mesmo sem eu querer... Enfim... também me sai disso na rifa!... Já disse aqui que não sou boleira!

Bom, jantamos juntos, a minha M. ficou maravilhada com o bolo até porque tinha marshmallows (enquanto andávamos na cavaqueira uns com os outros, ela aproveitou para ir comendo "sem ninguém ver"!), cantamos-lhe os parabéns, com a presença da minha avó querida (que ainda está debilitada), o aniversariante soprou a vela junto com a neta e, olha, sorrimos juntos... O amor que nos une fortalece-nos a cada dia... Simples, mas com muito sentimento!


Hoje a minha Tuna está de parabéns!

Foi em novembro de 1999 que eu, juntamente com umas quantas amigas, fundamos a nova tuna feminina da Universidade Autónoma de Lisboa - a Damastuna "Cultus Regius". Até essa data, a maioria de nós pertencíamos a uma outra tuna, que se foi desvanecendo com o tempo. Cansadas de tanto dar ao litro e não sermos recompensadas, decidimos por unanimidade recomeçar do zero. E assim foi. Num bar qualquer da mui nobre cidade de Lisboa, decidimos que aquele seria o dia da fundação da Damastuna (17 de novembro de 1999 - há 17 anos atrás). E assim foi. Desde aí, esforçavamo-nos diariamente por tocarmos melhor, sermos melhores, termos músicas giras e ricas musicalmente e conseguimos. Criámos uma tuna, uma verdadeira tuna rica em amizade e em musicalidade. Entre nós havia união e espírito tunante, curiosamente o título de uma das músicas que tocávamos (e que eu criei juntamente com a minha amiga-irmã Paula). Havia esforço de todas e não apenas de um pequeno grupo de "viciadas" na tuna (como eu!). Eu que não sabia tocar viola antes da tuna, cheguei a dar aulas de viola e a criar músicas para a tuna. Juntamente com a minha amiga-irmã, criámos várias músicas para a tuna. Lembro-me que algumas nasceram na sala de instrumentos da Tuna Camoniana (tuna masculina da universidade, nossos padrinhos), nas horas vagas que tínhamos entre aulas e ensaios. Dediquei-me à Damastuna de corpo e alma. Chegamos a ter uma sala só nossa para guardarmos os nossos instrumentos e para nos reunirmos. Nas horas mortas, cheguei a tocar cavaquinho, bandolim, só naquela para experimentar, e cheguei a saber tocar uma e outra música. Hoje já nem me recordo que notas estão em cada corda. 
Nas atuações éramos sempre premiadas de alguma maneira: melhor tuna, tuna mais tuna, melhor pandeireta, melhor estandarte, melhor solista (este prémio era sempre nosso, pois a nossa solista era uma verdadeira cantora, arrepiava só de a ouvir - ainda hoje tem esse poder em mim!). Toquei músicas originais, músicas de outros. Aquelas que me davam mais pica tocar eram as mais difíceis (sempre tive uma queda para escolher o que é difícil, irra!) - o nosso instrumental "Amélie"(que já nem sei tocar!), a "Garça Perdida" (que ainda hoje acho que foi escrita para mim!), que cantada pela minha solista é bem melhor do que a música original, e, claro, as músicas que criei.
Organizámos o primeiro e único festival de tunas, o 1º aDAMAStor, que foi um verdadeiro sucesso e nunca me lembro de ter ficado tão nervosa em palco.
Terminei a Universidade em 2002 e continuei na tuna. Aliás, como fundadora que sou, serei sempre da tuna, mesmo até quando eu for muito velhinha de bengala, se me apetecer pisar o palco, lá estarei... 
O espírito que vivíamos quando estávamos em tuna era único. Quando estávamos em tuna não haviam pais, irmãos, namorados, as atenções eram só para nós e entre nós. Éramos um núcleo fechado que não abria exceções. Nem todos percebiam isso. Quando se estava em tuna era para estarmos em tuna, com a tuna e ponto parágrafo final. Era esse o espírito!

Depois de ter terminado a universidade, ainda trouxe a tuna até à minha ilha e foi dos fins-de-semana mais felizes da minha vida. Foi a minha melhor e mais sentida atuação. Ter a minha família toda em peso na plateia só para me ver pela primeira vez tocar com a tuna, foi das sensações mais incríveis que já tive na minha vida.
Fui ter com a tuna à ilha Terceira e lá também foi uma diversão total. 
Fui a Lisboa de propósito para poder ir com a tuna a S. Brás de Alportel e foi outra atuação que me ficou no coração pelo divertido que foi estarmos todas juntas.

Elas eram umas choronas: choravam quando corria bem, quando corria menos bem. Eu não. Eu achava piada e gozava com elas (não seriam só elas a gozar comigo!). Até que chegou o dia de ser eu a chorar, quando em tom de despedida, a minha solista me cantou em público a "Garça Perdida" só para mim. Porque eu sabia que, por mais que eu não quisesse, não podia andar cá e lá a vida toda e um dia tinha que ser o dia do adeus... continuei a acompanhar as atuações delas e hoje, que já não existem, continuamos a festejar a amizade que ficou para sempre... Daí este post no dia do nosso aniversário! 17 anos depois cá estou a festejar a minha amizade por elas, no dia em que juntas decidimos criar a Damastuna que não foi mais do que um pretexto para alimentar a nossa amizade e união. Trago-as a todas no meu coração e cada memória boa do que vivemos juntas está tatuada no arquivo das melhores coisas que já me aconteceram na minha vida.


Um pouco do que nós fomos:
(Sou aquela que tem as meias mais escuras, de viola...)

(Aqui a tocar a "Garça Perdida" - sou a segunda a contar da esquerda para a direita, sentada, de viola ao colo)

(as fundadoras presentes na atuação de S. Brás de Alportel) 

(todos os momentos que podíamos, juntávamo-nos e tocávamos... aqui no átrio da universidade, num dia qualquer...)

Oiçam-nos...



quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Histórias minhas de Natal II: Rituais da noite de Natal no Nordeste..."

Quando já éramos mais crescidos, mas mesmo assim ainda crianças, o ritual da noite de natal era sempre o mesmo: jantávamos em família, vestíamo-nos a rigor e íamos para o carro para irmos à missa do Galo... Enquanto estávamos no carro, a minha mãe era sempre a última a chegar. Esquecia-se sempre de algo (de por os presentes debaixo da árvore sem que nós percebêssemos ou víssemos!)... Íamos à missa do Galo, aquela missa interminável que 50% das crianças poderiam adormecer mas só não acontecia porque estavam empolgadas com a magia do chegar a casa e ver os presentes debaixo da árvore (eu e o meu irmão era assim!)... Normalmente era sempre uma noite fria...
Depois da missa do Galo, o meu pai "lembrava-se" de ir dar uma voltinha, para aumentar ainda mais a nossa ansiedade. Este era o único dia em que nós (crianças) queríamos era chegar a casa o mais rápido possível....
A voltinha era sempre pela freguesia, máximo até à freguesia vizinha... íamos ver as luzes, dizia ele... Lembro-me que além de uma noite fria era uma noite clara, cheia de estrelas e às vezes de lua clara... e passávamos a "voltinha" toda a olhar para o céu à espera de ver alguma luz mais forte a andar de um lado para o outro, que depois seria o Pai Natal atarefado na entrega dos presentes.
Nunca o vimos... pudera!...
Depois chegávamos em casa e, no meio de correrias e ansiedade lá subíamos nós as escadas rumo ao quarto de jantar, onde estava a árvore de natal, com as luzes a piscar à nossa espera com os presentes debaixo dela...
Natais felizes...

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Conheçam o meu herói!

Desde que me lembro de ser pessoa que me lembro dele e sempre foi para mim uma inspiração, uma figura única que se entrega de corpo e alma às causas a que se dedica. Em todos os projetos que se abraçou, deixou obra feita. Sempre agiu com honestidade e humildade e nunca nenhum cargo que tenha ocupado na sociedade lhe subiu à cabeça.
Ele é lindo por fora e por dentro. Tem um coração do tamanho do mundo! Ao contrário de muitos homens que eu conheço, ele é sensível e, apesar de às vezes, tentar disfarçar, é sempre aquele que deixa a mensagem mais forte, mais sentida, quer seja com gestos ou atitudes, quer seja escrita. Lembro-me que no livro de visitas do meu casamento, a mensagem que me deixou foi das poucas que me fez chorar, porque enquanto ele escreveu que iria sentir a minha falta lá por casa, também era disto que eu sabia que ia sentir falta, portanto o que ele fez foi escrever os meus pensamentos...
Sei que me ama incondicionalmente, da mesma forma como o amo a ele. Sei que muitas vezes ele não diz o que pensa para não me magoar, porque quando diz alguma coisa, ele sabe que me magoa, porque eu sei que ele tem toda a razão do mundo.
Foi ele quem me ensinou a nadar, a conduzir e foi uma das pessoas que mais valores me passou para eu poder ser a pessoa que sou hoje. A minha mãe diz que sou muito parecida com ele e é verdade! Aprendi a ser paciente como ele é. Temos um saco que vai enchendo, enchendo, enchendo até ao dia que rebenta e transborda. Assim é ele. Assim sou eu.
Foi ele que me levou à Universidade pela primeira vez, quem me ensinou a dar os primeiros passos em Lisboa, e me ensinou a ser autónoma e a gostar de viajar e conhecer o mundo. É aventureiro como eu sou no que diz respeito a trilhar caminhos desconhecidos.
É sempre aquele que diz que vai respeitar qualquer que seja a minha decisão e cumpre. E está lá para me dar apoio. 
Hoje está reformado, mas não se acomoda. Ele cozinha, faz de taxista todo o dia para mim e para o meu irmão. Toma conta da minha M., vai passear com ela, troca-lhe a fralda, faz-lhe dormir, faz-lhe muitas vontades como avô que é, dá-lhe de comer, vai para o Parque Atlântico (nunca imaginei!) e para parques infantis com ela,... É dos melhores avôs que eu conheço!

É o meu pai. É dos melhores amigos que tenho. É o meu orgulho! É um dos pilares da minha vida! Hoje ele faz anos e merece tudo de bom que a vida tem para dar porque é uma pessoa maravilhosa que todos deviam ter a sorte de conhecer.

Parabéns pai! Rumo aos 100! :)
Amo-te...




segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Entretenimento na Lomba da Maia

Há momentos, principalmente quando estamos na Lomba da Maia, que não há muito que se faça, por isso convém levar uma série de brinquedos para a princesa se entreter com várias coisas. Uma das coisas que costumamos levar é a plasticina, que ela adora manusear e adora, depois de feitos os desenhos lá na mesa da cozinha da avó Olídia (que é branquinha), gosta muito de fazer histórias com os desenhos. Esta foi a história do lobo mau cor-de-rosa que subiu pelas escadas cor-de-rosa até à chaminé cor-de-rosa, da casa cor-de-rosa. E grandes gargalhadas que ela dava quando o lobo caia pela chaminé no caldeirão de água quente (fruto da história dos 3 porquinhos) e fugia para a floresta e punha o rabinho de molho no lado do patinho... E depois ia para a sua toca cor-de-rosa! O mundo da minha filha é mesmo cor-de-rosa, como ela faz questão de ser, e que assim seja para todo o sempre...
E assim são os nossos fins de tarde na Lomba da Maia...

(não consigo colocar a foto direita, desculpem a minha ignorância!)

Há noites que nunca mais acabam...

Graças a Deus, a minha M. dorme a noite inteira desde, sei lá, os 3/4 meses... Já nem me recordo bem! 
Uma das coisas que me fazia (e faz!) confusão era quando as outras mães diziam que os filhos não dormiam a noite toda ou que acordavam cedíssimo (tipo 6h ou 7h) ao fim-de-semana... Eu que adoro dormir (confesso que foi um gosto que adquiri já tarde, mas que me deixa muito feliz!), principalmente nas manhãs de sábado e domingo... Ficar ali na ronha (nem precisa ser a dormir!) é tãoooo bommm!). Enquanto estava grávida, dizia sempre ao namorido (que é o madrugador lá de casa!) que se o bebé fosse madrugador como ele, as manhãs seriam para ele, pois eu estaria em modo off até pelo menos às 10h. Por sorte, até certa altura, a minha M., aos fins-de-semana, ficava a dormir até às 9h30/10h, mesmo adormecendo às 20h30/21h... Foi uma benção esta filha! Hoje ela acorda ligeiramente mais cedo (8h30/9h) aos fins-de-semana (durante a semana acorda pelas 7h45, porque tem de ser!)... Nada que não aguente e não tem comparação para aquelas mães que acordam às 6h da manhã porque os filhos estão cheios de pica!
Mas, lá de vez em quando, há noites complicadas. Vale que são raras!

Uma das noites da semana passada foi um bocado atribulada. Ora vejam:
- ela adormeceu pelas 20h30 no seu berço;
- eu adormeci pelas 23h e qualquer coisa na minha cama;
- o namorido quando chegou ao quarto (pela meia noite e tal!) eu devia estar a ter algum pesadelo qualquer que acordei em sobressalto a olhar para o lado à procura da minha M. e não a estava a ver... o meu coração ficou a mil e só me apetecia chorar pensando que ela poderia ter caído da cama sem eu sentir e ter lá ficado, ou pior que alguém a pudesse ter levado sem eu sentir! Foi verdadeiramente agoniante, até "despertar" para a realidade e ver que ela estava ali ao lado, no berço, onde a tinha deixado!...
- pelas 3h da manhã, ela choraminga por algum motivo qualquer e toco nela para a acalmar. Senti o pijama dela molhado... Tinha saído xixi da fralda, pensei eu! Levantei-me e vi que tinha também molhado a cama... Peguei nela, troquei de roupa e de fralda e deitei-a junto ao pai, enquanto fiz a sua caminha de lavado. Nesse momento lembrei-me da minha mãe, quando me trocava a roupa de cama (quando algum acidente acontecia!) a meio da noite... As mães são mesmo TOP!
- peguei nela, pensando que estava a dormir, mas lá estava ela de olhinhos abertos a olhar-me (ficou a ver-me a fazer a caminha dela e a esperar ali pacientemente caladinha, tal como eu fazia com a minha mãe!), e pu-la no berço novamente. Ela diz "Mãe, o meu bebé?!" - Dei-lhe o seu bebé e ela adormeceu de novo!
- pelas 6h, o namorido levantou-se para se preparar para ir embora (tinha algo para fazer antes de chegar ao trabalho!), mas eu estava meio confusa, porque ainda não acertei o relógio do quarto para a nova hora e fiquei sem saber se era para me levantar ou não. Regra geral só me levanto quando ele já está no duche...

Uma noite cheia de "movimento"! Acordei mais cansada do que quando me deitei!...

domingo, 13 de novembro de 2016

Frango no forno com puré de batata

Há dias estava apetecer-me fazer Frango no Forno na UltraPro da Tupperware (porque sai sempre bem!) e puré de batata na bimby (de todas as vezes que fiz não saiu lá grande coisa e queria ver se era desta que acertava no ponto!)

Na UltraPro coloquei uma cama de cebola com alho e depois dispus o frango por cima, previamente temperado com pimenta da terra moída e pimenta preta. Envolvi-o com a cebola e tapei o UltraPro e forno com ele.

Enquanto o frango se fazia no forno, comecei a seguir a receita do Puré de Batata do Livro Base da Bimby, mas com ligeiras alterações:

- 1kg de batatas, cortadas aos pedaços;
- 400gr de leite (eu apenas usei 300gr, pois das outras vezes o puré ficou líquido demais!)
- um pouco de sal;
- 40gr manteiga;
- um pouco de pimenta branca e noz moscada moídas.

Inseri a borboleta e coloquei no copo as batatas, o leite e o sal - 30min, 90º, vel 1
Depois deste tempo, adicionei a manteiga, o sal, a pimenta e a noz moscada - 30seg, vel 3.

Tirei o frango do forno e coloquei o puré numa UltraPro mais pequenina só para secar um bocadinho.

Em 40minutos, tinha o jantar pronto na mesa. Tanto eu como a minha M. deliciamo-nos com esta comidinha...

UltraPro da Tupperware: depois de experimentar, não quero outra coisa para o meu forno!!

*** Para a próxima acho que vou experimentar colocar brócolos ou cenoura para ficar com puré colorido! :) 


sábado, 12 de novembro de 2016

Sou uma mãe que grita...

Dizem que quando assumimos um erro é já um passo para a cura... Vamos a ver...

Grito com a minha M. mais vezes do que aquelas que queria, infelizmente... Muitas vezes, o grito surge pelo cansaço, por fatores emocionais descontrolados, ou quando já tentei inúmeras alternativas e todas elas falharam... A minha M. às vezes leva-me ao limite de mim própria... Penso que todas as crianças o fazem, não é verdade?! 

Aquelas mães que têm os seus filhos ainda bebés com choros motivados apenas pelas cólicas, ou pela fralda suja, ou por fome, ou até por algum outro motivo que se calhar nunca chegam a saber o que é, não imaginam o que ainda está por vir... Se se irritam com os filhos nessa altura em que são bebés, não imaginam o quanto se vão irritar quando eles crescerem e quererem que as coisas funcionam do seu jeito... É nessa altura que temos de impor limites e a consequência disso são as famosas birras, as frustrações que eles não sabem ainda controlar muito bem... e depois de inúmeras tentativas, surge o grito! Que se apresente aquela mãe que se controla todas as vezes sem um grito. Gostava de conhecê-la e aprender o seu truque de auto controlo. 

É importante que as crianças conheçam os seus limites que percebam que não podem fazer tudo aquilo que querem, quando querem e porque querem. Se alguma vez lhe falo mais alto é porque já apliquei todas as técnicas falando baixo. Tenho, sinceramente, tentado corrigir essa atitude, porque vejo que ganho mais conversando do que gritando, mas às vezes é mais forte que eu... Não sou uma mãe perfeita, mas tento melhorar-me diariamente aprendendo com os meus erros e também com os erros dos outros. Tenho a melhor filha do mundo, que apesar de desafiar todos os meus limites, eu amo-a com todas as minhas forças e quero fazer dela uma pessoa boa, honesta, lutadora e determinada em atingir os seus objetivos sem nunca desrespeitar o próximo.

Outro dia, no meu local de trabalho, lancei uma pergunta para o ar "alguma de vocês grita com os vossos filhos?!" e a resposta geral com mais ou menos comentário foi "Sim". Senti-me bem mais normal!... No entanto, ando a treinar essa atitude até porque estou sempre a dizer "Não se grita!" para a minha filha... E sei que tenho de lhe dar o meu exemplo... Não é fácil, mas não é impossível!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Foi esta noite...

Foi ontem à noite a primeira vez que ela dormiu sozinha, sem mim... Ela tem 2 anos e 10 meses. Só a deixei dormir fora porque sabia que ia ficar bem. E ela ficou bem. Está habituada aos meus pais, que são aqueles que estão com ela, às vezes mais tempo do que eu em virtude do meu trabalho. Esta treta de mães trabalhadoras faz com que os nossos filhos passem mais tempo longe de nós do que connosco... E a minha M. é uma sortuda porque, pelo menos por enquanto, fica com os seus avós que a tratam tão, mas tão bem, com imenso amor e dedicação. Imagino as outras crianças que têm mesmo de ficar na creche/escola um dia inteiro, enquanto os pais (escravos do trabalho) têm de lutar pela sua sobrevivência...

Li algures este texto que me comoveu e me fez querer mudar o mundo pela minha filha, pelo tempo que gostaria de estar com ela... Deixo-o aqui para pensarem sobre o assunto...
"Ainda não percebi bem o que querem de mim...
Nasci porque a minha mamã queria ser Mãe e o meu papá queria ser Pai.
Mas não pensaram se eu quereria ser o filho deles a tempo inteiro.
E eles, afinal, não tinham tempo para mim.
Mas fizeram-me nascer na mesma.
Agora sou bebé, passo 8 ou 9 horas por dia na creche, até que a minha mãe (quase sempre) ou o meu pai, me venham buscar.
Chego a casa cansado, bem como os meus pais; eles olham para mim, dizem blá-blá-blá, eu rio-me, eles também e depois metem-me na cama.
Ando assim 5 ou 6 anos.
Depois começo a frequentar a escola.
Entro logo de manhã, às vezes debaixo de chuva, vento e muito frio e estou dentro da escola, 6 ou 7 horas, até que a minha mãe (quase sempre) me venha buscar.
Em casa, faço os TPC's., com a ajuda possível dos meus pais, que estão cansados, frustrados, revoltados com o trabalho, cujos salários mal dão para vivermos com dignidade, até que chega a hora do jantar, feito pela minha mãe.
Depois olham para mim, com os olhos cansados, mas ainda com energia para dizerem blá-blá-blá. Eu ainda me rio, eles também, lavo os dentes e vou para a cama.
Ando assim mais 4 anos.
Entro na escola secundária. Tenho muitos professores e muitas disciplinas. Fico lá 6 ou 7 horas, até tocar para a saída.
Nos primeiros tempos ainda espero pelo meu pai (é ele que tem o carro) e vou para a casa.
Mas, alguns 3 ou 4 anos depois, já regresso sozinho.
Apanho os transportes públicos, cheios de adultos que até me pisam para entrarem primeiro do que eu, mostro o "passe" e chego a casa, cansado! Beijo o meu pai, também cansado, beijo a minha mãe que está na cozinha, também fatigada e tento fazer os TPC's. Por vezes adormeço e muitas vezes não consigo fazê-los.
E então já sei que os professores vão escrever um "recado" ao meu pai. E depois vou ser castigado.
Mesmo que esteja cansado! No dia seguinte, o professor grita comigo e pergunta se os meus pais não têm tempo para me dar educação.
Eu não respondo, mas apetece-me!
Alguns dos meus colegas, respondem!
E os professores dizem que não são educadores.
Que os educadores deviam ser os pais.
Só que os professores estão comigo 7 horas por dia, se não faltarem às aulas.
Os meus pais, estão comigo, talvez, 2 ou 3 horas por dia, o resto é para comer e dormir.
Fico a pensar, quem é que me poderá educar?
Acho que os adultos estão loucos!
Vou começar a fazer uma birra!
Talvez me olhem de outra maneira...
Acho que vou começar a fumar nas traseiras da escola.
Está lá a malta da turma.
Eles até não se importam de "partilhar aqueles cigarros que eles próprios fazem".
Eles dizem que aquilo é um paraíso. Talvez experimente.
Os professores não vão dizer nada porque não são meus educadores.
Os meus pais não vão dizer nada porque na escola ninguém tem obrigação de me vigiar e em casa os meus pais estão cansados e só estão comigo (acordados) 2 ou 3 horas.
Os adultos dizem que eu sou mal-educado mas não é verdade, eu não tenho mesmo nenhuma educação.
Porquê?
Porque os adultos não têm tempo!
********************************************
NOTA:
Não tenho nada contra os Pais ou os Professores, mas tenho contra esta Sociedade desequilibrada!"
(texto - autor desconhecido)

A ausência dela lá em casa por tanto tempo é complicada... Senti falta da televisão ligada no Panda, dos gritinhos e dos sorrisos dela pelos cantos, de ouvi-la chamar por mim "mãe" ou "mamãe" (como às vezes chama, fruto dos desenhos animados brasileiros que vê!) 1000 vezes ao dia, do ter de lhe dar o jantar a horas, do banho, de contar-lhe histórias, de fazê-la dormir, de ao acordar não ter a televisão ligada para ela ver o primeiro episódio do dia da "Masha e o Urso",... tudo, tudo foi difícil... Acreditem ou não, eu ouvi-a chamar por mim algumas vezes... (não fui ver se era ela! Não pensem que fiquei louca!). Mas sei que ela ficou bem, adormeceu bem, acordou pelas 8h30 bem "dormida" e bem disposta (se tivesse dormido em casa teria de acordar mais cedo!)... E eu, mesmo com o coraçãozinho pequenino, aproveitei para limpar a casa, fazer comida (sopa, 2ª prato e sobremesa para ele hoje!), tomar um longo banho e ver os episódios da "Anatomia de Grey" que ficaram por ver da última quarta-feira (porque também sou filha de Deus!)... Tudo para hoje e este fim-de-semana ter todo o tempo do mundo só para ela, para estar com ela e para lhe encher de beijos e abraços doces como ela...

Apesar de saber que foi o melhor para ela, adormeci e acordei a pensar nela... É um Amor que não se explica...
*é bom que ela tenha uma "segunda" casa onde possa ficar, sem ser a nossa (não sabemos o dia de amanhã!), mas mesmo assim não compreendo como há pais que deixam os filhos "por aí" dias e dias seguidos...

Adeus a uma voz misteriosa...

Deviam todos os homens ser assim caidinhos por nós, não acham meninas?!

Leonard Cohen setembro 1934 - novembro 2016

Mudam-se os tempos, mudam-se os acessórios...

Sempre que faço um bolinho, a minha M. gosta de participar. Ela quer ajudar-me a fazer, a ligar a bimby, a desligar, a colocar o açúcar, a farinha, os ovos, tudo, tudo...
Lembro-me que, em pequenina, também gostava de ajudar a minha mãe na cozinha (nos bolos!). Lembro-me de andar lá com ela enquanto se fazia o bolo... Tudo para quê?! Para rapar a tigela onde ela fazia o bolo!!! Ah pois claro! Criança que se preze gosta de rapar o resto do bolo que não vai na forma... E a minha mãe era uma querida pois deixava mais algum lá na tigela para mim e, claro para o meu irmão, que também gostava. Eu gostava mais, mesmo assim!...
Hoje em dia, existe a bimby e é lá que faço os meus bolos. No início pensei que não poderia oferecer esse gostinho à M. (digam a verdade, rapar o resto do bolo é mesmo bom, daquelas coisas que nos lembra a nossa infância!) por causa das lâminas da bimby que estão expostas... Confesso até que os primeiros bolos que fiz já na existência dela não lhe dei, mas depois, movida pelo espírito das boas recordações da minha infância, dei-lhe a provar (porque é mesmo bom!). Peguei na espátula e dei-lhe... Ela sai à sua mãe hehehe e adorou!... E agora como ia fazer com as lâminas?!
O que vale é que tenho uma filha super cuidadosa e muito inteligente (podem pensar/dizer à vontade que sou babada e convencida da filha que tenho!) e ela rapa a bimby como ninguém, sempre de espátula na mão...
E, sabem que mais, sempre que a vejo a pedir o copo para poder rapar os restos do bolo recordo-me da minha infância. Olho para ela e vejo-me a mim... 

***Eu também deixo um bocadinho a mais do bolo só para ela, como a minha mãe fazia comigo...

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Episódio matinal

Outro dia, numa manhã chuvosa, enquanto ia no carro com a minha M. em direção à casa dos meus pais, explicava-lhe que tínhamos que nos despacharmos mais cedo, porque agora ia chover muitas vezes e ia haver muitos carros na rua, o que nos ia provocar alguns atrasos. Ela ouvia atentamente ao que lhe dizia, enquanto comia o seu pão. Entretanto digo-lhe "Vá come o teu pãozinho, se não a chuva come-o!"... Ela olha para o pão e para a rua e diz: "Mãe, a chuva não tem boca!"... 

Bom, parece que tenho de subir um degrau cognitivo nas explicações que lhe dou, pois esta princesa já começa a ter muita noção das coisas.

- Pois não filha, tens razão, mas a chuva molha o teu pão e depois já não o podes comer...

Que bom ter esses episódios para recordar!

"O minho amigo" diz ela...

Poucos dias depois da minha M. ter nascido, em baixo do apartamento onde vivemos abriu um bar/restaurante de fast food chamado de Lanchonete da Cidade. Desde essa altura que trabalha lá um senhor (é o cozinheiro, o que faz as limpezas gerais ao fim-de-semana, quando esteve em obras, foi mestre, portanto é o "faz-tudo" do sítio!) que sempre se interessou pela minha M., sempre que saíamos ou entrávamos em casa. Sempre interagiu com ela e quando nos íamos embora dizia sempre "Um anjinho. Deus te abençoe.". É uma pessoa muito simples, mas de um enorme coração.

Hoje quando a vê brinca com ela, oferece-lhe doses de batatas fritas, chocolates e sumos (tudo o que eu não gosto muito que ela coma, mas aprecio a intenção!). Ela chama-o de "minho amigo" porque ele é de facto o seu amigo desde que ela nasceu...

No final do mês passado, bateu-nos à porta. Levou-nos 2 peixinhos que já havia dito que ia dar à princesa. Ela, claro, ficou radiante de alegria. Disse-lhe várias vezes obrigada... Não só lhe deu 2 peixinhos, como um "aquário" improvisado com decoração e um frasquinho de comida a troco de nada! Nada! É nessas situações que vemos que quem pouco tem mais oferece... Uma grande lição de vida para mim, para ela, para o namorido e, espero que para todos os que lerem este post... Que o mundo se encha de pessoas com coração grande como o "minho amigo" da Matilde.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sobre a vitória do Trump...

Estamos todos "trumpados"... :(


Já tenho saudades destes aqui:

Histórias minhas de Natal I: "Um dos natais felizes da minha infância..."

Vou contar-vos este natal da minha infância que foi um dos que me deixou marcas boas na minha memória....
Estava eu, os meus pais, o meu irmão, o meu primo Ruben, os meus tios, os meus avós, na nossa casa do Nordeste. Que saudades desse tempo!...
Depois do jantar, levaram-nos para a sala e lá ficamos a brincar, na conversa, a ouvir música ou sei lá mais a fazer o quê. O que me lembro bem é que a sala tinha um armário embutido (vão perceber mais à frente o porquê de referir este pormenor!). Lá de vez em quando ouvia-se um barulhinho e todos diziam que podia ser o Pai Natal, mas ninguém nos deixava sair dali. Eu, pessoalmente, lembro-me de estar toda entusiasmada para ir ver o que se estava a passar, mas tinha medo... Sempre fui muito medricas... Nunca arriscava nada... Assombravam-me imagens de vultos e Pais Natais que nunca tinha visto e por isso não sabia bem quem e como era... Preferia manter-me na ignorância... Ao contrário de mim, que ainda por cima era a mais velha, estava o meu irmão (um pinarreta minorquinho de se calhar 2 anos) e o meu primo que devia ter aí uns 5, 6 anos. Eles estavam cheios de pica para ir ver o Pai Natal (mais o meu primo, que o meu irmão era muito pequenino!)... O meu tio não estava na sala connosco, nem a minha mãe. Presumo que estivessem a por os presentes debaixo da árvore, enquanto os restantes nos distraiam... A dada altura um barulho ensurdecedor começou. Era o barulho de 2 tampas de panelas a bater uma contra a outra, mas na altura não associamos... Diziam eles que era o Pai Natal! Eu fiquei com o coração a 1000 e fugi para o armário embotido. Fechei-me lá dentro. Não queria ver, saber o que era... O meu primo não.... foi a correr ver o que se passava... O meu pai foi buscar-me ao armário e, como eu não ouvi gritos presumi que estava tudo bem e lá fui também ver o que se passava, no colo do meu pai, claro!...
Estava a família toda reunida na expetativa de ver a nossa reação com as prendas. Como todas as crianças, estavam presentes o entusiasmo e a felicidade daquela emoção de quando vemos prendas debaixo da árvore... Indescritível... eu pelo menos não estou a conseguir descrever!...
Tínhamos sempre uma árvore natural, enfeitada com luzes e bolinhas... Este foi dos melhores Natais da minha vida!...

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Adultério

Este foi o título do último livro que li, que me foi emprestado por uma amiga muito amiga minha. 

O livro é sobre uma mulher jornalista na casa dos 30 anos, casada com o marido perfeito, com 2 filhos pequenos, um casamento feliz, rica (podre de rica mesmo!),... portanto tudo aquilo que nós achamos que é o suficiente para sermos felizes. Mas, hipocrisias à parte, isso não é suficiente. Estou certa?! 
A dada altura ela começou a sentir falta de algo na sua vida e chegou mesmo a pensar que estava à beira de uma depressão. Consultou psiquiatras, vodus, medicinas alternativas e não encontrou a resposta para a apatia na sua vida. Foi encontrar resposta num antigo namorado do liceu, com quem pecaminosamente teve um caso. Afinal o que lhe faltava era a paixão, aquela sensção de "borboletinhas" na barriga, aquela vontade de sair da rotina e encontrar algo diferente, alguém que lhe mostre que a deseja... 

E não é isso o que todas nós, mulheres (e acho que os homens também!), desejamos?!
Passar o resto da nossa vida entregue à monotonia da vida?! 
Deixarmo-nos entregar ao comodismo de estar por casa agarrado ao comando?! 
No way.... 

Temos de ser criativos, inventar coisas novas, proporcionar ao nosso parceiro momentos inovadores, mas quando forem eles a nos proporcionarem esses momentos, que sejamos capazes de elogiar, de agradecer, de colaborar para que a criatividade dele seja um sucesso, que ele veja em nós que pode voltar a inventar coisas novas que será bem recebido... 
É preciso reacender o fogo da paixão as vezes que forem necessárias, pois é a paixão que nos dá a sede de viver, a força de lutar, a vontade de continuar, de investir e de ser melhor...

É uma pena (com direito ao galinheiro todo!) quando isso não acontece...

"É melhor não viver do que não amar"


Natal com requinte à mesa...

Existem uns artigos de Natal que ando a vender que inicialmente estranhei, mas que agora me têm deixado realmente feliz e com o bicho carpinteiro, inquieta que cheguem os jantares de natal para poder dar-lhes uso... 

Eu adoro elaborar uma mesa bem decorada. É outro dos fatores porque gosto desta época natalícia. Gosto de fazer nascer requinte, gosto das loiças brilhantes que só se usam em épocas destas, gosto dos guardanapos em tons de vermelho ou dourado, gosto dos copos de pezinho que não se usam sempre (tenho um namorido que faz o favor de partir sempre um por refeição, com as suas mãos grandes... Corremos o risco de chegar a uma altura em que só vão existir o meu copo e o dele, na melhor das hipóteses!)....

Enquanto vivi em casa dos meus pais, a partir de certa altura era sempre eu que ponha a mesa das "grandes" festas. Hoje ajudo a minha mãe, quando chego a tempo... E se não chego, gosto de admirar o trabalho dela (ela tem-se esforçado e tem ficado supimpa!) e adoro! Gosto tanto, mas tanto de ver uma mesa bem posta, cheia de glamour, de coisas "novas", de toalhas impecavelmente engomadas (esta é a pior parte para mim!), das velas que nunca faltam, de comidas que enchem a casa de cheiros bons, de ver a família à volta da mesa em paz e amor... Adoro!

Numa mesa de Natal, o dourado fica lindamente e estas lindezas estão à venda neste momento. Aproveite para encomendar e encher de requinte a sua mesa de Natal:
Que vos parece?! Fica uma mesa linda, não fica?!


Aqui estão elas:


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O bom de ir dormir na Lomba da Maia...

Ir dormir à Lomba da Maia nesta altura e a partir de agora tem os seus senãos.
O frio começa a ser bastante (e daqui para a frente tende a piorar!) e adormecer tem sido complicado, principalmente para quem, como eu, não adormece enquanto o corpo não tem uma temperatura amena... Não sei como fazem aquelas pessoas que vivem no norte do país ou junto à Serra da Estrela... Eu não conseguiria viver num sítio muito gelado... não conseguiria mesmo!...
Apesar disso e apesar de ter de acordar mais cedo (para fazer a viagem para Ponta Delgada e chegar cedo ao trabalho!), fico com a sensação de objetivo cumprido, que valeu a pena passar aquele frio todo, quando me levanto, preparo-me e saio de casa e deixo a minha M. no quentinho da cama a dormir como um anjinho por mais um bocadinho... Isso vale tudo! Sempre farei tudo pelo seu bem estar.
Outra vantagem é que, além de aproveitar para ver a minha avó que ainda está em baixo de forma e de estar com a minha família, tenho a viagem inteira para ouvir rádio (o que me desperta e me dá boa disposição - obrigada ao Café da Manhã da RFM!) e, em dias bons como o de hoje, admirar a vista magnífica que é esta minha ilha, que parece ter sido recortada ao pormenor por Deus.

(As fotos não fazem jus ao bonito que é, pois foram tiradas em andamento...)
(costa norte da ilha)

(avistar Ponta Delgada, parte sul da ilha)




Programa de Natal do blog...

E agora que se aproxima o Natal.... achei que devia fazer um programa exclusivo sobre o tema, que é vasto, pelo menos na minha vida tem um enorme significado, já o referi aqui...

Após a decisão de um post diário e após me terem pedido histórias da minha infância, decidi começar uma rubrica nova neste blog, pelo menos até ao Natal... Todas as quartas-feiras, a começar já no próximo dia 9, vou contar algumas histórias dos meus Natais, enquanto criança, adolescente, jovem, e mais recentes... Aqueles natais que me marcaram por um ou outro motivo...

Estou, neste momento, já com a minha memória a fervilhar, a recordar-me de alguns dos Natais que mais me marcaram e...foram tantos... mesmo... vou ter mesmo de seleccionar apenas a 7 (que são as quartas-feiras que restam até ao Natal!)...
Se calhar sou uma sortuda, se calhar a maioria não tem recordações boas dos seus Natais, ou pelo menos da maioria, mas eu evito pensar muito nisso pois entristece-me a alma pensar nessas coisas... Chamem-me egoísta, chamem-me tudo... A verdade é que dou graças a Deus por ter a família que tenho e por me terem proporcionado sempre momentos que hoje recordo com saudade... Os Natais são sempre um marco importante na minha família e é isso mesmo que pretendo oferecer também à minha filha...

Espero que gostem...
(Em 2014, no seu 1º Natal...)

domingo, 6 de novembro de 2016

Das comidas que ela mais gosta!

Eu nunca faço arroz só para uma refeição. Faço sempre dose que dê para 2 e 3 vezes... Desta vez, lembrei-me de fazer uma comidinha que achei que a minha M. ia adorar... 

Cozinhar para ela para mim é um prazer e tento variar na ementa. No entanto, durante a semana torna-se complicado cozinhar comidinhas elaboradas porque:
1º ela está sempre a pedir a minha atenção;
e 2º eu quero dar-lhe a minha atenção o máximo tempo possível. 
Então, tem de ser sempre coisas rápidas, boas e saudáveis (a maior parte das vezes!)...

Como tinha arroz de açafrão de sobra de uma outra refeição, pensei em juntá-lo com salsichas (que ela adora!) e a cogumelos (que também não ficam atrás!)... Então fiz um refogado, coloquei as salsichas cortadinhas aos bocadinhos e os cogumelos a fritar ali um bocadinho e depois juntei um pouco de pimenta da terra (ela gosta de picante, mas claro que não exagero...!) e de vinho branco e água. Depois foi só juntar o arroz e deixar secar... 

Voilá, é das comidas preferidas dela (eu também gosto muito!). 
Rápido e delicioso!

sábado, 5 de novembro de 2016

mIRC... onde isso já vai...

Nunca fui muito de marcar encontros com ninguém que tivesse conhecido online, mas confesso que já aconteceu... Algumas vezes fiquei satisfeita, outras nem tanto (mais valia ter ficado quietinha!)... De todos os "amigos" que conheci online, esta foi a história mais gira que me tivesse acontecido...

Tinha um trabalho da universidade para fazer e, como na altura, os computadores e net eram coisas que não existiam em todas as casas, a minha colega de quarto da altura disponibilizou-se para eu ir para a sala de informática da universidade dela (Instituto Superior de Agronomia), que ficava a 3 passos da nossa casa. Ela, muito prestativa, foi comigo e ficou comigo a noite toda, enquanto fiz o trabalho. Já estava à horas naquilo quando decidi aceder ao mIRC por um bocadinho para desanuviar. Para quem não sabe, mIRC era simplesmente uma sala de chat, onde falávamos com outras pessoas online. A dada altura vem uma pessoa falar comigo, com um nick que agora não me recordo e as conversas começavam todas mais ou menos assim:
- Olá.
- Olá! Dd teclas?
Ele responde que estava na Universidade de Arquitetura que, por acaso, é mesmo ao lado da Universidade onde eu estava. Achei gira a coincidência. Depois ele disse-me que não era de Lisboa e eu respondi que também não era. Disse-me que era dos Açores (nesse momento tinha já virado meu amigo!), de S. Miguel e da Fajã de Baixo. As nossas conversas era tipo:
- Sou dos Açores.
- Eu também. De qual ilha?
- S. Miguel. E tu?
- Eu também. De que zona?
- Da Fajã de Baixo. E tu?
- Eu também.
(...)

Resumindo... nessa mesma noite viemos a descobrir que além de todas as coincidências acima, as nossas mães eram professoras e conheciam-se desde os tempos do curso... É mais que natural que a nossa amizade tivesse surgido nesse dia e perdura até hoje. Ainda saímos juntos algumas vezes em Lisboa e cá também. Foi giro conhecê-lo! Tornou-se um dos meus melhores amigos na altura. Hoje apesar de não nos vermos tantas vezes como gostaria (e ele mora mesmo aqui ao lado!), lembro-me muitas vezes do meu amigo do mIRC que de virtual passou a real e é para mim um enorme prazer mantê-lo assim.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

É tão fácil fazê-la feliz...

Há tempos que a minha M. estava a pedir-me a máscara do sumo, mas eu (completamente naba no assunto) não sabia do que ela estava a falar... Até que, estando ao lado dela a ver o canal Panda, aparece o anúncio publicitário do sumo "Bongo"... Não costumo ter sumos em casa, para ela não correr o risco de os beber, mas aos domingos, às vezes, acontece arranjar-lhe um assim tipo "brinde" (ou o "amigo" dela do café em baixo de casa lhe oferece!)... Vai daí e como ela queria muito aquele "da máscara", num dos dias que fui às compras vi o Bongo e comprei. Não tem gás e nem é assim muito doce, vá... Em casa está escondido, se não ela quer bebê-los todos todos os dias. Então, quando lhe mostrei o sumo (em dia de semana... ok, abri uma exceção!), ficou imensamente feliz e eu feliz fiquei por vê-la feliz!
Enquanto ela estava a beber pedia-me a máscara... não sabia onde raio ia buscá-la... ainda não tinha chegado à tão esperada resolução... Até que, depois dela beber tudo vi lá uns desenhos tipo picotado. A máscara era o próprio pacote de sumo que tinha de ser cortado. E lá iniciei a obra de trabalhos manuais. O resultado foi este e deu azo para algumas brincadeiras entre nós...

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Tenho colegas muito fofinhas...

A propósito do Halloween, dos "trick or treats", do Pão por Deus... um dia de trabalho normal e aparece-me uma colega a distribuir docinhos por todos... É ou não é fofinha?!

(Claro que quem ficou a lucrar mais foi a minha M.)

Na nossa sala lá de vez em quando aparecem coisinhas destas: é uma que traz milho cozido, outra traz bolachinhas, outra bolos, outra docinhos, nos dias de calor fazemos "vaquinhas" e vamos comprar gelados para todos... É tão bom trabalhar com gente assim... para a minha "dieta" que está em stand-by é que não é nada, nada, nada bom!... Enfim...

Tenho clientes muito organizadinhas! :)

Há pouco tempo a Tupperware fez uma promoção espetacular!
Eram 7 tupperwares de vários tamanhos próprios para a despensa, por apenas 48,65€... Vai daí algumas das minhas clientes, que são umas fofinhas, acederam ao meu pedido de tirar uma foto do "antes" e do "depois" (algumas não tiraram o de "antes", tal era o entusiasmo por acertar tudo!).....

Estou verdadeiramente arrependida por não ter mandado vir mais um conjunto...

Vejam lá os milagres que a Tupperware faz numa casa.... neste caso numa despensa...